Mês: Janeiro 2014
Glória
Vou começar esse texto com três perguntas que andam me perturbando a dias, que podem parecer bobas, mas que fazem todo o sentido: por quê o sexo na maturidade causa tanta polêmica? Afinal, pessoas velhas não transam? E, aliás, por quê tamanho estigma? Ultimamente o cinema mundial vem apresentando uma onda de filmes com essa temática, uns com um tom realístico, outros nem tanto, a maioria com o mesmo foco: a velhice (ou o envelhecimento). Conversava sobre isso com um colega e ele disse que eu não poderia deixar de assistir Glória, um filme chileno de 2013, que contava a história de uma mulher de 58 anos, divorciada e sexualmente ativa.
Como boa cinéfila, fiz meu dever de casa direitinho. Antes de assistir o filme, li sobre o diretor, sobre a produção e sobre a atriz principal. Gloria foi super bem recebido, levou prêmios no Festival de Berlim, foi vendido para mais de 45 países e levantou uma onda saudosista no Chile. Aliás, recepção merecida, porque é realmente muito bom.
Li uma entrevista do Sebastián Lelio (o diretor) onde ele dizia que hoje em dia, os homens e as mulheres na casa dos 60 anos possuem perspectivas diferentes das gerações passadas: “Não querem ficar em casa, para eles trata-se de uma nova fase da vida, na qual querem também se divertir e dançar e viver”. Concordo plenamente, acho que o processo de envelhecimento mudou, muito em razão do crescimento da expectativa de vida.
Diante dessa “nova onda” do cinema (de filmes como Amour, O Exótico Hotel Marigold, E se vivêssemos todos juntos?) é possível perceber que Gloria não é exatamente sobre a velhice, mas sim sobre o envelhecimento. Aliás, o personagem tem apenas 58 anos (e há de convir que nem é tão velha assim). Eu acho que esse filme se adequa perfeitamente a uma passagem de um livro da Rosa Montero (História de Mulheres) onde a autora diz o seguinte: “Há pessoas que, com o transcorrer da vida simplesmente envelhecem, outras, mais sábias ou afortunadas, vão amadurecendo. Outras, ao contrário apodrecem e outras ainda, enfim, se desbaratam, e todos esses processos têm frequentemente um claro reflexo no aspecto físico”
Na trama, Gloria (Paulina Garcia) é uma mulher independente, mora sozinha, possui dois filhos (Ana, de 27 anos e Pedro, 30), está separada há mais de dez anos e adora sair a noite para dançar. Em um desses bailes conhece Rodolfo (Sérgio Hernandez), um ex-militar que fica perdidamente apaixonado por ela. Os dois começam a se relacionar, mas enquanto Glória o introduz para sua família, Rodolfo se esquiva e insiste na ideia de que suas filhas não entenderiam seu namoro. Enquanto leva uma vida agitada (dividida entre o trabalho, os filhos, o neto, as sessões de yoga e de terapia), Gloria começa a se perguntar se o seu novo relacionamento realmente vale a pena.
Uma das coisas que mais me encantou no filme foi o respeito pela nudez e a ausência da apelação sexual. Por diversas vezes, Paulina Garcia aparece nua em tela e o clima estabelecido transborda erotismo e sensualidade. Aliás, Paulina não é uma mulher “linda”, mas tem um charme que faz do personagem ainda mais interessante, é como se o filme dissesse: “Você tem cinquenta anos, ou mais do que cinquenta anos? Tá vendo esse filme? Tá vendo essa mulher? Pois é, poderia ser você nessa situação então, vá ser feliz!” E felicidade aqui, que fique claro, não é algo surreal, em um dialogo belíssimo entre Gloria e Rodolfo eles discutem justamente esse aspecto:
Rodolfo: Você é feliz? Glória: Sim… Não. As vezes. Rodolfo: Como todo ser humano…Em Berlim, Paulina Garcia foi chamada de “Meryl Streep chilena”. Nem sei se essa comparação é realmente necessária ou justa, afinal… Paulina é Paulina e suficiente por sí só. E como essa mulher impressiona, como emociona nos simples detalhes, sem exageros (porque isso – ao meu ver – é ser bom ator, é pegar um personagem comum e transforma-lo em algo grande). Sérgio Hernandez também impressiona, está mais humano do que nunca, andando na linha tênue entre a coragem e a covardia.
Elogio da Madrasta
Sinopse: Dom Rigoberto e Lucrécia (uma mulher que acaba de completar quarenta anos) casaram-se recentemente. Os dois estão apaixonados, possuem uma vida sexual satisfatória e ativa e estão felizes. Lucrécia só tem uma preocupação: agradar Alfonso (um menino de nove anos), filho de Rigoberto com outra mulher, já falecida. Alfonso, por outro lado, parece perdidamente apaixonado pela madrasta e possui por ela uma admiração grandiosa (grande até demais). Enquanto Dom Rigoberto se dedica ao trabalho, Lucrécia e Alfonso criam uma proximidade perigosa.
Já me falaram muito sobre o Mario Vargas Llosa, mas até a semana passada nunca tinha lido nada escrito por ele. A Jéssica, autora do Indiscreet Talkin (um blog que adoro!) comentou em uma das minhas postagens sobre o livro Elogio da Madrasta que, de alguma forma, possui uma relação com o tema do filme “Os Inocentes”, estrelado por Deborah Kerr. Fiquei com o nome do livro na cabeça e estava decidida em lê-lo. Coincidentemente ou não, na semana seguinte, uma amiga – que participa comigo de um grupo de leitura – disse que existia um livro imperdível, que era a minha cara e que eu deveria ler… Pois é, o livro se chamava Elogio da Madrasta.
– Ju, você leu meu blog esses dias? – Ah, não tive tempo, mas por quê? – Sério? – Sério – Estranho isso…Não bastasse a coincidência, a Riva – outra amiga viciada em leitura me indicou o Lê Livros, um bom site para baixar livros gratuitamente. Adivinhe, qual era um dos primeiros disponíveis para download? Elogio da Madrasta. Pode isso? Quer dizer, eu nem precisei procurar por ele, ele apareceu na tela do meu celular… Levei um susto! (tô meio assustada ainda), mas baixei logo, com ansiedade e comecei a ler imediatamente.
Do erótico ao absurdo: a relação entre Lucrécia e Alfonso Antes de qualquer coisa, há de convir que estamos falando de uma história fictícia, erótica, bem humorada e “politicamente incorreta”.Qualquer relação sexual (ou qualquer insinuação sexual) entre uma madrasta e seu enteado é algo que chama atenção, principalmente quando a madrasta possui quarenta anos e o enteado possui nove. Desde o início da trama, Alfonso mostra um interesse “diferente” por Lucrécia, com insinuações que a deixam desconcertada e ao mesmo tempo, curiosa. Por outro lado, Lucrécia, já no primeiro capítulo, vai até o quarto do menino vestindo apenas uma camisola transparente e sem nenhum constrangimento permite que ele lhe beije a boca.
Vargas Llosa é um gênio, consegue deixar o leitor curioso e desconfortável ao mesmo tempo e cria personagens bem delimitados, mas ambíguos. Enquanto lia os capítulos, custei a acreditar que Lucrécia fosse, de fato, retribuir os carinhos de Alfonso. Como pano de fundo, a empregada da casa – que atua como um voyer – adverte Lucrécia que há algo “malicioso” nas atitudes do garoto. Ela adverte Lucrécia por querer o bem da patroa ou apenas por ciúme?
De uma relação simples e maternal, o contato entre Lucrécia e Alfonso vai se tornando cada vez mais sério e sexual. Rigoberto, apaixonado pela esposa e pelo filho, quase nunca está por perto por causa das tarefas do trabalho. Naquela casa enorme, cercada por amigas artificiais, Lucrécia vai se sentindo cada vez mais sozinha. E é aí que Alfonso aparece, com sua graciosidade de um garoto e com uma malícia de adulto.
Nessa história não há inocentes. Alfonso observa a madrasta tomando banho, enquanto debruça-se sobre um telhado de vidro. Lucrécia, percebe sua presença, mas permite que ele continue ali. O único que realmente não tem consciência sobre o que se passa é Rigoberto, que nesta obra é um personagem fundamental, mas secundário.
A relação entre Lucrécia e Alfonso não fica apenas na observação, ou no toque, ou mesmo no beijo. Os dois transam… sim, os dois transam! Momento em que o leitor é, mais uma vez, colocado em uma situação delicada. Daí, difícil não se perguntar sobre o que se passa. Alfonso não é uma criança inocente, sabe onde está se metendo. Mas, Lucrécia… bom, você fez sexo com um garoto de nove anos, há algo errado aí…
Alors On Danse
Tudo por um sonho
Existem filmes que são inesquecíveis. Não porque são clássicos ou mundialmente conhecidos, simplesmente porque, em algum momento, fizeram parte da sua vida. Não me canso de dizer que quando eu era pequena eu frequentava algumas locadoras aqui da cidade (e na maioria das vezes) locava as mesmas fitas. Eu amava a Angélica Huston e assistia a seus filmes diversas vezes, sem cessar. O fato é que nem sempre eu os compreendia, mas não me importava em ver e rever a mesma história, as mesmas cenas e os mesmos diálogos.
“Tudo por um sonho” (The Perez Family/1995) é um deles. Vi inúmeras vezes quando era criança e, ainda que a atmosfera fosse dramática e sensual, havia um aspecto emotivo e cômico que me fazia gostar imensamente do filme. A trama contava a história de Juan Perez (Aldred Molina, totalmente misterioso e sedutor), um cubano que havia sido liberado da prisão e que estava decidido a viajar para os Estados Unidos e encontrar sua mulher Carmela e sua filha Teresa (interpretadas por Anjélica Huston e Trini Alvarado).
Sem um puto no bolso, Juan percebe que a sua única oportunidade de entrar nos EUA é ilegalmente. Enquanto bola um plano, conhece a “caliente” e sonhadora Dottie Perez (Marisa Tomei), uma mulher que deseja ir para a América e se tornar estrela de cinema. A personalidade de Juan e de Dottie são contrastantes: enquanto ele é um homem tímido, ela é uma mulher que não tem papas na língua – e, por esse motivo, os dois não se dão muito bem.
Dottie é uma mulher esperta e propõe um acordo para Juan: já que os dois possuem o mesmo sobrenome, eles podem fingir que são marido e mulher e entrar mais facilmente nos EUA. Juan aceita. Ao longo da trama o “casal” conhece mais dois imigrantes (que também possuem o sobrenome “Perez”) e fazem a mesma proposta, que eles se unam e finjam que são uma família. Enquanto isso, Carmela acredita que Juan está preso e alimenta a esperança de reencontrá-lo. Teresa, por outro lado, insiste na a ideia de que Juan morreu (ou, se está vivo, nunca irá procurá-las).
Ao longo da trama, Dottie e Juan se apaixonam, mas ele não consegue se livrar do passado: precisa reencontrar a ex-mulher e ter certeza de que está bem. Ironicamente, um segundo amor também aparece na vida de Carmela, um policial (interpretado por Chazz Palminteri) insiste em cortejá-la.
Marisa Tomei domina o filme do início ao fim, ela se sobressai tanto nas cenas dramáticas quanto cômicas. Tomei dá o tom ao personagem e está jovem, com um astral que chama a atenção. Anjélica Huston também está linda, com um ar de estrela de cinema, daquelas atrizes clássicas, sabe? Ao rever o filme outro dia, reparei que a Huston parece um pouco exagerada, fora do lugar, meio perdida, mas ainda com um brilho particular. Também gosto da atuação de Molina, que acerta na dose da seriedade exigida pelo personagem.
No entanto Mira Nair (a diretora, que aliás, é indiana) escorrega em alguns momentos, exagera em um humor estranhamente sem graça e cria certo desconforto. O filme se sustenta até o fim, mas tem um encerramento tão desnecessário que até dói de lembrar.
Eu assistindo AHS Coven
Nietzsche para estressados
Este é o primeiro livro de auto-ajuda que leio em anos. “ Nietzsche para estressados”( escrito por Allan Percy ) caiu em minhas mãos outro dia e eu não consegui resistir, principalmente por causa da capa (que é brilhante e tem um toque minimalista). O subtítulo me chamou atenção: 99 doses de filosofia para despertar a mente e combater as preocupações”. Franzi a testa, um pouco descrente, mas encarei o livro com seriedade – e não vou mentir, gostei. O livro é muito simples e relativamente pequeno. Eu, que não sou uma especialista em filosofia, afirmo com segurança que as “99 doses” contemplam apenas superficialmente o trabalho de Nietzsche, mas isso não faz do livro menos interessante. O livro é uma boa pedida de passatempo, pode ser interessante, por exemplo, pra quem espera em uma fila, em um consultório (…)
Só pra constar, o que Allan Percy faz no livro é o seguinte: ele seleciona algumas reflexões de Nietzche e depois comenta sobre elas, não há muito segredo ou coisas das quais a gente não desconfie, as lições de vida transmitidas são coisas que a gente já sabe, mas que não dá importância ou esquece ao longo do tempo. Como não podia deixar de fazer, separei algumas das 99 doses que me pareceram interessantes -e fiz pequenos comentários em algumas delas.
– A felicidade é passageira, frágil e volátil (“O destino dos seres humanos é feito de momentos felizes e não de épocas felizes”): Não se pode ser feliz o tempo inteiro e imaginar que essa é uma obrigação só nos faz mais tristes e preocupados.
– Estamos “desnaturalizados”: (Nós nos sentimos bem em meio a natureza porque ela não nos julga). Enquanto estamos na “cidade”, muitas vezes, precisamos fingir ser alguém que não somos, a natureza nos faz lembrar da nossa essência “há tanto tempo abandonada”.
– Não reclame (atoa) da vida: Reclamar gera mais angústia, é preciso tentar resolver as insatisfações cotidianas ao invés de ficar “parado” analisando-as.
– A indiferença (ou a falta de comunicação) é pior do que qualquer grosseria: Manifeste-se! A falta de comunicação estraga relações, guardar as coisas pra sí ou, não dizer o que pensa pode deixar você mais estressado.
– Aceite a imperfeição: (“O homem que imagina ser completamente bom é um idiota). Assumir nossa condição nos ajuda a ser mais humildes: nos faz ter consciência de que precisamos melhorar. É inútil querermos ser bons o tempo todo e fazer tudo certo – o que importa é estarmos dispostos a fazer um pouco melhor hoje do que fizemos ontem.
-Precisamos escolher bem as pessoas com quem trocamos confidências: (As pessoas que nos fazem confidências se acham automaticamente no direito de ouvir as nossas). Um dos princípios básicos da intimidade é a confiança, tome cuidado com o que fala e pra quem fala.
-Fuja das comparações: Saiba perdoar os seus erros, ame a sí mesmo, pare de analisar.
– Quem é seu amigo de verdade? (Alegrando-se por nossa alegria, sofrendo por nosso sofrimento – assim se faz um amigo). Desconfie do amigo que não se contenta com os seus “êxitos”. O amigo verdadeiro não é só aquele que te diz coisas boas, ele também é sincero e te alerta quando há algo errado.
– Muitas vezes, os atos valem mais do que as palavras: Fale menos e faça mais, faça com que os seus atos falem por você. (Falar muito de sí mesmo pode ser uma forma de se ocultar).
– Não tenha medo do sofrimento, encare-o!: Tente extrair algum benefício da dor, sofrer nos ensina a viver, nos faz mais fortes – e é inevitável.
– Não viva em função do passado, nem do futuro, viva o presente: O futuro e o passado nos molda, mas não podemos viver em função deles. Pensar só no passado nos deixa mais melancólicos e rancorosos, pensar só no futuro nos deixa mais ansiosos.
– Conviver com pessoas viciadas em reclamar é um tormento: (Toda queixa em si contém uma agressão). Evite a negatividade, reclamar demais não ajuda a resolver o problema. Por trás da negatividade há um sinal de impotência.
– Um passo de cada vez: (Quem deseja aprender a voar deve primeiro aprender a caminhar, a correr, a escalar e a dançar. Não se aprende voar, voando). Vá com calma, suba um degrau por vez.
-Bibliografia: Nietzsche para estressados/Allan Percy [tradução de Rodrigo Peixoto]; Rio de Janeiro: Sextane, 2011
Radioactive
não consigo parar de ouvir!!!
ex-estranhos
No mundo dos Realitys shows
Há 14 anos eu achava o BBB um máximo, não perdia um programa. Hoje, nem tanto. Confesso que até tentei assistir essa edição, estavam no “terceiro capitulo” e já tinham uns casais formados – vomitei. Fico um pouco deprimida vendo o Bial nesse programa, acho um desperdício também, talvez seja por isso. Mas ultimamente tem surgido no mural do meu Facebook inúmeras discussões entre amigos que se dividem entre “assistir ou não”. Vi muita gente falando que as pessoas que reclamam do programa gostam de pagar de “Cult”, quando na verdade não perdem um capítulo, ou seja, que são hipócritas. Não sei se é bem assim que funciona, tem gente que não gosta mesmo – fazer o quê? E claro, tem quem goste e isso não é – e nunca foi – condenável. Pensando nisso criei uma lista com onze dos meus Realitys shows favoritos e que podem servir de alternativa pra quem não curte o BBB. (Ultimamente tenho feito muitas listas, não me perguntem o porquê)
Esse programa é genial, não perco um capítulo. Trata-se de um grupo de repórteres que acompanham as ações policiais realizadas por corporações do Rio, São Paulo e da Bahia. Não há atores, diálogos ensaiados nem cenários prontos, o que se mostra ali é um registro diário e cru da criminalidade. O bacana é que sempre consumimos um numero enorme de notícias sobre tráfico, assassinato, roubo, acidentes (…), mas não temos a oportunidade – principalmente com o formado engessado dos grandes jornais – de “experimentá-los” visualmente ou sensorialmente (eu poderia ficar até amanhã discutindo isso aqui, mas o que eu quero dizer é que o jornalismo tradicional tem tratado essa vitimas como números, com muita frieza e o Polícia 24 Horas tem uma pegada diferente). O programa (que funciona tipo uma documentário) é uma boa pedida para os focas de plantão, é exibido na Band e no A&E.
Divertidíssimo! Alana é uma pequena garota americana cujo os pais insistem em cadastrar em concursos de beleza. O programa é famosíssimo nos EUA e ficou ainda mais conhecido depois que o presidente Barack Obama afirmou acompanhar os capítulos. O Programa da Honey Boo Boo (que é o apelido da Alana) ganhou várias paródias e também gerou muita polêmica (principalmente em relação aos concursos, onde meninas ainda pequenas passavam por enormes seções de cabeleireiro, faziam as unhas, depilavam as sobrancelhas…). A história se passa no interior e acompanha o cotidiano de Mama June, Sugar Ber, Shannon, Jessica e Anna (todos familiares da Boo Boo). O legal é que eles são muito desajeitados, parecem a família Busca Pé, arrotam, comem com as mãos, falam alto, se batem, enfim… o programa é bem legal. (Transmitido pelo TLC).
O programa retrata o cotidiano do hospital The Leeds General Infirmary, na Inglaterra e acompanha várias mulheres em seu trabalho de parto. Inúmeras câmeras são distribuídas pelo hospital, o que permite que o público conheça as “personagens” assim que entram no LGI (que, aliás, é uma referência de hospital-escola). Há muito nervosismo, dor e gritaria e o interessante é que algumas mulheres sofrem muito para dar a luz enquanto outras nem tanto. Também é muito legal ver a reação dos pais que acompanham suas mulheres, a maioria não sabe exatamente o que fazer. No mais, há muito tensão (às vezes, não se sabe se o bebê vai conseguir sobreviver) e muita emoção. É um programa bem produzido que vale a pena acompanhar, aqui no Brasil é transmitido pelo Discovery Mulher.
The Bigest Looser
The Bigest Looser é um programa original da BBC (criado em 2004) onde participantes obesos competem por um prêmio, quem emagrece mais: ganha. O reality, que possui várias versões (duas delas são daqui do Brasil), impõe regras e desafios aos participantes e dão orientações ao público sobre a importância dos exercícios físicos e da boa alimentação. As transformações são incríveis, há muito esforço por parte dos participantes e muita emoção quando conseguem chegar ao peso desejado. No fim, de alguma forma, todos saem ganhando.
Mulheres de Aço
Mulheres de Aço não é um reality muito conhecido, nem por isso menos interessante. Transmitido pelo GNT, o programa acompanha o cotidiano de quatro delegadas do Rio de Janeiro (Adriana Mendes, Daniela Terra, Luciana Bogea e Monique Vidal). Uma das questões que gosto muito é a sábia dosagem da produção que mostra não só os problemas das delegacias ou as operações policiais como também o cenário familiar dessas mulheres (e o preconceito que elas enfrentaram até assumir o posto atual). Outro aspecto bacana é que elas enfrentam a posição, sem perder a feminilidade (volta e meia também as acompanhamos em sessões no cabeleireiro).
America’s Next Top Model
Eu que não sou muito chegada em moda, nem vou com a cada da Tyra Banks acompanhei TODAS as temporadas/ciclos do programa. America’s next top model (transmitido no Brasil pela Sony) é muito interessante e repleto de briguinhas, disputas e fofocas entre as modelos. Trata-se de uma série de provas (que vão de sessões fotográficas a propagandas de TV e desfiles) usadas para escolher a melhor modelo do reality; O programa já recebeu várias versões (inclusive um brasileira, não tão boa assim) e está na sua 18ª temporada. O bacana série é que ela vem para retratar e ao mesmo tempo desmitificar esse mundo glamouroso da moda, há muito sangue e suor rolando atrás dos bastidores.
A Liga (Mundos Opostos)
Esse programa é muito, muito, muito bom (em especial o capítulo ilustrado na foto acima). Transmitido pela Band, “Mundos Opostos” é um reality derivado do “Troca de Família/Troca de Esposas”, mas com um quê político, jornalístico e crítico. Duas pessoas, com vidas e ideologias diferentes são convidadas a conviver juntas por dois dias (um dia na casa de um, outro dia na casa do outro). O resultado, como se pode esperar, são muitas surpresas e alguns desentendimentos. No capítulo representado acima, um pastor evangélico (e ex-gay) é convidado a acompanhar o dia a dia de uma drag-queen, há discussões muito bacanas sobre fé, homossexualidade, preconceito e sobre a própria sociedade. Só pra constar, existem vários capítulos disponíveis no YouTube (imperdível!).
Acumuladores:
Os capítulos são um pouco repetitivos, mas o programa é muito interessante. Transmitido pela Discovery, “Acumuladores” mostra o cotidiano de pessoas com um certo transtorno (
não sei qual o nome)que as fazem não conseguir jogar nada fora. É assustador a maneira em que essas pessoas vivem e o quanto elas sofrem quando precisam se desfazer de um objeto, elas realmente sofrem (e muito). Em um dos capítulos que eu vi, uma senhora não tinha só um, mas três apartamentos completamente lotados de lixo, infestados de ratos e baratas. As casas chegaram a um nível tão preocupante que a senhora foi despejada pela prefeitura. Nos capítulos, especialistas e psicólogos se unem para ajudar essas pessoas a limpar suas sujeiras, o que se descobre é que muitas delas perderem entes queridos ou passaram por situações traumáticas das quais não conseguiram superar.
Extreme Makeover
Esse programa é bem emocionante e muito famoso (há inúmeras versões brasileiras, Celso Portiolli, Gugu, Luciano Huck…todos eles entraram na dança). Trata-se de um grupo de pessoas que se unem para reformar a casa de pessoas pobres ou de pessoas que perderam a casa em algum desastre natural. Na maioria dos casos, essas famílias ganham ajuda de instituições e recebem um casa linda, novinha em folha. (Extreme Makeover foi criado em 2003 e transmitido pela Discovey).
The Real Housewives/Mulheres Ricas
Bom, eu vou falar dos dois programas ao mesmo tempo porque a abordagem é a mesma. Mulheres Ricas (com apenas duas temporadas transmitidas pela BAND e pelo TLC) e The Real Housewives (Sony) mostra o cotidiano luxuoso de mulheres riquíssimas e hilárias. Lindas, magras, ricas e poderosas, essas mulheres criam polêmicas por onde passam: gastam absurdos, brigam e disputam entre sí, tudo para o nosso proveito. Se você não conhece nenhum das versões, indico a brasileira, difícil não rir (ou ficar impressionado) com Narcisa e com Val Marchiori.
e pra finalizar, a melhor marchinha dos últimos tempos…