A idéia pode parecer um pouco estranha, mas foi com essa sessão de fotos (chamada ‘Rubber Band’) que Wes Naman ficou conhecido pela internet. Ele pediu que os amigos enrolassem o rosto em elásticos, provocando efeitos estranhos na face de seus modelos. O fotógrafo de 38 anos, já tinha um projeto semelhante a esse, no ano passado ele realizou uma sessão de fotos chamada ‘Scotch Tape Series’, onde seus modelos foram fotografados com o rosto marcados por fita adesiva. Confira!
Dia: 22 de Junho, 2013
Colegas
Fui com sede ao pote, ‘Colegas’ (filme de 2012, dirigido por Marcelo Galvão) não é lá isso tudo. A fotografia é maravilhosa, encanta pelas paisagens e é adocicada pela trilha sonora, mas a narrativa surreal força uma situação pouco convidativa (que é agravada pelo diálogo desconexo e sem ritmo). Não há como negar uma simpatia espontânea pelos personagens principais, nem a boa intenção de quem produziu todo o longa, mais apesar da delicadeza, o filme deixou um ‘quê’ de quero mais.
O filme conta a história de três amigos que inspirados pelo filme ‘Thelma e Louise’ roubam o carro do vigilante (Lima Duarte) do instituto onde vivem para fazer uma viagem. Cada um saí em busca de realizar um desejo: o de Stalone (Ariel Goldenberg) é conhecer o mar. O sonho de Aninha (Rita Pokk) é de se casar e o sonho de Márcio (Breno Viola) é de voar. No entanto, os três se envolvem em uma sequência de crimes e passam a ser tratados como perigosos fugitivos pela polícia local.
Todo o filme exige uma capacidade de transgressão muito grande e a valorização que se dá ao mundo lúdico que acompanha as situações vividas pelos personagens fica muito clara. Aliás, é interessante como o filme ironiza (com muito bom humor) a dificuldade que os portadores de síndrome de down enfrentam cotidianamente. Quanto a isso, não dá pra negar que a função do filme foi cumprida. A mensagem de superação é muito bonita, os três personagens estão sozinhos e mesmo assim, conseguem o que desejam.
O problema é que há um excesso de fofura. Somos levados não só a olhar o mundo dos três personagens como também: fazer parte dele. O que poderia ser um humor leve se torna um pastelão (repletos de clichês): policiais atrapalhados, uma imprensa plastificada, um gay estereotipado e uma série de diálogos bonitos (mas óbvios). Gosto, especialmente do perfil literário do filme. Lima Duarte como narrador faz com que a trama fique mais gostosa e mais rica, é ele que explica de onde surgiu o desejo dos personagens e qual é o rumo de cada um deles.
Esses pequenos defeitos fazem com que o filme fique um pouco cansativo, mas você pode gostar se for acostumado com esse tipo de perspectiva. No mais, o longa é um filme que guarda uma bela mensagem, que fica escancarada já nas primeiras cenas: ‘As pessoas são como tapete. “De vez em quando, precisam de um chacoalhão”.
Confira o trailer: