Por favor, cuide da mamãe.

ImagemTenho lido muitos livros ultimamente, especialmente porque ganhei um celular que me permite fazer isso. Reconheço que nada tira o gosto de tocar um livro, de sentir o cheirinho das páginas, mas a facilidade da internet em compartilhamentos de dados é irresistível.

Por favor, cuide da mamãe” caiu em minhas mãos exatamente no dia em que o celular chegou aqui em casa, li porque o título (e a sinopse) me encantaram e aos poucos, fui me emocionando com a narrativa. O engraçado é que até aquele momento nunca tinha ouvido falar na autora (Kyung-sook Shin) e, logo depois, virei fã dela.

A trama conta a história de Park So-nyo, uma senhora de 69 anos, mãe de cinco filhos, que desaparece em uma estação de metrô em Seul. Casada há mais há mais de cinquenta anos, Park So-nyo acostumou-se a seguir o marido a todos os lugares mas, excepcionalmente neste dia (no dia em que eles saíram da aldeia onde vivem para visitar os filhos) ela acabou se perdendo em meio à multidão em uma plataforma.

Seu marido supôs que ela o seguia, já que foi assim a vida inteira, mas quando se deu conta, ela não estava mais lá. Preocupados, os filhos de Park começam a procurá-la e, ao descobrirem alguns segredos da mãe, começam a perceber que nunca a conheceram de verdade.

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Kyung-sook Shin

Além de contar uma história emocionante, o que Kyung-sook Shin faz é sugerir que o leitor monte um quebra-cabeça através das narrativas. Narrativas, exatamente. Porque não há apenas uma voz, o livro é construído com a percepção de quatro pessoas diferentes: de dois filhos, do marido e da própria Park So-nyo. Em princípio o texto pode causar estranheza porque não há um personagem bem delimitado, às vezes a visão de todos eles se mistura, às vezes eles dialogam.

É incrível como esse tipo de estrutura textual pode não ser bem encarada pelos leitores, digo isso, porque li várias críticas do livro e praticamente todas elas tocaram nesse ponto.

Admiro a inteligência em relação a construção do título, afinal: a quem esse pedido é feito? A leitura do livro me permitiu perceber que a autora faz esse convite aos leitores, ela pede que a gente preste atenção não só nas nossas mães, mas nas pessoas que nos cercam, que nos amamos, mas que tratamos de forma banal, simplesmente porque elas sempre estiveram ali e a gente acha que elas estarão ali para sempre ( mas isso não acontece, infelizmente).

TITUS, que história!

Sangue, vingança e traição: a história.

Titus é um influente general romano que lutou contra os godos e venceu a batalha. Quando retorna a cidade, ele traz quatro prisioneiros: Tamora (a rainha dos godos) e seus três filhos – e os usa dar uma demonstração do seu sucesso e poder.  Tamora implora para que Titus os liberte, ou pelo menos, liberte seus filhos. Implacável, Titus mata o primogênito de Tamora e lhe entrega suas vísceras.

Titus chega na cidade a um momento oportuno, há uma eleição para escolher o novo imperador: na disputa estão Saturtino e Bassiano (irmãos), que brigam pelo trono. Saturtino apela para a vaidade de Titus, enquanto Bassiano acredita em sua justiça. Bassiano realmente possui boas intenções, mas o fato de namorar Lavínia (filha de Titus) o prejudica.

 Em primeiro momento, Titus tenta se auto eleger – o que deixa Saturtino furioso! – depois, percebendo a impossibilidade de se tornar imperador, o general escolhe Saturtino, pois acredita que ele, sendo o irmão mais velho, tem mais direito ao trono.

Os filhos de Titus sabiam do namoro entre Lavínia e Bassiano, além disso, não apoiaram o pai em sua escolha. Titus sente-se traído, mata um dos filhos e exige que os outros (entre eles, Lúcio, um soldado popular e influente) nunca mais se aproximem dele. Assim que assume o cargo, Saturtino dá pistas de sua má índole:  para humilhar Titus e Bassiano ao mesmo tempo, diz que irá se casar com Lavínia. Titus não gosta muito da ideia, mas como é um homem muito leal, aceita.

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Titus leva Tamora e seus filhos para uma prisão, no caminho Saturtino os encontra e fica encantado pela rainha dos godos.  Então Saturtino volta atrás e resolve se casar com Tamora, ofendendo Titus mais uma vez.  Depois da realização do casamento, Tamora faz um acordo com Saturtino: ela sabe que se Saturtino humilhar Titus mais uma vez, a popularidade do imperador pode cair então pede que seu marido deixe que ela se vingue de Titus do seu jeito.

Aos poucos, Saturtino fica cegamente apaixonado por Tamora e nem percebe que ela mantém um romance com um de seus empregados, o Aaron, um homem traiçoeiro. Um dia, Tamora e Aaron são flagrados pelos filhos de Titus. Com medo de ter seu segredo revelado, Tamora os mata e provoca uma tragédia: ela manda que seus filhos se vinguem de Titus de uma vez por todas: estuprem Lavínia.

Os filhos de Tamora não só estupram Lavínia como também arrancam a sua língua e cortam as suas mãos. A garota é encontrada por seu irmão, Lucius, completamente atormentada. Levam-na para Titus e ele fica desesperado, chocado, sem chão. Titus encontra Aaron e pergunta o que pode fazer para demonstrar para Tamora e para Saturtino que não pretende mais brigar, Aaron propõe que Titus tenha um ato de coragem: que arranque a própria mão e mande ao imperador. E é justamente o que Titus faz. O problema é que ele foi enganado, Aaron sugeriu a automutilação por pura maldade. Pouco tempo depois ele manda a mão de Titus de volta e debocha do soldado.

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Nesse meio tempo, Tamora engravida de Aaron, mas a criança nasce negra e ela, envergonhada, pede que o matem. Aaron chega um pouco antes do assassinato do menino e leva o filho para longe dali e promete: ele se vingará. Enquanto isso, Lucio vai até a terra dos godos e conta para o povo as barbaridades que Tamora cometeu. Ele encontra pessoas que também não gostam da rainha e que querem vê-la morta.

Com medo de Saturtino descobrir o crime que seus filhos cometeram em relação à Lavínia, Tamora e seus filhos vão à casa de Titus assombrá-lo, eles fingem ser uma “alucinação” do soldado. O que eles pretendiam, na verdade, era fazer com que Titus pensasse que tinha enlouquecido, mas ele não cai na pegadinha, pelo contrário. Tamora vai para o palácio, deixa os filhos sozinhos na casa de Titus e pede para que eles terminem o trabalho. Titus, no entanto é muito mais esperto do que eles e mata os dois.

Titus manda uma carta para Saturtino e pede por trégua e por isso afirma irá servir um jantar para o imperador e sua esposa. Saturtino aceita. No dia do jantar, Titus prepara a refeição. Antes de servi-la, ele mata a filha (Lavínia) na frente dos convidados para mostrar que não aguenta mais vê-la sofrer. Finalmente, os convidados começam a comer o que Titus preparou: uma torta de carne, feita com os restos mortais dos filhos de Tamora. A rainha não sabe que são seus filhos e então, os come. Depois que Titus revela que a torta na verdade é feita de carne humana, ele finalmente apunhala Tamora no pescoço. Revoltado, Saturtino mata Titus. Lucius, também revoltado, mata Saturtino.

Desculpe a intromissão. Senhor Lee?

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@greenseaweed

Enrosca-se nessa teia construída de temor e solidão. Morda a própria língua ao gritar que ama alguém de forma visceral e reconheça que sua maior fraqueza é tentar impedir  – em tempos de socorro – que sua piedade e sanidade quase profana destrua sua vida e seus sonhos. Junte seu dinheiro e aos poucos, jogue-os de um prédio, durma dura em uma cadeira de hospital. Sente-se na rua e sangre, e morra. E se envergonhe, se culpe. A culpa é sua mesmo e não dá pra sentir pena. Não existe bondade nos dias de hoje, sacrificar-se é mostrar-se tão imperfeito quanto qualquer outro. Te amo, te odeio! Rasgue sua alma, corte seu cabelo e anteceda ao som. Durma tremendo, de medo e de frio.  Aquecer-te? Só a desgraça que você mesma construiu e que implora que a abandone a cada passo que dá, atrás. Morra! Morra, mas não me leve junto, porque mesmo na abundância, mesmo no nojo, no vômito, no sono… mesmo assim, eu vou pra frente e juro, nunca mais vou te condenar por ficar.

The Middle

Um dia desses, de madrugada, eu estava zapeando pela televisão e me deparei com “The Middle”, uma série cômica transmitida no Brasil pela Warner. Infelizmente eu peguei os últimos minutos do episódio, mas consegui decorar o nome do seriado. Desde então, comecei a assistir a primeira temporada online (pelo celular mesmo) e estou encantada: finalmente encontrei uma série inteligente, leve e muito engraçada.

The MiddleThe Middle retrata o cotidiano dos Heck, uma família de classe média composta por Frances e Michael (os pais) e por Sue, Brick e Axl (os três filhos do casal). Enquanto Frances e Michael se matam de trabalhar, as crianças sempre estão envolvidas em problemas escolares e sociais. Sue é uma garota de treze anos que, apesar de ter um otimismo incrível, nunca (ou quase nunca) consegue entrar em um clube na escola ou passar em testes.

Brick é um menininho inteligentíssimo, que adora ler, mas que tem um déficit de atenção alto e não consegue fazer amigos. Aliás, ele tem uma mania engraçadíssima de repetir as palavras ou se “auto-denunciar” quando está mentindo. Axl é o garoto problema da casa, ele possui dezesseis anos e está naquela fase terrível dos adolescentes: é respondão, preguiçoso, sarcástico e pouco atencioso com os irmãos. Diferente dos outros, Axl é popular, inclusive, possui uma bolsa escolar por participar do time do colégio.

ImagemO grande foco da série é a relação entre pais e filhos e isso se dá, especialmente, através do olhar da mãe que narra os acontecimentos em primeira pessoa. Frances é o ponto de partida do seriado pois é a única dos personagens que possui uma segunda voz na trama (justamente a narrativa).

Um dos grandes méritos de The Middle é que há uma contemporaneidade incrível representada ali. A velha estrutura familiar não é o mesma, a mulher deixou de ser “apenas” a dona de casa, ela também passou a trabalhar e ajudar nas despesas. A televisão e outras mídias (especialmente as redes sociais) vieram para alterar as relações interpessoais dentro e fora de casa. Em “The Middle”, Frances precisa conciliar os afazeres domésticos, as tarefas maternas e ainda trabalhar em uma concessionária cujo dono é racista, machista e mão de vaca. Portanto há uma sátira bem estruturada, afinal, os Hecks não saem de frente da TV e adoram comprar comida pronta.

Aliás, o nome do seriado não poderia ser mais inteligente. “The Middle” (“no meio” ou “no meio do nada”) refere-se ao fato da família viver em uma pequena cidade no interior de Indiana, cujo os costumes são tradicionais e típicos do interior. Existem outras interpretações: alguns acreditam que o nome se refere ao fato da família ser de classe média, outros acham que é uma homenagem a Indiana, que fica “no meio dos EUA”., outros acham que o termo se refere ao papel da mãe, que fica “no meio”, no centro das atenções. Essa é uma das sacadas mais geniais da série; os Heck moram em um lugar comum e não são “ninguém”, por isso mesmo, parecidíssimos com a maioria das pessoas: possuem problemas financeiros, questionamentos em relação ao trabalho, aos amigos e aos vizinhos (…).

[Outro dia fiz uma pesquisa no Google e vi uma discussão onde diziam que “The Middle” é melhor que Friends. Não, não chega a tanto vai… Mas é uma série imperdível, gostosa de assistir, a gente não se cansa (até porque, são só 25min!). As problemáticas retratadas são tão comuns que parece que estamos dentro da nossa casa, eles definitivamente poderiam ser um vizinho qualquer.]

The Midle

Brick e Sue, o grande charme de The Middle

Ao mesmo tempo em que possui um tom realístico, The Middle é uma série com situações engraçadas e surreais. Mesmo assim, sua estrutura não a torna menos convincente ou menos interessante, pelo contrário. Cada personagem possui uma característica que chama atenção; Frances é a típica mulher guerreira,  forte e batalhadora que trabalha muito e ainda cuida dos filhos. Michael é um homem honesto e sincero, aliás,  sincero demais. Axl é um adolescente irritante, cheio de manias, mas com um bom coração. No entanto Brick e Sue se sobressaem ao resto da família porque possuem não só características marcantes, mas completamente fora do comum.

Sue é uma otimista nata, enxerga coisas boas em todas as situações, bem diferente de Axl. Com uma ingenuidade ao extremo, a garotinha de 13 anos tem uma visão romântica e deturpada do mundo, o que a faz ser mais adorável ainda. O interessante é qua a atriz que a interpreta (a Eden Sher) tem 23 anos e é um mulherão.  Brick, por outro lado, é genial. O garoto não tem amigos (quer dizer, ele tem amigos imaginários né?) e lê o dia inteiro. Esperto nas respostas, sempre acha que está em desvantagem por ser o caçula. Na trama, Brick tem apenas 9 anos, na vida real, Atticus Shaffer (o ator) tem 13 anos e sofre de osteogénese imperfeita.

TOP 5: Os melhores momentos da 1ª Temporada.

#1 – Sue arruma um namorado. Michael não gosta da ideia até conhecer o garoto: Brad, um menino afeminado que, aparentemente, ainda não descobriu a própria homossexualidade.

Sue-the-middle-31285318-500-280#2 – Axl perde Brick em um labirinto de milho. Enquanto Brick faz um ’tour pelo local, Axl se depara com um senhor completamente desconhecido que diz que também perdeu o seu irmão em um milharal em 1953 e que até hoje o escuta chamar. Axl fica desesperado e quando encontra o irmão confessa todo o amor que sente por ele.

#3 – No dia do Natal, os Heck perdem a apresentação de Frances no coral da igreja. Todos os membros da família voltam enfurecidos (uns com os outros) até que o carro derrapa duas vezes e eles, com medo de morrer, fazem as pazes.

#4 – Brick finalmente chama atenção no colégio por sua inteligência. Ele é convidado a participar de um concurso de soletração e concorre a um prêmio: viajar para Washington. O garoto é brilhante e se torna um dos finalistas, infelizmente, apesar de acertar a palavra, ele sussurra a última letra e é colocado de fora da disputa. Nesse mesmo dia, Michael e Frances esqueceram o aniversário da Sue, por isso, prometeram atender todas as suas vontades.

#5 – Uma das tias da Frances, a Eddie, está completamente confusa. No velório de um de seus irmãos, Eddie acha que é o seu aniversário e faz com que todos os presentes cantem parabéns para ela e, no final, apaga uma das velas que ficam ao lado do caixão. (falando assim parece não ter graça, mas a cena é hilária!).

TOP 5: Os melhores momentos da 2ª Temporada.

– Só pra constar, a 2ª temporada não é tão boa quanto a primeira.

# 1 – Sue finalmente ganha um prêmio de reconhecimento no colégio por ser a aluna mais assídua. No dia da formatura, exatamente no momento em que ele vai receber o prêmio, chamam o nome de outra garota. Ao invés de ficar chateada, Sue leva a história na esportiva (é o último episódio, e é muito fofo!)

the Middle# 2- Durante anos Brick ficou sem saber a história do seu nascimento, tanto seus pais quanto seus irmãos fizeram tudo para esconder. Após de muito insistir, Frankie finalmente conta o que aconteceu: Brick foi “trocado” na maternidade, e ficou um mês morando na casa dos vizinhos.

#3- Frankie não via a hora de assistir o casamento real, inclusive arrumou uma televisão maior e mais moderna. No dia, ela acaba pegando uma forte conjuntivite e não consegue abrir os olhos, Michael então descreve toda a cerimônia, detalhando inclusive o vestido da noiva.

#4 -Brick morre de medo de passar por uma ponte. Por isso, obriga o pai a desviar o caminho e sempre atrasa as viagens de carro.  Frankie e Michael fazem de tudo para convencê-lo de que nenhum acidente acontecerá, fazem de tudo mesmo!

#5-  Halloween: Sue, vestida de giz (HAHA!) finalmente ganha o primeiro beijo na boca. O problema é que o garoto é novo na escola e ela não faz ideia de quem se trata, não sabe seu nome nem em qual sala estuda.

TOP 5: Os melhores momentos da 3ª Temporada.

#1 – Frankie e Mike se esquecem do aniversário da Sue. Enquanto ela acredita que os pais estão lhe preparando uma festa surpresa, Frankie está muito ocupada com questões escolares de Brick. Finalmente, já de madrugada, Frankie se lembra do aniversário da filha e improvisa uma festa. Sue, que chegou a “achar” que eles tinham realmente se esquecido, fica muito, muito feliz. (Ela é uma FOFA!)

the middleiiii#2 – Ano Novo, todos os membros da família Heck estão, mais uma vez, reunidos em frente a TV. Com o intuito de distrair os filhos, Frankie sugere que cada um aceite um desafio. Axl precisa aprender a arrumar o próprio quarto, Sue precisa parar de se inscrever nos clubes, Frankie passar mais tempo com Brick, Brick não ler o tempo todo e Mike (o dele é o mais simples e o MAIS engraçado): tentar sorrir mais.

# 3 – Um dos meus favoritos: os Heck decidem ir a missa em uma outra igreja e lá eles se estranham  a forma em que a missa é ministrada, as pessoas que estão rezando podem se manifestar, gritar e além disso, o coral é muito animado. Brick adora a ideia, finalmente ele pode conversar com um pastor que esclarece todas as suas dúvidas em relação a bíblia.

# 4 – Axl está muito divertido nessa temporada, finalmente ele deixou de ser o “chato” da série, para ser o “chato legal”. No primeiro episódio, Frankie e Mike levam os meninos para acampar, mas Axl vai sem os sapatos. Quando se depara com o chão, cheio de pedrinhas, ele pega duas caixas de cereal, faz um buraco em cada uma delas e as usa como sapato.

# 5 – Os Heck vão passar o Dia de Ação de Graças na casa da mãe da Frankie, mas a irmã dela chegou primeiro e ainda por cima, pegou o melhor quarto. Mike faz de tudo para fugir do pai de Frankie, que não mede esforços para agradá-lo e o segue por toda a casa. Enquanto a irmã da Frankie insiste que Brick é um “menino especial”, Frankie tenta fazer com que o seu caçula brinque com sua priminha, Lucy. O clima esquenta na casa, Frankie não aguenta as acusações da irmã e as duas começam a brigar (de corpo a corpo) na frente de todo mundo.

Sue HeckTOP 5: Os melhores momentos da 4ª Temporada

A quarta temporada é muito foda, sem dúvida, a melhor. Finalmente os produtores aproveitaram bem a Sue Heck – a personagem cresceu e conquistou seu papel na série. É legal perceber que os atores parecem estar mais a vontade em relação a seus papeis e em relação aos companheiros de cena. Incrível como essa série é gostosa de assistir, delícia mesmo. Senti que essa quarta temporada está um pouco mais dramática, chorei em vários episódios também…(Aliás, a Season Finale é a mais linda de TODAS!)

# 1 – Frankie se surpreende com a volta de Rita Glossner. Um dia, caminhando, ela encara Rita acidentalmente. Rita cisma com Frankie, vai até a sua casa e afirma que ela roubou uma mangueira do seu quintal. Frankie nega, mas para não criar confusão, compra uma mangueira e deixa no quintal da vizinha. Pouco antes de sair, Rita a vê em sua propriedade e as duas começam a brigar pela mangueira. Rita solta a mangueira por querer e Frankie cai no chão (agora vem a melhor parte): QUEBRA O DENTE. HAHAH!

# 2 – Uma árvore cai no carro e o seguro não cobre. Frankie não pode deixar de usá-lo então faz uma gambiarra muuuuuuuuuuito engraçada (sério, eu morri de rir). Ela coloca um plástico substituindo o vidro da frente, mas a estrada fica completamente embaçada e ela tenta dar um jeito, mas acaba fazendo um buraco enorme no plástico.

TheMiddle9# 3 – Morri de dó da Sue nesse episódio! Os Heck levam o Brick para um concurso de tomates (aliás, o Brick ficou meses cuidando de um tomate, tratando-o como um bichinho de estimação). Nessa mesmo concurso, Axl batendo o carro e a família fica louca atrás do veículo. Sue faz de tudo para chamar atenção, mas ninguém da a mínima pra ela, então ela desaparece. O problema é que ninguém deu falta dela.

# 4 – Brick, Sue e Axl perguntam a Mike qual é o filho preferido dele e ele responde: Axl! Sue fica arrasada e acha que o pai prefere o irmão por culpa dela, então bola várias coisas para que ela e o pai façam juntas. O problema é que Mike não tá muito afim de passar o tempo todo com Sue. Por outro lado, Sue não larga o pé de Mike e o obriga a fazer diversas coisas, entre elas: escutar One Directon.

#5 – Sorrir é contagioso? Após muitas tentativas com pessoas diferentes, incluindo família, amigos, garçonete do restaurante e um bebê hostil. Eu, infelizmente, não consegui provar minha hipótese. Entretanto, como muitos cientistas antes de mim, eu me recuso a aceitar a derrota. Einsten demorou dez anos para provar E = mc², e se levar o mesmo tempo para provar que sorrir é contagioso, então eu estou disposta ao desafio, pois acredito que tem coisas que desafiam a lógica. O anatomista francês Duchenne escreveu que “a alegria é expressa no rosto com a contração de músculos, mas que só pode surgir com as emoções mais doces da alma”. E Duchenne tinha um sorriso com o nome dele. Pense nos sorrisos que, ao longo dos anos, inspiraram a felicidade do mundo inteiro… Monalisa, Justin Bieber… Alguns podem rir de mim, eu sei, assim como eles riram de John Gurdon. Falaram para ele que ele nunca seria um cientista. Ele acabou de ganhar o Prêmio Nobel. Acho que isso prova que ser desencorajado pelas pessoas que sabem mais que você, não é um obstáculo para ganhar o Prêmio Nobel. Então eu vou continuar com minha pesquisa. Um sorriso de cada vez, até que eu prove que sorrir é contagioso. Porque eu não quero viver em um mundo em que não seja”.

Você tem medo de quê?

O medo é uma sensação absurda, indecifrável. Não me refiro só ao que o define, não ao pé da letra. Me refiro principalmente ao que ele provoca em nosso cérebro e em nosso corpo. Um ser humano obsessivo e com medo da morte, por exemplo, pode passar anos de sua existência sem aproveitar a vida. Hipótese. Uma pessoa com um medo obsessivo de ficar resfriada, pode não aproveitar o ar fresco das ruas ou dos parques, desperdiçando em parte, a sua saúde.

O medo, além de paradoxal, também é irônico; ele nos faz sentir desprotegidos e ao mesmo tempo nos coloca em situação de alerta, se tivesse uma voz diria: você precisa se cuidar.

Estive pensando sobre isso outro dia, sobre como o medo pode ser controlador. Fiquei durante meses treinando para dirigir, mas quando peguei o meu carro pela primeira vez, minhas pernas tremiam tanto que eu não conseguia sair do lugar. Eu já tinha carteira de motorista, já dirigia no carro da auto escola, já conhecia as regras, as ruas, as sinalizações. O que estava faltando? Confiança?

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Quando eu era mais nova, um medo terrível me atormentava. Tinha medo de escuro. Era apavorante. Não enxergar nitidamente abria a minha imaginação e eu pensava em infinitas possibilidades. Fantasmas, bruxas, bichos. Olhar debaixo da cama, nunca! Deixar o pé fora da coberta, muito menos. Minha mãe chegava cansada do trabalho e mesmo assim eu a incomodava e pedia para dormirmos juntas.

Também tinha de medo de que a minha mãe morresse, ainda tenho: medo da morte, mas hoje tudo parece mais claro, mais real, menos fantasioso. Incrível como funciona a mente de uma criança. Eu não tinha medo de bandido, hoje eu tenho. Impossível não ter. Aliás, a minha família também tem, meus amigos, meus vizinhos. Eis um medo coletivo. Nossa casa não fica mais com a porta aberta, qualquer barulho me deixa alerta. Serão os noticiários? As fotos terríveis disponibilizadas na internet? Serão os programas policiais?

12 anos de escravidão

Baseado em um romance autobiográfico, “12 anos de escravidão” conta a história de Solomon Northup, um homem negro e livre que viveu em Nova York no século XIX. Em 1841, Norhtup (que era um violinista conhecido), recebeu um contive: viajar para Washington, tocar em um circo e ganhar quase o triplo do seu salário. Durante a viagem, o músico é sequestrado e vendido como escravo. Obrigado a trabalhar em uma plantação em Louisiana, Norhtup tenta fazer contato com sua família de todas as formas. Enquanto não consegue, presencia a barbárie e a violência sofrida por outros negros, que encontram-se em uma situação parecida com a sua.

ImagemEm “12 anos de escravidão”, Steve McQueen (também diretor em Shame) toca em um ponto dramático da história da humanidade, é difícil (quase impossível) não se sentir sensibilizado quando o assunto é escravidão. Famílias separadas, dor, humilhação psicológica e física, racismo e tortura: um misto de ações e sentimentos  que fazem o estômago embrulhar. Já vimos muitas histórias sobre esse tema, mas ’12 anos, diferente de Django Livre, por exemplo, traz uma história sincera sobre o terror, sobre o lado mais obscuro do ser humano. E aliás, acho fundamental esse papel que o cinema cumpre, de nos lembrar – ou melhor, de nos fazer ter consciência – da nossa história.

O interessante é que as gravações (que duraram apenas 35 dias!) aconteceram na Louisiana, muitos sets foram lugares onde escravos reais viveram, é como se a aura (me refiro a Walter Benjamin), a essência daquele sofrimento, ainda estivesse ali.

Ainda que seja um dos grandes concorrentes ao Oscar (e eu acho até que será o vencedor), o filme de McQueen apela em algumas questões; principalmente pelos excesso de momentos de divagação. O que eu digo é que em várias cenas, Chiwetel Ejiofor (o Norhtup) é exposto em tela olhando vagamente, ao som de um coro triste. O que McQueen faz ali, é claro, é tentar nos emocionar… mas de alguma forma, ele perde a mão.

Lupita Nyong'oTirando esse pequeno detalhe, o filme nos dá três grandes presentes: a fotografia(quente! que acentua a sensação de calor, de sufoco e suor), a trilha sonora (composta por ninguém mais, ninguém menos que Hans Zimmer) e Lupita Nyong’o (que também recebeu uma indicação ao Oscar na categoria de melhor atriz coadjuvante). Em ’12 anos, Lupita interpreta Patsey, uma escrava cujo o dono é obcecado por ela. Lupita é incrível, impossível não notá-la em tê-la, aliás… a minha favorita.

Acerto Final

Sou grande fã do Jack Nicholson, fã assumida.  Mas a minha admiração por ele não surgiu através dos seus grandes filmes, daqueles mais famosos como “Um estranho no ninho”, por exemplo. Comecei a admirar Nicholson depois que assisti ‘Acerto final’, um drama de 1995, dirigido por Seann Peann. No filme, ele interpreta Freddy Gale, um homem traumatizado pela morte da filha, Emily.  Depois de perdê-la, Gale promete para si mesmo se vingar de John Booth (interpretado por David Morse), o responsável pelo atropelamento da garota – no dia, Booth estava alcoolizado.

Quando Booth finalmente é solto, Gale encontra-se no ápice da sua obsessão. Inclusive, vai a casa da sua ex-mulher (interpretada por Anjélica Huston) para confrontá-la com o passado, com a morte da menina. Gale não suporta a ideia de ver sua ex-esposa com outro homem e, agora, mãe de dois filhos. É exatamente nessa concepção que o filme ganha seus pontos, enquanto Gale está preso ao passado, sua mulher resolveu seguir em frente e Booth, mesmo se sentido culpado e completamente arrependido, também deseja reconstruir a vida ao lado de Jojo (interpretada por Robin Wright).

ImagemO bacana é que a trama não se trata apenas da vingança de Gale e também não é um daqueles dramas morosos, não é um sonífero. “Acerto final” nos faz repensar na vida, nas relações familiares e nas “chances” que deixamos passar. Apesar de não ser grandioso, o filme traz pequenas pérolas em forma de diálogo e uma atuação primorosa de Nicholson, que domina o longa em toda sua duração. Aqui, Nicholson está dramático, mas em uma dosagem tão perfeita que é difícil não se sensibilizar com sua dor, é difícil não torcer para que ele consiga finalmente, matar Booth e livrar-se desse rancor que o corrói aos poucos.

Anjelica Huston Jack NicholsonA trilha sonora é perfeita, especialmente uma música de Bruce Springsteen que captura toda a tensão e o suspense do filme. Em falar em música, uma das coisas desse filme que não sai da minha cabeça é as diversas sequências construídas em cima de um bonequinho, que assobiava uma música que Gale cantava para Emily, uma música triste e marcante, uma alegoria a memória de Gale, atormentado pela morte da filha.

Ficha Técnica:
Título Original: The Crossing Guard
Ano: 1995
Gênero: Drama/Ação
Direção: Seann Peann

#Tag1 – As coisas que amo no meu quarto

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Uma amiga, a Sarah, disse que eu devia responder mais “#Tags” no La Amora. Revendo o histórico do blog, ela tem razão: aliás, nunca respondi nenhuma. Ela me mandou uma sugestão por e-mail, acho que já há alguns meses e só agora animei  responder. A ideia é até interessante, não sei se levo jeito pra coisa, mas aí vai: “O que eu mais amo no meu quarto?”

Depois de tirar essas fotos e reparar cada pedacinho do meu quarto, acho que a minha avó tem razão: tem coisa demais aqui. Mas meu quarto é bem isso, uma mistura de tudo o que eu gosto, uma bagunça que só eu entendo, fazer o quê?

1) Meus Filmes:  Coleciono filmes desde os quinze anos, acho que essa mania começou quando ganhei da minha mãe as coleções da Bette Davis e da Joan Crawford. Também gosto de baixar e gravar, perdi a conta de quantos eu tenho – amo todos eles.

Imagem2) Meus livros: Existem duas escrivaninhas no meu quarto e as duas são para guardar livros. Às vezes eu me sento em uma delas para escrever ou desenhar alguma coisa, mas é meio raro. Quando escrevo a mão ou no notebook, gosto de ficar na cama ou na mesa da sala, porque há mais espaço. Pra falar a verdade eu não sei quando comecei com essa mania de comprar livros… só sei que comecei e não parei mais. Adoro ler, seja no celular ou em um livro físico.

Imagem3) Minhas anotações: Tenho o costume de escrever em diários há muitos anos e guardo todos eles. Adoro escrever a mão, uso os “post it’s” para marcar o ano ou alguma data importante. E amo essa ideia, de poder escrever sobre a vida, sobre os sentimentos e guardá-los para a posteridade, para mostrar para meus filhos (quem sabe?). Mais do que isso, meus diários são como psicanalistas, dá pra desabafar.

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