10 músicas

Vejo muitas dicas de músicas para Playlist e resolvi fazer uma listinha das minhas favoritas. Elas estão, em sua maioria, classificadas como alternativas, algumas desconhecidas do grande público, outras esquecidas. Tenho gosto por músicas mais calmas, daquelas que dá pra ouvir voltando do trabalho, dentro do carro ou do ônibus.

1) Cansei: Conheci a música de Silva (ou Lúcio da Silva Souza) no passado e desde então, não me canso de ouvir. Silva é do Espírito Santo, tem 25 anos e formação em violino e piano clássico. Ele realiza uma mistura maravilhosa de eletrônica e música erudita, suas letras são belíssimas e o ritmo é delicioso.

2) Din Din Wo: Habib Koité é um cantor e compositor Mali, formou-se em 1982 no Instituto Nacional de Artes em Bamako.  Seu trabalho ficou ainda mais famoso depois que duas de suas músicas (I Ka Barra e Din Din Wo – [a minha preferida]) vieram inclusas no Microsoft Windows Vista.

3) Tonificando: Holger é um grupo que conheci há pouco tempo, o quinteto ( composto por Arhtur Britto, Bernardo Rolla, Pedro Pepe e Marcelo Tché, todos multiinstrumentistas) tem no currículo dois ótimos álbuns: Sunga e Ilhabela. As músicas possuem forte influência de ritmos brasileiros e apresentam uma ousadia deliciosa de se ouvir.

4) Aonde Deus possa me ouvir: Vander Lee é um cantor  de Belo Horizonte, de voz doce e suave que  ficou conhecido pelo Brasil há pouco tempo, mas que realiza diversos trabalhos desde os anos 80, Vander Lee gravou com Zeca Baleiro, Elza Soares, Leila Pinheiro, Gal Costa e se tornou um forte nome da musica mineira, ‘Aonde Deus possa me Ouvir’ é belíssima, não dá pra parar de ouvir!

5) Na varanda de Liz: Tiê lançou seu primeiro disco ‘Sweet Jardim’ em 2009 e o segundo ‘A coruja e o Coração’ em 2011. Fez ainda mais sucesso depois que sua música “Piscar o Olho” fez parte da trilha sonora da novela global “Cheias de Charme”

6) Lemonade: CocoRosie foi formado em 2003 pelas irmãs Bianca Leilani Casady e Sierra Rose Casady, as duas nasceram e foram criadas nos Estados Unidos mas se reencontraram anos depois em Paris e resolveram criar a banda que atende pelo estilo ‘freak folk’

7) Un beso y una flor: Encontrei essa música por engano, queria baixar uma música dos Los Hemanos e de repente, me deparei ouvindo Nino Bravo. A música ficou grudada na minha cabeça por dias e hoje é essencial na playlist do meu celular. Nino Bravo foi um cantor espanhol que teve uma curta carreira, morreu em 1973 em um acidente de carro.

8) La noyee: Quem viu ‘O fabuloso destino de Amelie Poulain’ deve se lembrar das músicas do filme, pois bem: o responsável por toda sonoridade maravilhosa do longa é Yann Tiersen, compositor francês, nascido em 1970. Tiersen estudou violino, piano e regência orquestral e possui formação clássica.

9) Zoe Goes to the Restaurant: Caí de joelhos por Philip Glass quando soube que foi ele foi o responsável pela trilha sonora do filme ‘Notas sobre um Escândalo’, Glass nasceu em Baltimore (1937) e produziu inúmeros trabalhos entre óperas, concertos e trilhas sonoras.

10) El Arbi: Lembro que na época da novela: ‘O Clone’ eu dançava essa música incansavelmente, na expectativa de me parecer com a Jade. O tempo passou e a música de Khaled (cantor árabe) continua no meu celular e sempre, sempre a escuto.

A garota do parque

Certos filmes me chamam a atenção por causa do elenco, neste caso “A garota do parque” filme de 2007, dirigido por David Auburn (o mesmo diretor de ‘A casa do lago’) me atraiu por ser encabeçado por Sigourney Weaver. Não fui com muitas esperanças em relação ao filme porque já tinha lido vários comentários negativos sobre o desenvolvimento da trama. De fato, a história é interessante, mas perde o ritmo no meio do caminho. Apesar  dos problemas, fica muito claro que todos os elementos fílmicos são muito bem respeitados, sem aventuras quanto aos movimentos de câmera ou de continuidade. [O filme foi lançado diretamente em DVD no Brasil e é uma produção independente].

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A narrativa conta a história de Júlia Sandburg, uma mulher que ficou profundamente traumatiza após o desaparecimento da filha em um parque. O início da trama nos apresenta a família da personagem: o marido e os dois filhos (Chris e Meg) e percebe-se um claro clima de harmonia. Júlia leva Meg ao parque, como o faz constantemente mas acaba se distraindo e não consegue encontrar a garota. Passam-se quinze anos e Júlia continua sofrendo pela ausência da filha. Sua relação com o Chris deteriorou-se, ela o encontra para o jantar de noivado, mas não consegue estabelecer diálogo. O ex-marido, agora casado com outra mulher, também parece não conseguir se relacionar com Júlia e prefere se manter distante.

Completamente absorvida na esperança de reencontrar a filha, Júlia afunda-se no trabalho e em uma solidão profunda. Em um dia inusitado, Júlia encontra Louise (uma jovem com a idade que sua filha teria hoje) e decide ajudá-la. Louise mente dizendo que está grávida e que precisa de dinheiro para voltar para casa, (Júlia lhe empresta setecentos dólares, mas pouco tempo depois, reencontra Louise bebendo e se divertindo em um bar). Júlia decide perdoar Louise e levá-la para casa, a relação das duas se torna um perigoso jogo de interesse e mentiras. Enquanto Júlia vê a possibilidade de Louise ser sua filha perdida, Chris tem certeza que Meg está morta.

Dor, Solidão e Abandono

Apesar de apresentar uma história interessante, há dois aspectos que me desagradaram muito. Meg é um personagem intenso e complexo, mas a interpretação de Daisy Tahan foi pouco cativante. Outro detalhe é o final que deixa a desejar e não oferece respostas. Aliás, a relação entre Júlia e Chris definitivamente poderia ser mais explorada, afinal, Chris cresceu à sombra da irmã e não teve a oportunidade de conhecer o lado mais amoroso da mãe.

Seu ressentimento quanto a mãe fica evidente quando Júlia tenta se aproximar e ele não a permite. Em uma conversa durante a festa de noivado, Chris deixa que seus sentimentos venham à tona e demonstra, diante de todos os convidados, toda a sua dor, toda a raiva que sente quanto a rejeição que sofreu durante a infância.

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Sem títuloMOMMOChris é um personagem riquíssimo, assim como sua noiva. Enquanto Chris questiona a credibilidade de Meg e os sentimentos que sua mãe nutre por ela, sua noiva tenta fazê-lo perdoá-la e focar no que interessa: no nascimento do seu primeiro filho. Portanto, apesar de parecer que a trama baseia-se apenas no relacionamento entre mãe e filha desaparecida, há outras bifurcações e situações paralelas importantes (que passam despercebidas).