American Horror Story

Aproveitando o embalo das minhas pseudo-férias, acabei de ver ontem a primeira temporada e os dois primeiros episódios da segunda temporada de American Horror Story. Eu que não escondo que sempre fui medrosa, fiquei apaixonada pela série que na realidade tem um tom de suspense e de drama muito maior do que de terror.

O que me deixou encantada foi a qualidade do trabalho dos produtores e diretores, que exploraram os velhos clichês de filmes de terror sem parecer pedante. E naturalmente, há duas atrizes que me deixaram sem fala: Jessica Lange e Frances Conroy – dois pólos de personagens diferentes que ajudaram (e muito) a sustentar a trama.  De fato, foi mesmo a Jessica Lange que me chamou atenção para a série, porque já tinha um carinho antigo por ela: desde Cabo do Medo.

American Horror Story oferece todas as bizarrices que um espectador pode querer: homens queimados, loucos acorrentados, estupro, sexo, anticristo, exorcismo, assassinato e muito sangue. Além disso, há um tom politicamente incorreto que dão graça e fluidez aos diálogos: a maioria deles, fica por responsabilidade de Constance, personagem de Lange.

A primeira temporada é brilhante e não dá vontade de parar de assistir. A história complexa, mas muito interessante: A família Harmon decide mudar de casa depois que Vivian (Connie Britton) sofre um aborto e descobre que Ben (Dylan McDermott) tinha uma relação extraconjugal com uma aluna. Os dois têm uma filha adolescente problemática: Violet (Taissa Farmiga) que não consegue se estabelecer bem no colégio.  Então se mudam para Los Angeles – para uma casa onde  ocorrem acontecimentos bizarros.

(Moira, a governanta)

No desenrolar da trama aparecem pessoas muito estranhas, todas com uma ligação forte a casa.  Uma delas é Moira, ótima personagem! A governanta vem de “pacote” com a residência já que não pode deixá-la (foi assassinada ali mesmo, com um tiro no olho há anos atrás). Moira é realmente estranha, mas tem um coração bom.

 O que acho incrível mesmo é que ela morreu jovem, quando era linda e sedutora – ao longo do tempo a sua alma foi envelhecendo, ela foi se cansando daquele ambiente ao qual se encontra presa. Mas a grande sacada é o seguinte: Os homens a vêem com uma mulher gostosona, mas as mulheres enxergam a sua alma, logo a vêem como uma senhora cega. E essa discrepância fica muito clara na seqüência de cenas.

E tem também Tate, o psicopata que matou vários colegas na escola. Personagem bem popular – sempre que procuro algo sobre a série encontro gifs e imagens e fãs e todas aquelas coisas. Já Constance Langdon… Ah Constance! Sem papas na língua já falo: Jessica Lange mereceu o prêmio de Globo de Ouro 2012 para melhor atriz coadjuvante, sem dúvidas. Ela é cruel, é louca, é engraçada e está se fudendo pro mundo. O que ela quer é ficar perto da família, custe o que custar.

Como sou muito lerda, demorei para entender algumas coisas. No começo ficava na dúvida que estava morto ou quem estava vivo, porque a relação entre eles é muito forte – os vivos e os mortos se tocam, conversam e até transam.  Fiquei pensando também na cabeça da Jamie Brewer, atriz que interpreta a Adelaide, filha da Constance. Deve ter todo um preparo, um acompanhamento psicológico não é? A Constance vive dizendo que a menina é feia, que é um monstro e que dá trabalho há mais de anos… péssima.

Bom, o que eu tenho a dizer é: não percam, é bom demais. A segunda temporada é ainda melhor. Pelo que li, foi especialmente projetada para Jessica Lange (como um agradecimento dos diretores a atriz, que trouxe visibilidade para a série). Ela e o diretor conversaram muito sobre os personagens que ela sonhava em fazer e daí nasceu: a Irmã Jude (FODÁSTICA).

Na segunda temporada a série ganha o subtítulo de: Asylum.  Os episódios que chegaram ao Brasil ontem (30/10) pelo canal Fox brincam ainda mais com os clichês, mas tem um gostinho ainda melhor: perversões sexuais. O elenco é praticamente o mesmo, mas o cenário muda totalmente.

Conta a história da Instituição Mental Briarcliff, onde médicos e freiras tratam pacientes criminosos com problemas mentais.  O local é chefiado pela Irmã Jude, que tenta controlar a vida de cada um dos pacientes, mas é limitada pela presença do Dr. Arthut Arden (James Crowwell) que faz experiências secretas com os doentes e funcionários da instituição. Parece até que há uma tensão sexual entre os dois.

Jessica Lange dessa vez é a protagonista e vilã da história e justifica todas as suas horríveis e sádicas ações como sendo: “missões divinas”.  Mas debaixo do hábito da irmã, se esconde uma “prostituta pervertida”, que usa lingerie vermelha e coleciona porretes que usa para torturar os pacientes. A história do hospício atrai a atenção da jornalista Lana Banana Winters (Sarah Paulson), que ao confrontar a Irmã Jude, acaba sendo trancafiada – seu “desvio” de comportamento precisa ser tratado com eletrochoque (ela é lésbica).

– A série conta com a presença de Adam Levine, vocalista da banda Maroon 5, que além de ator atua também como produtor da série.

Confira a Promo da Segunda Temporada:

Tradição curiosa

1988

Tudo começou com uma brincadeira que acabou se transformando em uma tradição.  Dois irmãos e duas irmãs da família Kinsella se encontram há vinte e cinco anos para serem fotografados na mesma posição. A primeira foto, feita em 1988 passou a se repetir em 1990 e assim: repetida em diversas atividades da família como casamento, aniversários (e até em funerais). Em 2011, fizeram uma tatuagem em homenagem as fotografias, confira:

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2001

2002

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011