Em “Os Candidatos”, Will Ferrell interpreta Cam Brady, um deputado estadual corrupto que está há anos no poder e conhece bem o meio em que vive. Em vésperas das eleições, Brady é o único candidato ao posto e não se preocupa com a má imagem que vem construindo ao longo dos anos. Inesperadamente, uma dupla milionária investe em Marty Huggins (Zach Galifianakis), um homem inexperiente no ramo da política, mas com boa imagem e boas intenções.
Marty começa a chamar atenção dos eleitores. Preocupado em perder votos, Cam faz de tudo para melhorar as estatísticas e usa os artifícios mais baixos, desde ofensas pessoais a boicotes, para se manter na frente. Quando Marty percebe que o cenário eleitoral é muito mais cruel do que ele imagina, decide entra no jogo, criando uma verdadeira guerra.
* Pode parecer incrível, mas nem Zach Galifianakis nem Will Ferrell conseguem fazer desse, um filme agradável. A trama é interessante, há um crítica muito bem construída em relação aos políticos (e suas respectivas politicagens), mas o conjunto da obra não é engraçado, algumas cenas de mal gosto prejudicam o desempenho do filme e a trama vai se arrastando até tornar-se insuportável.
Galifianakis, aliás, está aqui… mais um vez, repetindo aquele personagem clichê – que já deixou de ser novidade: no filme ele interpreta um cara bobão, meio sentimental, que sempre se perde nas conversas e solta os comentários mais absurdos.
Já estamos acostumados com comédias do tipo pastelão, que usam e abusam do grotesco e do humor negro, mas aqui há uma dosagem muito forte, erraram na mão. Em uma cena, por exemplo, o personagem do Will Ferrell se engana e acaba dando um soco no rosto de um bebê, pode? O mais irônico de tudo isso é que tanto Galifianakis quanto Will Ferrell também atuam nesse filme como produtores, depois de tantos filmes, como não perceberam que “Os candidatos” é uma verdadeira bomba?
Ficha Técnica: Título: A Campanha (The Campaign) Ano de produção: 2012 Dirigido por: Jay Roach Gênero: Comédia