Mulheres Assassinas é uma série mexicana, produzida e criada por Pedro Torres, que narra – a cada episódio, a história de diversas mulheres que cometeram homicídio, alguns casos baseados em histórias reais.
Com três temporadas, Torres conseguiu juntar um enorme e forte cast de atrizes e construiu uma teia de histórias assustadoras e impactantes. Muito, muito diferente das novelas que estamos acostumados, Torres criou um trabalho sombrio, com uma trilha sonora bem feita e com uma fotografia (ah!) de tirar o fôlego.
Logo na estreia, em 2010, a série foi bastante aclamada pela crítica e pelo público – tanto que ganhou versões em outros países. No Brasil, as temporadas foram transmitidas pela CNT e muito se especulou sobre a possibilidade de ser transmitida pelo SBT, o que, infelizmente, não aconteceu. É possível perceber, ao longo dos episódios, que a série foi ganhando mais destaque e, nas temporadas seguintes, apresentou mais detalhamento técnico em relação a produção e a publicidade.
A primeira temporada, por exemplo, contou com um show de abertura e algumas fotos publicitárias. A segunda, no entanto, não só tinha um música tema (Que Emane, Gloria Trevi), como plots e diversos vídeos promocionais. A terceira veio para arrebentar, fora os outros quesitos, tinha uma sessão de fotos com cada atriz e uma série de vídeos (além dos promocionais), onde as atrizes, já encarnadas em seus personagens, se confessavam.
Em “Mujeres Asesinas’, Torres explora o lado humano (ou perverso) de cada personagem e apresenta casos de tirar o fôlego. As histórias de alguns personagens são de dar dó! Os episódios são narrados em flashback e só nos finalmente é que sabemos o crime que cada uma delas cometeu. P.S.: A série me lembra uma aula que tive na faculdade, onde o professor citava Fraser Bond: “noticiário, o escândalo, a violência, o crime e o sexo”.
Em ‘Mujeres’, vemos as atrizes bem diferente do que estamos acostumados, os personagens são mais densos e obscuros. Maria Sorté, por exemplo, que é uma atriz que eu amo! Interpreta uma mulher que vende peixes e que sofre assédio sexual do chefe. Daniela Romo (uh!), que inclusive participou do primeiro episódio e cantou a canção da primeira temporada, interpreta uma policial viciada em cocaína que adora transar com os caras que prende, principalmente os mais novinhos… Diana Bracho está incrível, junto a Maité Perroni e Luz Aguillar, interpreta uma “viúva” que matou o marido para ficar com a herança.
O universo (da série), criado conforme a perspectiva feminina, mostra como o segundo sexo, em sua maioria das vezes, é colocado de maneira inferior à masculina; seja no ambiente domiciliar ou de trabalho.
O meu episódio favorito, sem dúvidas, é o da “Emília, cozinheira”. Maria Rojo (que participou da série duas vezes), está incrível nesse episódio, no mínimo… chocante! Emília é uma cozinheira endividada e cansada da rotina, que para sobreviver, precisa oferecer favores sexuais ao proprietário do imóvel em que trabalha, Pepe. Não bastasse, seu marido faz vista grossa sobre o que se passa e se aproveita do seu dinheiro para levar uma vida de regalias.
A história tem um fim assustador (spoiler!), pensem em um moedor de carne…
Antes de escrever minha bíblia, devo dizer que estava com saudade dos teus posts. Que surpresa boa entrar aqui e ter coisa nova para ler! Vou tentar responder teu comentário e falar sobre as coisas que li por aqui.
O que achou da Vartan? Eu tinha uma certa relutância com ela, demorei muito para levá-la a sério. Os últimos álbuns (Soleil Bleu, Toutes peines confondues, Sylvie Live, Nouvelle Vague) foram surpresas maravilhosas, muito bem produzidos, músicas maravilhosas. Gosto mesmo é de uma depressão e não adianta negar, rs.
Quando tiver um tempinho, ouça essa aqui: http://www.youtube.com/watch?v=oFchYGyB_Qs É do Soleil Bleu, uma das minhas favoritas desse álbum.
http://www.youtube.com/watch?v=PAaaqpmofW4 Essa aqui é do Nouvelle Vague, um álbum onde ela regravou músicas de outros artistas. A letra é do Serge Gainsbourg, tem um verso que diz assim “Nous sommes tombés tous deux amoureux, attends le jour où cet amour ne soit plus un jeu” (Nós dois nos apaixonamos/ espere pelo dia em que esse amor não será mais um jogo). Acho lindo.
Fiquei muito tocada com teu comentário, foi uma das palavras mais confortantes que li nos últimos tempos. Acho que comentei da outra vez que estou vivendo um momento delicado da vida, parece que as coisas saíram do meu controle de vez. Então esse teu comentário foi um bálsamo para a alma, não sei, achei bonito, poético, rs. Bem, tu quase acertou, tenho cabelo pelos ombros e eles sempre estão atrapalhando minha vista por causa da franja. E sou loira ao invés de ruiva. Posso te seguir no Instagram? Bem, como estava dizendo, achei essa imagem que você fez de mim linda, mesmo. Só faltou o bule de chá para agregar às risadas, haha!
Que curso tu está fazendo?
Nossa, pareço tão velha assim pelos meus posts? Acho-os tão toscos, meio 5ª série feelings, sabe? Mas não fiquei ofendida com esse comentário, e sim muito surpresa. Não sabia que tu achava que eu tinha 30 anos! Poxa, não sei onde tu enxerga sabedoria, mas obrigada 🙂 Acho que essa maturidade me azedou um pouco cedo demais. Bem, às vezes o amargo pode ser melhor que o doce, vai saber. Tu é quem escreve maravilhosamente bem, por favor! Adoro teus textos, eles são sempre tão claros, bem escritos e dão conta do recado. Eu só fico enrolando na mesma questão, rs.
Hoje foi a minha prova de toga. Talvez mais do que nunca eu tenha me dado conta como quatro anos passaram por cima de mim e eu nem vi. Em quatro anos parece que envelheci 40. Como te disse, sinto que eu azedei antes do tempo. É como se eu sempre estivesse gritando com as paredes inutilmente, por algo que há muito tempo se foi. Por isso, mais do que nunca, percebi que tenho de aproveitar esse momento, porque daqui a pouco posso estar gritando com as paredes porque ele se foi. Enfim, isso tem a ver com a escolha do vestido, que é uma tentativa de resgatar o que há de mais profundo em mim, que me formou como pessoa… ok, é loucura isso, mas Bette Davis e sua turma exerceram uma influência muito grande no que eu fui e no que sou hoje. Acho que é isso que pretendo celebrar no dia. Entende? Acho que misturei tudo.
Concordo, não há como reviver esse glamour. Aqueles ensaios imitando filmes antigos são tão toscos exatamente por isso: por tentarem reviver esse “it” que essa época tem. Mas, enfim, minha intenção é celebrar toda essa bagagem que me ajudou a ser quem sou e a terminar esse curso.
Nossa, fiquei curiosa pra ver essa série! Onde tu acha essas pérolas? Não vale dizer YouTube! Admiro muito teu conhecimento em cultura mexicana, sério, é demais vê-la valorizada. As pessoas tendem a desprezá-la tanto e aqui ela sempre é colocada de uma forma interessante. Sou suspeita para falar, né, adoro novela mexicana. Uma atriz que tenho curiosidade de conhecer mais é a Maité Perroni, ela ficou bastante estigmatizada com Rebelde, coitada. Percebo que ela fez muitos trabalhos legais, outras novelas mexicanas, e agora essa série! E se tem Daniela Romo, deve ser muito bom.
Sobre The Orange is The New Black: quero ver e tenho preguiça. Nem é pela série em si, mas é porque estou numa preguiça geral com séries. Depois de Dallas e AHS terem me decepcionado tanto, acabei desistindo. Nem Arrested Development, que era super boa, me segurou. Mas fico tão feliz que existe uma trans* nessa série, que essa comunidade seja representada. Merecem. A Laverne certamente é uma porta para outrxs atores trans* terem uma chance na tv. E amor gay, que tá faltando nessa televisão, né. Depois da forma como Clara e Marina são retratadas na novela do Manoel Carlos, eu meio que perdi as esperanças no mundo. Bom saber que séries como Orange estão tratando desse tema com a leveza e simplicidade que merece.
Gente, ADORO The Women. Que filmaço! George Cukor sabia dirigir, né? A Rosalind Russell e a Joan estão impagáveis. Tu sabia que a Norma Schaerer ia fazer o papel da Crystal? Mas aí como ela viu que a Crystal não “prestava”, acabou desistindo pois tinha uma carreira a zelar. Tant pis, como se diz em francês. Melhor pra Joan, foi um dos melhores filmes dela. Que roupas lindas! Ai, guria, sou apaixonada pela moda dessa época. Fui na costureira ver meu vestido de formatura esses dias e ficamos o dia desenhando e conversando sobre moda. Se pudesse, também faria um guarda-roupa sob medida pra mim, inspirado nessas roupas. É tão triste ir nas lojas e sempre ter que comprar calças em que sobram meio pedaço de tecido nas pernas.
Ok, acho que deu minha bíblia por aqui, hahaha!
Beijos, querida