Tempo, tempo, tempo, tempo

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Fomos a uma exposição outro dia e não queríamos sair de lá, toda aquela explosão de objetos, frases e sons nostálgicos nos encantaram.  ‘Tempo, tempo, tempo, tempo’ está exposto no Palácio desde o dia 8 de agosto e ficará disponível a visitação até o dia 1º de Setembro. Trata-se do trabalho de alunos de artes visuais do Programa Valores de Minas (que aliás, esta na oitava edição) e traz diversos materiais/instalações que sugerem não só a observação, mas também a interação [um dos meus favoritos, sem dúvida, foi a máquina de bater ponto!]. O macarrão de letrinhas, as fitas, o fogão antigo… todas com uma relação mútua, o azul.

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Tomo a liberdade de reproduzir o texto do card que explica o porque do azul:

‘Era preciso responder a esta pergunta que funcionava como um código de acesso para alguém entrar no quarto de Arthur Bispo do Rosário, esquizofrênico paranóide, que viveu internado 50 anos em um hospital psiquiátrico. Em seu surto, recebeu a missão de recriar o mundo para apresentar a Deus no dia do Juízo Final.

Azul seria a resposta certa? Talvez. Azul não era a cor de sua expressão. Azul era a cor das calças e das roupas de cama dadas aos pacientes da Colônia Juliano Moreira. Segundo Bispo do Rosário, ‘azul era a única linha que eu tinha antes que eles começassem a chamar a minha organização do mundo de ‘arte’ e as pessoas começassem a me trazer sucatas e outros itens de utilidade.

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Assim, a matéria-prima para a Exposição “Tempo, tempo, tempo, tempo’ – Proposta para o milênio’ é azul e a acumulação de caixotes de madeira, colocados no espaço, empilhados, pendurados, instalados lado a lado ou em sequencia, como compartimentos que demandam tempo de descoberta.

O mundo, com suas infinitas possibilidades e impossibilidades, foi o que os jovens alunos de Artes Visuais do Programa Valores de Minas buscaram catalogar ao longo da criação e construção da Exposição. Movimentadas por elementos pulsantes do cotidiano, manipularam signos e brincaram com a construção e reconstrução de discursos e códigos próprios.

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Quatro Irmãos

Fiquei com uma ótima impressão do trabalho do John Singleton depois que vi ‘Quatro Irmãos’, filme de 2005 que traz Mark Wahlberg, Tyrese Gibson, André 3000 e Garrett Hedlund nos papéis principais. Singleton também foi diretor em Velozes e Furiosos.

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Quatro Irmãos conta a seguinte história: Bobby, Angel, Jack e Jeremiah são na verdade, filhos adotivos de uma velha senhora que se dedicou durante toda vida a direcionar crianças abandonadas a lares adotivos. Os quatro não conseguiram arrumar uma família e assim, foram adotados por ela. Todos eles possuem uma triste história de abandono e violência amenizada pelo carinho da doce Evelyn Mercer (Fionnula Flanagan). Eles voltam a se reencontrar quando descobrem que Evelyn foi morta durante um assalto que ocorreu em uma mercearia. [É interessante como a personalidade de cada um deles é marcante e contraditória, ainda assim, possuem um senso de união e amor fraterno, fortalecido pelo convívio]. Tempos depois, recebem a notícia de que o assassinato de Evelyn foi planejado e desde então, passam a juntar as pistas para conseguirem se vingar do responsável pela morte da mãe.

O filme tem uma narrativa ótima, não perde o ritmo em nenhum minuto e é uma opção interessante para quem gosta de ação (com uma pitada de humor negro). Um fato marcante é que Singleton teve um cuidado sublime ao retratar todos os lados envolvidos no caso, sem perder a mão: desde a polícia, os filhos, suas mulheres e os próprios assassinos – todas as cenas com um enorme convite a catarse. Fionnula Flanagan foi uma escolha perfeita, ela consegue transmitir toda a delicadeza da personagem com veracidade (e em poucas cenas). Mais uma vez o destaque vai para Mark Wahlberg, o irmão esquentadinho e cabeça dura que de tanta teimosia, sobressai aos outros. Sophia Vergara tem uma participação pequena mas marcante. Na trama ela faz o papel de Sofi, a namorada do Angel. A latina, atrapalhada (sexy e mal humorada), coloca o namorado em enrascadas por excesso de ciúme.

Fica então a dica, eis um filme que volta e meia passa no SBT e na FOX e que vale muito a pena ser assistido!

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