Filmes que completaram dez anos em 2013!

O tempo passa rápido pra caralho e nem sempre a gente se dá conta disso. Hoje o 9GAG fez uma lista com alguns filmes que foram produzidos há dez anos e eu me espantei com o fato de alguns deles estarem lá.  Roubei a ideia e fiz uma lista pessoal com quinze filmes que eu adoro e que em 2013, completaram dez anos de lançamento.

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1) Procurando Nemo: Pois é, há dez anos conhecíamos a doce e atrapalhada Dóris, que tinha uma péssima memória e sabia falar baleiês.  O filme da Disney, dirigido por Andrew Stanton, conta a história de Nemo, um peixe palhaço que acidentalmente se perde do pai (Marlin) e faz de tudo para voltar pra casa.  Nemo foi capturado por um mergulhador e levado para Sidney onde passou a viver confinado em um aquário, junto a outros peixes. A animação foi super bem vista pela crítica e ganhou várias indicações ao Oscar (entre elas, ao prêmio de Melhor Trilha Sonora Original).

Imagem2) Deus é brasileiro: Filme lindo, com uma fotografia maravilhosa (do Affonso Beato) e com uma história encantadora.  Baseado na obra de João Ubaldo Ribeiro e dirigido por Cacá Diegues, “Deus é brasileiro” conta a seguinte história: Deus (interpretado por Antonio Fagundes) está cansado e decepcionado com a humanidade e, por isso, decide tirar férias.  Antes de abandonar o posto, Ele precisa encontrar um substituto e decide procurá-lo no Brasil. Após uma longa e solitária viagem, Deus recebe a ajuda de Taoca (Wagner Moura), um esperto pescador. O filme também traz Paloma Duarte, Hugo Carvana e Stepan Nercessian no elenco.

Imagem3) Dogville: Esse filme é sensacional e espero, um dia, fazer uma publicação só pra ele. Posso estar enganada, mas acho que Dogville, dirigido por Lars Von Trier, é um clássico contemporâneo que usa e abusa do experimentalismo. Protagonizado por Nicole Kidman e divido em dez partes, “Dogville” conta a história de Grace, uma mulher desconhecida que chega a uma pequena cidade e pede por abrigo. Grace, que foge de gângsters, aceita trabalhar para os moradores por duas semanas, até que eles decidam se ela pode ficar definitivamente ou não. O tempo vai passando e Grace, ao invés de ser bem tratada, passa a ser explorada pelos moradores. O que eles não sabem é que ela guarda um segredo que pode colocar todos em risco.

Imagem4) Tudo o que uma garota quer: Há dez anos, Amanda Bynes ainda era uma garotinha doce e exemplar que faturava milhões. “Tudo o que uma garota quer” foi um estouro e a colocava no topo de ídolos teens junto a Lindsay Lohan e Hilary Duff. Dirigido por Dennie Gordon, o filme conta a história de Daphne Reynolds, uma menina que acaba de completar 17 anos e toma uma decisão radical: mudar-se para a Inglaterra e morar com o seu pai, Henry (Colin Firth), que conhece apenas por uma antiga foto. Henry é um importante político inglês e o seu cotidiano vira a vida de Daphne de cabeça para baixo.

Alguém tem que ceder 5) Alguém tem que ceder: Difícil não resistir a um par romântico formado por Diane Keaton e Jack Nicholson. O filme, dirigido e roteirizado por Nancy Meyers foi aclamado pela crítica, recebeu duas indicações ao Globo de Ouro e uma indicação ao Oscar (de melhor atriz, para Keaton). Nicholson interpreta Harry Sanborn, um executivo  que namora com Marin (Amana Peet), uma mulher que tem idade para ser sua filha. O casal decide visitar a mãe de Marin, Erika (Diane Keaton) e, pouco tempo depois de chegar lá, Harry sofre uma parada cardíaca e fica sob os cuidados médicos de Erica e Julian (Keanu Reeves). Aos poucos, Harry começa a se interessar por Erika e trava uma briga com Julian, que também quer namorá-la.

Adeus, Lenin!6) Adeus, Lenin! Esse filme é fantástico e tem um argumento genial. A trama se passa em 1989, na Alemanha e conta a história de Alexander (Daniel Bruhl), um ativista que é contra o governo socialista. Ironicamente, sua mãe, Sra. Kerner (Kathrin Sass) é uma professora que se identifica com o regime e condena o filho por suas ações. (Alexander a definia como: “casada com a pátria socialista”). Pouco antes de ver a queda do Muro de Berlim, a mãe de Alexander sofre um ataque cardíaco e entra em coma. Quando acorda, ela não faz ideia das mudanças sofridas pelo país. Para preservá-la e poupá-la do choque, Alexander faz de tudo para que a Sra. Kerner acredite que ainda vive em um país socialista.

Longe do Paraíso7) Longe do Paraíso: Outro dia estava pensando nesse filme, no quanto eu gosto dele e no quanto ele é lindo. Não bastasse ter uma bela fotografia, atuações maravilhosas, “Longe do Paraíso” (dirigido por Todd Haynes) apresenta uma história emocionante e complexa. A trama se passa em 1957. Cathy Whitaker (Julianne Moore) é uma dona de casa que aparentemente leva uma vida perfeita. No entanto, seu marido, Frank (Dennis Quaid) esconde sua homoafetividade. Um dia, Cathy vai visitá-lo em seu escritório e o vê beijando outro homem. Abalada, Cathy encontra conforto em Raymond Deagan (Dennis Haysbert), um jardineiro negro. Sua proximidade com um homem negro levanta suspeitas da comunidade conservadora e ortodoxa em que vive.  Moore (que, aliás, estava grávida), levou o Oscar e o Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz.

Fale-com-ela-8) Fale com ela: Aqui, Almodóvar mostra toda a sua potencialidade, traz às telas uma trama repleta de conflitos humanos e existenciais. A história (muito inquietante, por sinal) se passa em Madri e gira em torno de Benigno (interpretado por Javier Cámara) um enfermeiro que é apaixonado por Alicia Roncero (Leonor Watling), uma bailarina que diariamente ensaia em um prédio em frente ao seu. Alicia sofre um acidente de carro e entra em coma, ironicamente ela é internada no hospital em que Benigno trabalha. Assim, ele estabelece uma relação amorosa/platônica com a paciente, ao mesmo tempo, faz amizade com Marco Zuluaga (Darío Grandinetti), um homem que vai constantemente ao hospital visitar sua namorada (uma toureira) que também está em coma.

Como-Se-Fosse-a-Primeira-Vez9) Como se fosse a primeira vez: Drew Barrymore e Adam Sandler, em uma comédia romântica super gostosa de assistir. Dirigido por Peter Segal, a trama se passa no Havaí e conta a história de Henry Roth (Sandler) um veterinário que se apaixona perdidamente por Lucy Whitmore (Barrymore). O problema é que Lucy sofreu um acidente de carro há anos atrás que a deixou com uma falta de memória: ela se esquece rapidamente de tudo o que faz. Henry então tem um desafio: conquistar Lucy dia após dia.

Meninas Malvadas10) Meninas Malvadas: E pensar que há dez anos atrás, Lindsay Lohan, Amanda Seyfried e Rachel McAdams encarnavam adolescentes irritantes que lutavam por popularidade no colégio. Já disse isso aqui anteriormente: esse filme foi um estouro (se tornou um clássico) e, apesar de ser um clichezão, é gostoso de assistir. Dirigido por Mark Waters e escrito por Tina Fey, o filme conta a história de Cady Heron (Lohan), uma adolescente de 17 anos que cresceu na África e sempre estudou em casa. Cady muda-se com os pais para os EUA e passa a frequentar a escola, mas enfrenta inúmeros problemas, a começar por Regina George, a chefe de um grupinho de garotas venenosas e totalmente superficiais.  Inusitadamente, Cady recebe o convite para fazer parte do grupo da Regina (“as poderosas”) e ela fica divida pois não que abandonar seus amigos impopulares.

as-horas11) As Horas: Eu sou apaixonada (apaixonadíssima com esse filme) e custei pra crer que ele já tem dez anos. Não bastasse um time fantástico de atores, de uma fotografia linda e de uma trilha sonora mais bonita ainda (feita pelo incrível Philip Glass), “As Horas” é daqueles filmes que te faz se emocionar sem esforço. (Espero não ter exagerado nos adjetivos, mas eu realmente gosto dele.)

Dirigido por Stephen Daldry (O leitor; Tão forte e tão perto), o filme se passa em três períodos diferentes e conta a história de três mulheres ligadas ao livro “Mrs Dalloway”: Virginia Woolf (Nicole Kidman), autoria do livro – que enfrenta uma depressão,  Laura Brown (Julianne Moore) uma dona de casa que planeja uma festa para o marido e Clarissa Vaughn (Meryl Streep) uma editora que vive em NY e tem um amigo chamado Richard (Ed Harris), um escritor que tem Aids e que está morrendo. Aliás, todas as personagens tem um quê “lésbico”…

narradores de jave212) Narradores de Javé: Eis a prova de que o cinema brasileiro (mesmo que essa gente chata diga que não, rs!)  tem seus acertos. Dirigido por Eliane Café, o filme – que é uma delícia de assistir – conta a história de uma pequena cidade que será submersa pelas águas de uma represa. Os moradores descobrem que a ‘inundação pode ser impedida se a cidade tiver um patrimônio histórico e por isso, decidem escrever a história da cidade (chamada Javé), mas encontram um grande problema: apenas um morador sabe escrever, o carteiro. “Narradores de Javé” foi bem recebido pela crítica, venceu vários prêmios, entre eles o de melhor filme no VII Festival Internacional de Cinema de Punta del Este.

grande menina, pequena mulher13) Grande Menina, Pequena Mulher: Dakota Fanning é uma atriz incrível. Outro dia eu estava assistindo um episódio de Friends, onde ela aparece: ainda pequenininha, dando um show de interpretação. Também gosto muito da Brittany Murphy, acho ela tão carismática em tela (pena mesmo ter falecido). Pois bem, Fanning e Brittany formaram uma dupla sensacional. Dirigido por Boaz Yakin, o filme conta a história de Molly (Murphy), uma jovem mimada que vive da fortuna deixada por seu pai, um astro do rock já falecido. Após perder toda a sua herança, Molly se vê obrigada a trabalhar como babá de Ray (Fanning), uma garotinha precoce, de apenas oito anos e não é lá muito amigável. Gosto muito desse filme e da música final…aliás, sempre choro no final…

Prenda-me se for capaz14) Prenda-me Se For Capaz: Filmão, daqueles que te prendem do início ao fim! (aliás, adoro essa capa). Dirigido por Steven Spielberg, “Prenda-me se for capaz” conta a história de Frank Abagnale Jr. (Leonardo DiCaprio) um golpista experiente e esperto que já se passou por médico, advogado e co-piloto (tudo isso com apenas 18 anos). Frank, que já realizou golpes milionários, só tem um problema: Carl Hanratty (Tom Hanks), um agente do FBI que faz de tudo para capturá-lo.

Os incríveis15) Os incríveis: Adoro animações e essa não podia faltar na lista. Produzido pela Disney e dirigido por Brad Bid, o filme conta a história de Roberto Pêra, um super herói aposentado que morre de vontade de voltar a ativa. Há quinze anos, Roberto se envolveu em um problema: impediu um homem de se matar. O homem não gostou, entrou com um processo e ganhou na justiça. A indenização custou caro ao estado e assim, Roberto foi forçado a abandonar a profissão para levar uma vida comum…

Acontece que não é só Roberto que tem super poderes e sim, sua família inteira! Sua mulher Helen é a famosa “mulher elástico” e seus três filhos também desenvolveram super poderes. A oportunidade de voltar a vida de herói surge um estranho vilão faz  um comunicado misterioso e convida Roberto para uma missão secreta em uma ilha remota. * Só pra constar, “Os Incríveis” é o mais longo filme de animação em computação gráfica já produzido até o seu lançamento.

ImagemTodo mundo diz pra gente que o insucesso dói, mas ninguém nos prepara para perder.  “Perder”, dor única, incomparável e individual. Quando se vence, se vence junto.

Perde-se sozinho.

Eu já perdi muitas coisas, muitas pessoas, muitos lugares, muitos sonhos. Já me perdi de mim mesma, tentei voltar inúmeras vezes. Perder é como o silencio, é o vazio, a lágrima, a vergonha, o medo, a insônia.

Perder é abrir caminho, deixar um espaço: ou para a esperança ou para a desistência. Por que, felicidade. Por que eu te perdi mais uma vez?

Transamérica

Uma mulher presa no corpo de um homem. Quantas vezes já não ouvimos essa história? Inúmeras; e o cinema está aí, pronto para recontá-la sempre que for preciso. Em Transamérica, filme independente produzido em 2005 por William H. Macy e dirigido por Duncan Tucker, a atriz Felicity Huffman encarna um transexual que enfrenta várias dificuldades para realizar uma vaginoplastia (cirurgia de mudança de sexo).

Semanas antes do processo cirúrgico, Bree (Huffman) descobre que quando ainda se comportava como homem engravidara uma colega de faculdade. Seu filho, Toby (interpretado por Kevin Zegers) busca incessantemente pelo pai, que conhece como “Stanley” e pretende morar com ele. Bree conta sobre a existência do filho para sua psicóloga e mostra-se desinteressada em ajudá-lo, principalmente porque Toby é um garoto problema e foi preso por venda de drogas. A psicóloga percebe que Bree precisa resolver essa questão familiar e decide: só permitirá que Bree realize a cirurgia depois que ela se encontrar com o filho. Sem opções (principalmente porque o convênio médico está vencendo), Bree decide viajar para a cidade natal e não só encontrar o filho como também reencontrar a família.

ImagemBree é a típica personagem que nos deixa incomodados. Não por sua condição, mas pela forma que a enfrenta. Desajeitada, ela afirma várias vezes que não possui amigos, não gosta de ser vista e tenta passar despercebida nos lugares. Mas, como não percebê-la? Bree é triste, tem um grito preso na garganta, é  orgulhosa e extremamente vaidosa. É aquela pessoa que já acostumou a apanhar, que já acostumou a perder e que pede desculpa por existir (e ser quem é).

Enquanto isso, Toby pulsa a cada segundo de vida. Ele está afogado na lama mas alimenta o desejo de ser um astro famoso.  Sua agressividade é uma provável tentativa de autodefesa, afinal, Toby foi rejeitado desde o nascimento e aprendeu a lidar com as perdas muito cedo. Sua mãe, uma lésbica depressiva, se suicidou; antes disso se casou com um homem agressivo. Toby passou por lares adotivos, não fez amigos, não tem um lar ou família. A única referência de Toby é uma foto antiga do pai e em seu imaginário, Stanley é não só o símbolo de proteção, mas também de virilidade.

A abordagem sobre a transexualidade em Transamérica (aliás, que título sensacional, não?) é, na verdade, um aspecto secundário. A principal premissa do filme é a relação entre pais e filhos – que é extremamente complexa e imperfeita para todos os personagens. Quando Bree reencontra os pais, ela se depara novamente com o passado, com o tempo em que ela ainda era homem e que a mãe insiste em relembrar. Os diálogos entre Bree e a mãe são os melhores, imperdíveis!

transamericaO filme, que é um “road movie”,  tem um fotografia belíssima e diálogos extremamente  densos.  Ponto positivo para o roteiro. Quanto às atuações, não há o que questionar. Kevin Zegers está perfeito para o papel, tão selvagem e violento que não deixa dúvidas quanto ao seu talento. Sobre Felicity Huffman, um incontestável e belíssimo trabalho. Não é atoa que Huffman recebeu indicações ao Oscar e ao Globo de Ouro; sua atuação é visceral, do início ao fim.

Sobre Huffman ainda há algo a dizer: por muito tempo ela foi colocada em segundo lugar nos filmes americanos, sempre com papéis pequenos de antagonistas e, por pouco não passou desapercebida. Huffman é maravilhosa e não deixa a peteca cair em cenas extremamente complexas. Em Transamérica ela apresenta um cuidado com a postura, uma preocupação com a voz e não se importa em aparecer “feia” em tela. Outra que também merece destaque é Fionnula Flanagan que encarna a mãe de Bree, um personagem amável e detestável ao mesmo tempo.

Meus filmes preferidos sobre o Natal

Outro dia comentava aqui no La Amora o quanto listas são excludentes, mas não pude resistir em fazer uma sobre os meus filmes natalinos preferidos. Acho que eu poderia passar o resto do dia falando de produções com essa temática porque hora ou outra um filme me vem a mente. Adoro o clima nostálgico que eles trazem, lembro-me perfeitamente da época em que eu era criança e ainda acreditava em Papai Noel, quem nunca?. O interessante (e obvio até) é que a maioria deles possuem um apelo emotivo e caloroso. Como sou da geração de 90, vocês vão reparar que a maioria desses filmes listados aqui passaram exaustivamente na TV aberta (principalmente na Globo e no Sbt).

P.S: Hoje, escutando um dos programas de rádio que a minha mãe adora, “A hora do coroa”, Acir Antão comentava sobre como essa época perdeu o real sentido. “Papai Noel roubou o Natal”. O radialista falava que a Rede Globo fez uma pesquisa perguntando para as pessoas sobre o que o Natal significava para elas e a resposta foi: presentes. Ninguém citou o nascimento de Jesus Cristo. Por quê eu tô falando isso? Nem sei, na verdade… não tô tentando pagar de moralista, mas é que fui reparar a minha lista e, bem… não há nenhum filme sobre Jesus Cristo nela, sorry.

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O Grinch

(How the Grinch Stole Christmans/ 2000)

Quando eu era pequena eu achava o filme extremamente estranho, mas não conseguia desgrudar os olhos da tela quando ele era transmitido. Esse foi o primeiro filme que me veio a mente quando comecei a fazer a lista (talvez porque tenha assistido milhares de vezes, repetidamente, sem cansar). Dirigido por Ron Howard, o longa se passa na terra dos “Quem”, lugar onde todos amam e se divertem com o Natal. Todos não, porque o Grinch (um estranho ser verde, rabugento, peludo e fedido) faz de tudo para estragar a comemoração de seus conterrâneos (e chega até a invadir suas casas e roubar os presentes). Enquanto o Grinch (interpretado por Jim Carrey) elabora seus planos mirabolantes, a pequena e doce Cindy Lou começa a se questionar sobre o real sentido do Natal já que todos ao seu redor só se preocupam em comprar presentes e em fazer festas.

ImagemUm herói de brinquedo

(Jingle All the Way , 1996)

Outro clássico, que vivia passando na Sessão da Tarde e que também traz à tona todo um sentimento nostálgico. O filme conta a história de Howard Langston (Arnold Scwazenegger) um homem atribulado que, por contas dos negócios, é um pai ausente. Ao perder a premiação de caratê do filho Jamie, Howard promete lhe dar qualquer presente que ele pedir de Natal. Jamie não pestaneja e pede um “Turbo Man”. Howard deixa para comprar o brinquedo na véspera de Natal, mas as lojas já venderam praticamente todo o estoque. Para complicar a situação, o carteiro Myron Larabee tem o mesmo objetivo que Howard, encontrar um Turbo Man. Os dois começam uma grandiosa disputa e garantem situações hilárias.

ImagemO Natal da Família Monstro

(The Munsters’ Scary Little Christmas/ 1996)

Sempre achei “A Família Monstro” uma cópia mal feita da Família Addams (fala sério, é difícil não comparar os dois né? Na verdade, nem sei se é cópia porque não faço ideia de qual veio antes), mas mesmo assim… que trama adorável. O filme, que é um clássico da Record, conta a história de uma estranha família californiana composta por um monstro, dois vampiros, um lobisomem, uma bruxa e por uma linda garota.

Tudo o que Eddie (o pequeno lobisomem) quer é comemorar o Natal normalmente, como as famílias dos garotos do seu colégio. Para tentar alegrar o filho, Herman e Lily Monstro fazem de tudo para parecerem normais. Enquanto Herman enfeita a casa, o Vovô ajuda o Papai Noel a fazer suas entregas e Lily se escreve em um concurso da “casa mais bem enfeitada da rua”.

O estranho mundo de Jack O estranho mundo de Jack

(The Nightmare Before Christmass/ 1993)

Se eu não assistir esse filme no Natal (ou na véspera) eu fico até um pouco deprê, acho que já virou tradição. Muitos se enganam ao achar que Tim Burton o dirigiu (apesar de ter um ligação direta, já que Burton é o produtor).  Na verdade, o filme foi dirigido por Henry Selick (Coraline), roteirizado por Caroline Thompson e é o primeiro longa do mundo  feito completamente em stop-motion. Imperdível!

A trama, que consegue ser doce e obscura ao mesmo tempo, conta a história de Jack, um ser que vive na Terra do Halloween junto a outros monstros, vampiros e cadáveres – e que anualmente organiza uma festa no local. Cansado da mesmice, Jack descobre a existência de outras festividades, entre elas o Natal, a que mais o encanta.  Designado a convencer seus colegas a mudar o “Halloween”, Jack inventa mentiras sobre o Natal e incita todos a lhe ajudarem a roubar o “Papai Cruel”.  – Filme lindo, trilha sonora maravilhosa!!!

macaulay-culkin1Esqueceram de mim

(Home alone/ 1990)

Não há muito o que falar sobre esse filme, talvez por ele ser o pai dos clássicos natalinos e ter passado zilhões de vezes  na TV. Acho que eu sei esse filme de cor e ainda assim, adoro assisti-lo. Macaulay Culkin, na época fofinho e carismático, interpreta Kevin, um garoto de apenas oito anos que é deixado pra trás pela família que viajou para Paris. Ao invés de se preocupar, Kevin se diverte ao ficar sozinho se sai muito bem ao enfrentar dois bandidos tapados que querem roubar a casa.

10 filmes de comédia para assistir durante as férias

O título dessa publicação está um pouco sugestivo, mas a verdade é que esses são os filmes que eu assisti nas primeiras semanas das minhas férias e que eu adorei. Sou apaixonada por comédias (boas comédias) e não é de se espantar que volta e meia publico sobre filmes desse gênero aqui no La Amora. Segue a listinha que eu fiz:

Imagem1) Família do Bagulho: Apesar de receber um título questionável aqui no Brasil, “We’re the Millers” (Nós somos os Millers, em inglês) é uma comédia divertida, com uma trama no mínimo curiosa e com situações muito engraçadas. Produzido em 2012 e dirigido por Rawson Marshall Thurber (também diretor em “Com a bola toda” e “Usina dos sonhos”), o filme conta a história de David Clark (Jason Sudeikis), um vendedor de drogas que é obrigado pelo seu chefe (interpretado por Ed Helms) a viajar para o México e fechar uma negociação que envolve um grande carregamento de maconha.

Para passar despercebido, David decide formar uma “falsa” família e convida a stripper Rose O’Reilly (Jennifer Aniston) para ser sua esposa, a delinquente Casey (Emma Roberts) e seu vizinho Kenny (Will Poulter) para fingirem que são seus filhos. O filme é uma ótima pedida e possui situações muito engraçadas, sem forçar a barra e sem ser clichê. Jason Sudeikis está em sua melhor forma, irônico e descompromissado.

Imagem2) Até que a sorte nos separe: Tino (Leandro Hassum) e Jane (Danielle Winits) é formam um casal de classe média que sofrem uma drástica mudança na vida após ganharem cem milhões na loteria. O casal, que anteriormente enfrentava certas dificuldades financeiras, passou a gastar desenfreadamente e viver, com seus dois filhos, uma vida cercada de luxo e desperdício. O problema é que toda a ostentação leva Tino a falência e ele, após dez anos de riqueza, precisa aprender a economizar. Com ajuda do seu vizinho Adelson, um homem perfeccionista e solidário, Tino tenta reverter à situação e pagar as dívidas que fez com o banco. Porém Tino é pego de surpresa novamente quando descobre que sua mulher está grávida do terceiro filho e não pode sofrer nenhum tipo de trauma, dessa forma ele faz de tudo para esconder da mulher que estão falidos.

Há inúmeras discussões sobre o papel do gênero de comédia no cinema brasileiro. É inegável que filmes de humor vendem mais no país e atraem um publico gigantesco enquanto produções experimentais, alternativas e dramas, ficam em segundo plano. Apesar das inúmeras críticas ao gênero (e ao caminho que a indústria cinematográfica brasileira tem tomado) é difícil resistir à um filme tão interessante como esse. O fato é que Roberto Santucci acertou na mosca e trouxe a tona um longa que brinca com os sonhos de milhões de brasileiros e, de alguma forma, se aproxima da realidade. Só pra constar, Leandro Hassum está maravilhoso e leva o filme nas costas. Hassum é exagerado e provoca risadas assim que aparece em tela. Kiko Mascarenhas também merece destaque, assim como Danielle Winits que não deixa a peteca cair. Ótimo filme!

The-Family-poster-04Jun20133) A Família: Na primeira vez que eu vi esse filme (produzido em 2013 e dirigido por Luc Besson) eu fiquei puta da vida porque não consegui achar graça em nada. Revendo o longa outro dia, percebi que eu provavelmente não estava prestando atenção porque apesar do clichezão é possível dar umas risadas. “The Family” conta a história de Giovanni Manzoni (Robert De Niro), um ex-integrante da máfia italiana que entrou para o programa de proteção as testemunhas e, após algumas alterações, foi transferido junto a família para a França.

Sua mulher, interpretada por Michelle Pfeiffer e seus dois filhos, Belle (Dianna Agron) e Warren (John D’Leo) precisam se adaptar à nova vida, mas são extremamente violentos e pouco convencionais. Os hábitos da máfia voltam à tona e trazem problemas a Giovanni que é perseguido pelos antigos colegas que querem vê-lo morto. Há todo um exagero que faz com que o clima do filme fique mais engraçado, em uma cena, por exemplo, Maggie não consegue encontrar pasta de amendoim e como vingança explode o supermercado – WTF!!?

RED2 4) RED 2 – Aposentados e Ainda mais Perigosos: A sequência de RED mantém a ironia do filme anterior, tem muitas cenas ação, sátira e humor e o elenco está ainda mais rico. Além de levar o nome de grandes lendas do cinema americano (Helen Mirren, Bruce Willis, John Malkovich e Mary-Louise Parker) a segunda parte também traz Byung-Hun Lee, Antony Hoipkins e Catherine Zeta-Jones no elenco.  Gosto especialmente desse filme porque ele debocha do gênero e ao mesmo tempo, consegue equilibrar o suspense e o humor sem exagerar na dose.

Em RED 2, Bruce Willis volta a viver Frank, um ex-agente que tenta levar uma vida normal ao lado de Sarah (Parker), sua namorada. No entanto, o excêntrico  Marvin (interpretando pelo brilhante Malkovich) avisa a Frank que alguém vai tentar matá-lo. Frank, que a principio não dá a mínima para Marvin, é sequestrado e levado a um interrogatório onde é quase assassinado. Decido a tirar a namorada de perigo, Frank entra no jogo e se aventura em um viagem para descobrir quem quer matá-lo e porquê. Nesse meio tempo ele reencontra antigos parceiros, entre eles Victoria (Mirren) que surpreendentemente recebeu uma missão: matar Frank.

Universidade Monstros 5) Universidade Monstros: Se o primeiro filme (Monstros S.A.) é uma delícia, o segundo nem se fala. A animação, dirigida por Dan Scanlon, é uma retrospectiva dos anos de faculdade de Mike Wazowski e Sullivan, que antes de se tornarem funcionários na Monstros S.A. (e antes mesmo de conhecer a Boo) não se davam bem. Enquanto Mike era um jovem perfeccionista e estudioso, Sullivan só se interessava por esportes, era arrogante e não se preocupava em estudar.

Após um incidente em um importante teste, Mike e Sullivan precisam se unir para não serem expulsos da faculdade e por isso, decidem participar da Olimpíadas de Sustos. O problema é que a equipe que arrumam é composta por monstros desajustados e que não assustam ninguém. (Só pra constar, o segundo fica pé a pé com o primeiro, é divertidíssimo e te prende do início ao fim).

A MENTUIRA6) A Mentira: O filme é uma releitura de “A Letra Escarlate” e, com  dinamicidade, conta a história de Olive Penderghast, uma menina que criou uma grande mentira e acabou perdendo o controle sobre ela. Olive, uma estudante do ensino médio, disse para a melhor amiga – Rhi (Alyson Michalka) que saiu com um rapaz durante o fim de semana, quando na verdade ficou em casa. Marianne (Amanda Bynes), a garota mais carola e caxias da escola, escuta a conversa e deduz que Olive não é mais virgem, espalhando a historia por todo o colégio.

O pequeno boato transforma-se em um gigante problema e coloca a reputação de Olive em jogo. Pouco tempo depois, seu amigo gay (que já não aguenta mais ser zuado pelos amigos) pede que Olive o ajude a perder a fama de afeminado. Olive topa ajudá-lo e finge transar com ele, fazendo com que todos pensem que ele é heterossexual. Outros garotos (também desajeitados) descobrem a farsa e pedem o mesmo favor a Olive, que assume a personalidade de “vadia” e aceita falar que dormiu com os garotos em troca de pequenos favores.

Delícia de filme, muito diferente daquelas comédias adolescentes e bobas que a gente costuma assistir. É difícil imaginar outra atriz tão perfeita para o papel quanto Emma Stone, que dá um show de carisma. Will Gluck e Bert V. Royal (respectivamente o diretor e o roteirista do filme) foram extremamente sábios ao produzirem um filme engraçado, leve e sem apelação. Patricia Clarkson e  Nick Penderghast estão hilários como os pais sem noção da Olive.

Crood7) Os Croods: Delícia de filme, com gostinho nostálgico e perfeito para ser assistido junto a família. Produzido em 2013 e dirigido por Kirk DeMicco e Chris Sanders, ‘Os Croods’ se passa na pré-história e retrata o cotidiano de uma família liderada pelo pai, Grug, que morre de medo do mundo exterior e faz de tudo para proteger a família. Eep, filha adolescente de Grug, adora caçar e vive confrontando o pai, que não a deixa sair.

A vida dos Croods sofre uma grande transformação quando a caverna onde vivem é afetada por um “terremoto” (não sei se aquilo pode ser chamado de terremoto, então…) e eles não conseguem mais voltar para a caverna. Com a ajuda do aventureiro Guy, a família se desloca em busca de uma nova casa e acabam vivendo enormes aventuras.  – O filme é muito divertido e é uma gracinha!!! Adorei os personagens, principalmente a Vovó que é linha dura e a Eep, que foge do estereotipo das “princesinhas da disney” (esse filme não é da disney, mas tá) e é extremamente valente.

Jackss 8) Vovó sem Vergonha:  Quem é fã da série Jackass não pode perder esse filme! Johnny Knoxville, com toda a sua mistura de genialidade e imbecilidade, estrela o filme onde interpreta Irving Zisman, um senhor de 86 anos que, após perder a esposa, se reencontra com a filha que não via há tempos. Irving é pego de surpresa quando sua filha vai embora e o deixa sozinho, responsável por cuidar de Billy, seu neto.

Os atores encenam situações hilárias, grotescas e polêmicas e são observados por pessoas comuns, que não fazem ideia de que tudo se passa de um filme. As cenas mostram como as pessoas ficam surpreendidas (e constrangidas) em situações absurdas, quase inimagináveis.  [Exempos: Billy bebe cerveja em público, Irving faz cocô na calça e fica com o pênis preso em uma máquina de refrigerante.] O bacana dessa produção é que, diferente dos outros filmes dos Jackass, há uma trama linear que sustenta e liga os acontecimentos, fazendo com que a atmosfera de deboche fique ainda mais interessante.

Fantastico medo9) Um Fantástico Medo de Tudo: Simon Pegg é brilhante e ele está ainda mais sensacional (e versátil) nesse filme de humor negro que brinca com a paranoia de Jack, um escritor de livros infantis, que é contratado para escrever um romance de mistério. Ao fazer pesquisas para seu livro, Jack mergulha em casos de assassinato que aconteceram na era vitoriana e passa a duvidar de tudo e de todos que o cercam, desenvolvendo um fantástico medo de tudo.

Vivendo praticamente em clausura, Jack recebe um convite de um executivo de Hollywood que se interessa por seu roteiro. “O que deveria ser sua grande chance rapidamente se transforma em sua grande tragédia, pois Jack é forçado a enfrentar seus piores medos, dentre eles, amar, lavar roupa e assassinos seriais.”

Diferente e original, ” Um fantástico medo de tudo” dirigido por Chris Hopewell e Crispian Mills, é um filme sensível e inteligente, que possui diversas referências (tanto cinematográficas quanto literárias) e consegue fazer rir e emocionar ao mesmo tempo. Vale ressaltar o tom experimental da produção que deixa o filme ainda mais interessante – fora a trilha sonora, que acentua o clima de suspense e satiriza os filmes de terror.

vantagens de ser

“Nós temos o amor que achamos merecer.”

10) As vantagens de ser invisível: A verdade é que eu não sei bem se esse filme pode ser classificado como drama ou comédia (acho que ele fica no meio do caminho). O fato é que é uma boa opção para quem quer se emocionar e se divertir com uma história linda e muito bem produzida. Não é atoa que o filme tenha conquistado um público tão grande, a sensibilidade de Stephen Chbosky sobressai às telas e é ainda mais enriquecida com com atores tão bons (Emma Watson, Ezra Miller e Logan Lerman).

Chbosky (que também é o autor do livro que inspirou o filme) soube aproveitar a densidade psicológica dos personagens e realizou uma abordagem profunda de questões importantes na adolescência – e em todos os períodos da vida, como amor, sexo, drogas e amigos.

O filme conta a história de Charlie, um garoto de quinze anos que acaba de entrar no ensino médio, mas que ainda se recupera de uma forte depressão (pois perdeu o melhor amigo). Charlie, que tem tendências suicidas e é extremamente tímido faz amizade com Patrick e Sam, dois ‘veteranos’ que já conhecem a rotina do colégio.  (P.S. A menção a Rocky Horror Picture Show é demais!!)

Leave Bárbara Evans alone!

Não assisti “A Fazenda”, não gosto muito de sites de fofoca e há pouco não sabia da existência da Bárbara Evans. Nos últimos dias no entanto, o meu Facebook foi invadido por notícias sobre a tal tatuagem que a pobre/rica garota fez em homenagem a mãe. Em poucos dias começaram a pipocar amigos que comentavam sobre o trabalho mal feito no braço da celebridade e da imbecilidade que a menina havia cometido. Na mesma época o famoso #ProjetoBarbaraEvans surgiu nas redes e os internautas, que não perdoam, começaram a zuar a bela frase que ela tatuou: “Moae, minha bainha”.

Barbara Evans, tatuagemBrincadeiras a parte, eu… que nunca fui tão curiosa em toda a minha vida (sei!) passei a acompanhar o alvoroço da mídia sobre o “acontecimento”. Surpreendentemente, até a Folha de São Paulo deu uma nota sobre o caso, o que me deixou impressionada.

Muito curiosa que sou, fui até o Instagram da garota e o que vi foi um show de grosserias.  É interessante como a mídia consegue, de alguma forma, provocar a catarse. Os comentários, em sua maioria de deboche e ódio, colocavam Barbara em uma situação tão ruim, mas tão ruim que eu fiquei com pena da menina… sério! Eu não entendo muito bem qual é a necessidade que uma pessoa tem de ir no perfil de uma celebridade – seja ela qual for – pra colocar mensagens de ódio, mas o fato é que as pessoas realmente o fazem e as vezes perdem a linha.

No Instagram da Barbara diziam que ela é uma patricinha, doida, uma cheirada, que ela era vadia, que iria acabar internada e depressiva como a mãe (e por aí vai). Eu só consigo pensar no seguinte,  de duas uma: ou você perderá seu tempo ou lhe garantirá mais ibope. E acho que a segunda opção está mais correta. Depois de cometer a gafe, Barbara passou a aparecer apenas de blusa com manga comprida, cancelou os compromissos e já está enfrentando sessões para apagar a pequena obra de arte.

barbara evansMas… pensando bem. Pra quê tanta grosseria? Por que as pessoas se importam tanto com a tal tatuagem – que, aliás, foi paga com o dinheiro dela e está no braço dela?????? Quero dizer, porque não deixá-la em paz?

– Essa publicação ganhou o selo de: texto mais desnecessário do ano

História de Mulheres

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Frida Kahlo por Aleya Moreno

Durante algumas semanas uma querida amiga da faculdade, insistiu para que eu procurasse um livro da jornalista espanhola Rosa Montero. Ela passava os dias falando sobre “A louca da casa”, obra que Motero escreveu em 2003. Eu, atolada com os trabalhos do fim do semestre, acabei me esquecendo da autora.

Há um mês fui convidada a participar de um grupo de trocas. Ofereci um DVD da Elis Regina e pedi um livro. Por ironia do destino, recebi “Historia de Mulheres”, publicado em 1995 – uma coletânea de 16 pequenas biografias de personalidades femininas. Comecei a lê-lo sem interesse, sem nem me dar conta de que a autora  era a “tal” jornalista que a minha amiga tanto falava. Devorei as páginas em uma semana e fui pega por um êxtase de admiração e curiosidade. É duro admitir, mas fiquei com inveja da capacidade textual da Rosa Montero, que escreve maravilhosamente bem e tem um trabalho jornalístico impecável.

Logo na introdução, Montero reconhece que listas são excludentes e que a escolha de dezesseis biografias fatalmente deixam de fora outras mulheres com histórias tão admiráveis quanto as que foram narradas. Com um trabalho extenso, quase visceral, Montero passou dias e noites analisando documentos, lendo bibliografias e fazendo entrevistas. O livro é, na verdade, a reunião da série de textos – um pouco mais extensos, que Montero publicou no jornal El País.

Simone de Beauvoir
Simone de Beauvoir

Montero questiona o papel secundário que foi dado a mulher na sociedade e perpassa pelas diferenciações hierárquicas entre os sexos. Através de uma dimensão histórica (desde o início dos tempos, com a criação de Adão e Eva) a autora relembra mulheres surpreendentes que, de uma forma ou de outra, acabaram esquecidas pela história:

“Mais fascinante ainda é a história de Lilith. A tradição judaica conta que Eva não foi a primeira mulher de Adão, pois antes existiu Lilith. E essa Lilith quis ser igual ao homem: indignava-se, por exemplo, de ser forçada a fazer amor embaixo de Adão, uma postura que lhe parecia humilhante, e reclamava os mesmo direitos do varão. Adão, aproveitando-se de sua maior força física, tentou obrigá-la a obedecer, mas então Lilith o abandonou.  Foi a primeira feminista da Criaçao, mas suas moderadas reivindicações eram certamente inadmissíveis para o deus patriarcal da época, o qual transformou Lilith numa diaba matadora de crianças e condenou-a a padecer a morte de cem de seus filhos a cada dia, horrendo castigo que emblemiza à perfeição o poder do macho sobre a fêmea.”

Camille Claudel
Camille Claudel

As biografias são romantizadas, coisa que Montero faz muito bem. Em “A eterna fugitiva”, Montero narra a história de Agatha Christie e conta detalhes curiosos sobre a escritora. Christie não gostava de tirar fotografias, principalmente depois que fez quarenta anos e engordou muitíssimo. Preocupada com a aparência, a escritora não gostava de aparecer sorrindo nas fotos: tinha os dentes podres. Em 3 de dezembro de 1926, Agatha desapareceu. Traumatizada com a morte da mãe e com a traição do marido, simplesmente sumiu sem deixar pistas. Foi encontrada onze dias depois em um hotel, tinha perdido completamente a memória (“escapado de sí”). Nos fins dos dias, foi perdendo completamente o juízo, falava coisas sem nexo e cortava mechas do próprio cabelo – e que tanto se orgulhava.

Outra figura interessante é a Lady Ottoline Morrell uma britânica milionária que era “alta, tinha cara de cavalo e cabelo de fogo”. Durante grande parte da vida, Ottoline dedicou-se a um salão artístico por onde passaram figuras conhecidas como Virginia Woolf, Lytton Stratchey, Henry James, T.S. Elliot, Charles Chaplin e Bernard Shaw. Apesar de ser mecenas, apoiar e financiar artistas, Ottoline Morrell era quase sempre ridicularizada por eles. Aos 55 anos teve um câncer na mandíbula que a deixou desfigurada. Não bastasse, perdeu todo o dinheiro com as festas que oferecia aos artistas e descobriu as zombarias que faziam dela.

Montero afirma que apesar de sua fama de ‘aristocrata horrorosa e extravagante’, Ottoline – quando jovem – não era feia coisa nenhuma: “ É inquietante que essa mulher que foi uma das mais famosas beldades de sua época, acabe transformada, na velhice, no próprio simbolo da feiura e patetice” Mesmo depois do câncer (e das terríveis dores que sofria), Ottoline aguentou as humilhações e sofrimentos e continuou recebendo artistas em sua residência – só que de uma forma mais modesta. Morreu aos 64 anos, vitima dos estragos da doença e do tempo.

Agatha Christie
Agatha Christie

De todas as histórias, a que mais me chamou atenção foi a da Aurora Rodríguez, que nasceu em El Ferrol por volta de 1880. Uma de suas irmãs solteiras teve um filho, o abandonou e foi para Paris. Aurora o criou e incentivou seus estudos de música. O garoto, chamado Pepito Arriola tornou-se um menino prodígio e aos oito anos já era um sucesso internacional. Sua mãe, voltou de Paris e o levou embora, “coisa que Aurora não pôde perdoar”.

Aurora, que era uma mulher lunática e paranoica, planejou uma gravidez. Com astúcia procurou um progenitor: um padre aventureiro chamado Alberto Pallás. Em 1914 deu a luz a Hildegart (nome que significa “Jardim de Sabedoria”) e logo tratou de incitar-lhe aos estudos. “Quando Hildegart nasceu, Aurora começou a treiná-la desde o primeiro dia, como quem destra um animal. Antes de completar três anos, Hilde falava e escrevia corretamente, aos oito dominava quatro idiomas e era versada em filosofia e temas de educação sexual. Aos quatorze escrevia artigos para El Socialista e nessa época já se tornara famosa”.

Hilde concluiu a faculdade de direito aos 17 anos e aos 18 cursava medicina. Recebeu um convite de Havellock Ellis para ir a Inglaterra e aceitou. Sua mãe, possessiva e enciumada, a torturava psicologicamente e implorava para que ela ficasse. “Aurora sentia que a criatura lhe escapara, paranoica, considerava que Havellock Ellis fosse um espião que queria perverter sua filha”.  Três dias antes da data de partida, Aurora passou a noite velando ao pé da cama da filha vendo-a dormir e quando já estava clareando disparou-lhe quatro tiros a queima roupa, um na cabeça e três no peito que a mataram na hora. No julgamento Aurora afirmou que essa tinha sido a sua mais bela obra: “É muito mais penoso matar uma filha do que pari-la, de parir, todas as mulheres são capazes, mas de matar seus filhos não”.

Aurora e Hildegart Rodríguez
Aurora e Hildegart Rodríguez

Eu acho que eu poderia passar o resto do dia, da semana ou do mês falando desse livro. Mas, reconheço que esse texto já está maior do que devia. Só pra constar, a Rosa Montero também fala sobre: Mary Wollstonecraft, Zenobia Camprubí, Almaa Mahler, María Lejárraga, Laura Riding, George Sand, Isabelle Eberhardt, Margareth Mead, Camille Claudel, Irmãs Bronté e Irene de Constantinopla.

E pra terminar, separei umas frases do livro que eu mais gostei:

– “Todos carregamos dentro de nós nossa própria morte, toda vida é ir desvivendo”.

– sobre a Frida Kahlo: “Frida era muito bonita. Ou mais do que bonita, era tremenda. Tinha olhos ferozes e maravilhosos, boca perfeita sobrecenho hersuto, bigode apreciável. Certa vez ela o raspou e Diego ficou furioso: de algum modo os atributos sexuais dos dois eram trocados, porque ele tinha grandes peitos de mulher que a encantavam”

– sobre Margaret Mead: ” Seria cabível perguntar-se o porquê de uma mudança tão notável: as causas ocultas, o que aconteceu com ela por dentro. Há pessoas que, com o transcorrer da vida simplesmente envelhecem, outras, mais sábias ou afortunadas, vão amadurecendo. Outras, ao contrário apodrecem e outras ainda, enfim, se desbaratam, e todos esses processos têm frequentemente um claro reflexo no aspecto físico”

BIBLIOGRAFIA: Montero, Rosa, 1951 – História de Mulheres/ Rosa Montero / tradução Joana Angélica d’Avila Melo – Rio de Janeiro: PocketOuro, 2009.

 

Uma lição de amor

Uma lição de amor é um daqueles filmes que se assiste com o lenço do lado. É difícil segurar as lágrimas em um longa tão dramático e bem construído. A trama traz a história de Sam (Sean Peann), um pai solteiro com deficiência mental que cria com a ajuda dos amigos sua pequena filha, Lucy (Dakota Fanning). Quando Lucy completa sete anos e começa a superar a inteligência do pai, uma assistente social decide colocá-la em um orfanato. Desesperado, Sam procura a ajuda da advogada Rita Harrison (Michelle Pfeiffer) para tentar recuperar a guarda da filha.

 Dirigido e roteirizado por Jessie Nelson (Lado a Lado, Corina uma babá perfeita), ‘I am Sam’ (título original em inglês) é uma produção que acerta na abordagem, no roteiro bem construído, na fotografia, nas atuações e na incrível trilha sonora. Falando assim, parece até exagero, mas o fato é que Nelson fez um trabalho notório: soube utilizar câmera subjetivas, construiu uma iluminação perfeita e criou uma atmosfera respeitável: apesar do tema denso, a perspectiva é leve e dinâmica.Uma lição de amorSean Penn está incrível, se sobressai de todas as formas. Inclusive, há quem diga que ele improvisou grande parte de suas falas, o que torna o seu trabalho ainda mais admirável. Dakota Fanning por sí só já é uma delícia de se ver em tela, a garota esbanja fofura e inteligência e não fica pra trás quando contracena com monstros do cinema americano, entre eles Dianne Wiest.

Quem acompanha o La Amora sabe que Wiest é um dos meus grandes amores e é fato que, apesar da atriz ter uma participação pequena no filme, sua personagem – uma pianista com transtorno compulsivo que não sai de casa há 28 anos e ajuda Sam a criar Lucy – é marcante e fundamental para a trama. Michelle Pfeiffer – que mulher linda! – teve a inteligência de não deixar seu personagem cair no clichê e fez de Rita (uma advogada atribulada e com problemas familiares) um personagem forte e carismático.

I am Samtumblr_mcyp43Xolx1qbnr62o1_500Uma das questões que o filme levanta – e que talvez não fique bem claro no início – é a relação entre pais e filhos (não só entre Sam e Lucy), o argumento é muito mais abrangente do que isso. Os diálogos, em sua maioria com um toque sentimental, nos coloca contra a parede quando pergunta: existe alguém perfeito quando o assunto é a criação dos filhos?  Quem é mais bem sucedido: Rita – uma advogada de sucesso que não tem tempo para ficar com o filho ou Sam, um doente mental que trabalha em uma cafeteria e tem uma filha que é apaixonada por ele?

Sam faz de tudo para ficar perto da filha, ele até se muda para uma casa ao lado onde ela vive com os pais adotivos e arruma outro emprego para complementar a renda. O interessante é que não há ‘vilões’ nessa historia, apenas diferentes pontos de vista. A mãe adotiva tenta conquistar Lucy de várias maneiras e por fim reconhece que, apesar do retardo de Sam, Lucy teve o principal: amor.

Filme lindo e delicioso, daqueles que a gente não se cansa de ver. Boa pedida num dia chuvoso… 🙂

Carrie, a estranha

A nova versão de “Carrie, a estranha” foi um dos filmes que mais esperei esse ano. Tive a oportunidade de assisti-lo ontem e apesar das poucas surpresas, saí da sala satisfeita. Dirigido por Kimberly Peirce (Os meninos não choram), o longa faz uma releitura do famoso romance escrito por Stephen King (em 1974) e traz Chloe Moretz e Julianne Moore nos papéis principais.

Carrie ChloeA trama conta a história de Carrie White, uma adolescente introvertida que sofre perseguições na escola e é reprimida pela mãe (uma religiosa extremista). Durante o colegial, Carrie passa por inúmeras situações constrangedoras e sofre  com o deboche dos colegas que não compreendem seu comportamento. Não bastasse a desconfortante situação, Carrie descobre que possui poderes telecinéticos.

King escreveu Carrie quando tinha apenas 26 anos. Diz a lenda que ele quase desistiu de publicá-lo, mas foi impedido por sua esposa. Em 1976, Brian de Palma se interessou em filmá-lo; na época King recebeu apenas 2.500 dólares pelos direitos do filme, mas acreditava que estava com sorte por esse ser seu primeiro livro.

Brian de Palma escolheu para o papel principal a Sissy Spacek, na época uma atriz desconhecida. Para o papel de Margareth, Piper Laurie – que assim como Spacek – recebeu uma indicação ao Oscar. O filme, que foi um estouro, contava com outros atores principiantes, entre eles: Amy Irving, John Travolta e William Katt.

Um remake desnecessário

Sou apaixonada por Julianne Moore e espero que seus fãs não me levem a mal, mas a nova versão de “Carrie, a estranha” não supera, de forma alguma, o trabalho de Brian de Palma. Como disse anteriormente, é um bom filme… mas desnecessário. Pra começar, Chloe Moretz (que é uma ótima atriz, grande promessa) não é uma garota estranha, não tem maturidade para o papel e não convence. A pequena, que aliás – é linda – faz caras e bocas e exagera em momentos que sugerem introspecção. Angela Bettis (que interpretou Carrie, em 2002) e Sissy Spacek levam todo o mérito, estavam perfeitas.

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[ Aliás, só pra constar, adoro o jeito que a Angela Bettis entorta os olhos quando Carrie começa a desenvolver seus poderes. A atriz, que é realmente estranha, sabe a medida certa do personagem e nos faz ter dó e medo ao mesmo tempo. ]

A versão de 2013 tem os efeitos tecnológicos a favor e faz com que o filme fique mais dinâmico, mais surpreendente – o que é uma vantagem, mas não o principal. Além disso há um acréscimo a história, as redes sociais. Quando Carrie menstrua pela primeira vez e passa pelo vexame público, suas colegas não só debocham dela como também publicam o vídeo na internet, gerando uma onda de cyberbulling.

As diversas faces de Margareth White

ImagemJulianne Moore impressiona desde a primeira sequência em que aparece em cena. Aos berros e completamente ensanguentada, Margareth acredita que está morrendo de câncer quando na verdade está dando a luz a uma menina. É admirável a maneira em que Kimberly Peirce consegue nos fazer perceber, já no início do filme, o fanatismo dessa mulher que ao se deparar com o bebê se questiona se deve entregá-lo ou não a Deus. O nascimento de Carrie (que não é tão bem explorado nas outras duas versões) é, sem dúvidas, um importante aspecto que nos faz compreender a complexidade dessa relação desde o ponto de partida. No longa de 2002 a passagem do nascimento é muito rápida e a Patrícia Clarkson já aparece com o bebê no colo, sem nenhum tipo de diálogo.

Piper Laurie traz uma Margareth intensa, que fala alto e às vezes até exagera em suas ênfases. É a típica religiosa fervorosa. A atriz explora não só a alma do personagem como também o seu corpo, o que permite que a Margareth da primeira versão seja muito mais teatral do que as outras. É engraçado porque o aspecto de Laurie, com aqueles cabelos vermelhos e volumosos, dá ao personagem uma certo mistério e sensualidade que falta nas outras versões. Enquanto Moore e Clarkson optaram por uma Margareth mais introspectiva, Laurie faz com que Margareth pareça mais lunática, mais cruel e assustadora – e que quase tem orgasmos enquanto reza.

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A versão de 2002 apresenta uma Margareth menos violenta do que as outras, ela não tem o costume de bater na filha, a tortura é muito mais psicológica do que física. Clarkson também não apresenta as características mais marcantes da Margareth: os cabelos desgrenhados e o autoflagelo. Apesar disso, Clarkson é perfeita para o papel, em nenhum momento duvidamos do seu fanatismo e de sua crueldade. Ela constrói uma Margareth observadora e silenciosa. Moore também segue essa linha, mas é mais materna e protetora do que as outras.

Uma das coisas que mais me agradou na última versão é que fica muito claro que Margareth é uma mulher doente e sádica. As passagens em que Moore se autoflagela (bate a cabeça na porta, arranha o braço e corta a perna) mostra o quanto ela é insana e perigosa. Moore está muito menos caricata do que Laurie e nos permite imaginar que Margareth poderia ser uma mulher qualquer, uma pessoa comum, morando ao nosso lado, frequentando os mesmos lugares que a gente e passando desapercebida.

ImagemSobre a morte da Margareth, apenas uma observação: nada se compara com a cena do primeiro filme. A versão de 2002 e a de 2013 possuem a tecnologia e os efeitos de vídeo a favor, mas o de 1976 não é só mais denso como também mais obscuro. Em 2002, a Margareth morre de um ‘infarto’ provocado por Carrie, o de 2013 é mais fiel e Margareth morre esfaqueada. Em 1976, Margareth – depois de tentar assassinar a filha, também morre esfaqueada e fica pregada na parede em uma posição que parece com Jesus Cristo crucificado, mas Laurie não apenas atua, ela dá um SHOW! É difícil exprimir a intensidade da cena, a forma em que ela se regozija enquanto morre. A cena é maravilhosa e não é atoa que se tornou clássica.

Centopeia Humana 2

Inúmeras listas que indicam filmes grotescos rondam sites de cinema há algum tempo, não é de se assustar que Centopeia Humana 2 faça parte da maioria delas.  A sequência do polêmico filme de Tom Six, Centopeia Humana (de 2009) é uma produção mais densa e obscura e traz cenas bem chocantes. Com a mesma premissa do primeiro filme, Centopeia Humana 2, conta a história de Martin, um homem estranho e solitário que é obcecado pelo filme ‘A Centopeia Humana’ e decide colocar em prática os experimentos que são mostrados no longa. Martin, que trabalha em um estacionamento, sequestra e tortura os clientes e depois une todos eles – costurando a boca no ânus uns dos outros.

ImagemMartin (interpretado por Lawrence R. Harvey) não só possui um aspecto esquisito como também não transmite nenhum tipo de carisma. O homem baixinho, com os olhos esbugalhados, barrigudo e suado é totalmente pirado e cruel – e isso fica evidente desde o início da trama. Pra completar, Martin ainda vive sob domínio de uma mãe igualmente cruel que o humilha e o tortura psicologicamente há anos.

A verdade é que a ideia de costurar a boca de uma pessoa no ânus de outra pessoa é por si só surpreendente (e inquietante). Em Centopeia Humana 2 há ainda um toque de sadismo e violência e não é de se estranhar que o filme tenha sido banido em alguns países. As cenas sugerem situações escrotas como comer fezes, ter a língua cortada, o joelho quebrado, os dentes arrancados e o crânio amassado. Dessa vez as vítimas são em maior quantidade e a carnificina é ainda mais nojenta. Pra completar a bizarrice Martin não deixa escapar nem uma mulher grávida, prestes a dar a luz!

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Incrivelmente sábio, Six conseguiu unir vários aspectos que chamam atenção em um filme – principalmente para quem gosta do gênero: tema polêmico, produção de baixo custo, cenas grotescas e suspense. Mas é claro que não é só isso que faz de Centopeia Humana 2 um filme interessante, há aspectos estéticos que merecem atenção. Não bastasse fazer o filme todo em preto e branco, Six optou por usar uma trilha sonora seca e apresentar poucos diálogos. A atmosfera do filme, que já não é leve, fica ainda mais densa com uma alta exploração sensorial: a todo tempo vemos mosquitos voando, personagem ensanguentados ou suados que exprimem o mal cheiro e provocam repulsa.

Six prometeu uma sequencia final (prevista para Junho de 2014). De acordo com o diretor holandês, o filme será 100% Politicamente Incorreto e a Centopeia Humana terá mais de 500 pessoas!

centopeia humana