Durante anos evitei assistir televisão no fim de semana, porque a programação além de repetitiva, simplesmente não me agradava. Finalmente, depois de muito tempo, encontrei três programas dominicais que conseguiram prender a minha atenção e mais do que isso, me divertir muito. Eu, que praticamente não ligava a TV aos domingos, agora, tento não perder nenhum dos capítulos.
Apesar da terrível dublagem, “The Real Housewives of New Jersey” é um dos meus realities shows favoritos. Quem já assistiu “Mulheres Ricas” tem noção do que se trata, só que aqui, as mulheres são muito mais cruéis umas com as outras e não economizam na hora de brigar. Além disso, elas se conhecem há um longo tempo, são amigas e/ou primas e irmãs. Ou seja, é uma sucessão de “baixarias” em família e em frente às câmeras.
O programa é exibido pela Fox Life e o “elenco” original é composto por Caroline Manzo, Jacqueline Laurita, Teresa Giudice, Dina Manzo, Kathy Wakile e Danielle Staub – e seus respectivos maridos e filhos. Teresa Giudice, em especial, é praticamente uma “Val Marchiori” ao quadrado, não é atoa que tenha ganhado tanta popularidade.
Nos últimos episódios que vi, Giudice estava envolvida em uma série de processos e ela e seu marido enfrentavam o drama de ir ou não para a cadeia. Ela tinha brigado com TODAS as outras participantes e não se sentia nem um pouco culpada por isso. Os episódios são recheados de drama e de exibicionismo: uma mansão maior e mais bonita do que a outra. Incrível.
“Dance moms” não poderia ter um título mais perfeito do que esse. Trata-se de um grupo de garotas, dançarinas, que semanalmente são cadastradas em competições de dança. As meninas são treinadas por Abby Lee Miller e acompanhadas de perto por suas mães corujas, que fazem de tudo para mantê-las no topo.
Inicialmente, tive certa estranheza com o programa, porque Abby é uma mulher terrível. Aliás, ainda fico incomodada com o tratamento que ela dá para as crianças e com a passividade das mães em relação à austeridade da treinadora. Em um episódio, por exemplo, uma das participantes se acidentou e machucou o pé e Abby repetia, incessantemente, que a garota estava fazendo “cena”. Ou quando ela deu um tratamento diferenciado para uma menina depois que recebeu, de sua mãe, uma série de presentes.
Aos poucos, a gente se acostuma com esse lado “bitch” de Abby e entende que, atrás das cortinas, ela até que pode ser um pouco carinhosa com as meninas. O mais engraçado são os “chiliques” das mães, que também protagonizam a série e volta e meia brigam entre sí. Além das brigas de ego, existem as disputas entre estúdios de dança e times, que apimentam os capítulos e os deixa ainda mais interessantes…
A primeira vez que a vi na televisão, achei que era uma drag queen. Kim Gravel, na verdade, está quase lá – maquiagens fortes, roupas espalhafatosas, caras e bocas passarela e muita purpurina. Kim é a apresentadora de “Kim of Queens”, onde atua como “olheiro” e encontra meninas bonitas do interior e as treina para concursos de beleza.
Muito diferente de Abby, Kim é uma mulher extremamente simpática, engraçada, compreensiva e carinhosa com as meninas e se preocupa não só com o que será feito nas passarelas, mas também com o bem estar e com a auto-estima das garotas. Durante a década de 90, Kim foi eleita a Miss Georgia e desde então, se especializou em concursos e junto a mãe e a irmã, montou um negócio.
As meninas que são treinadas por Kim me lembram um pouco a “Honey Boo Boo”, que tem aquele sotaque forte e pouca preocupação em relação às boas maneiras. Em cada episódio, Kim encontra uma garota nova e a treina para um concurso…Ela incentiva a menina a dançar, cantar ou fazer qualquer tipo de apresentação de “talento” que possa agradar os jurados e garantir uma coroa.