Então a Eliete Cigaarini esteve em Belo Horizonte com a peça Tribos e eu não fui vê-la. Não, porque eu não quisesse, é claro. Simplesmente não deu… fiquei sabendo em cima da hora e quando fui comprar os ingressos, estavam esgotados. Fiquei (e ainda estou chateada) queria muito (muitíssimo) vê-la…. Ah droga! Como eu queria!!
Cigaarini está presente nas boas memórias que tenho da infância… da época em que eu, ainda pequena, sentava sozinha na sala e ficava vidrada na TV assistindo novela. Lembro da doçura da Carmencita e do quanto eu torcia para que ela e o Carlos ficassem juntos. Esse, foi um dos primeiros romances pelo qual me encantei… romance, aliás, que termina de uma forma tão triste.
Éramos Seis foi um grande novela, uma produção muito querida pelos saudosistas (como eu). É uma pena que eu ainda não tenha lido o livro, mas de qualquer forma é uma história que me encanta. Eu também era apaixonada pela Adelaide, me identificava com personalidade dela… Aliás, também adoro a Bete Coelho, acho que ela tem um charme único, uma voz encantadora.
Engraçado é que outro dia revi algumas cenas de Éramos Seis, por causa da Eliete, e a Carmencita me pareceu muito chata e egoísta, fazendo exigências descabidas ao Carlos… A verdade é que eu amei a novela ainda mais depois de revê-la, porque ela faz um retrato das imperfeições humanas, das dores que cada um traz no peito… Ahhh a Eliete atua tão bem, queria poder vê-la mais – seja na TV, no teatro (que é um pouco mais difícil) ou no cinema… Digo que o teatro é difícil porque a maioria das produções que ela participa (pelo menos, foi o que me pareceu) se concentram em São Paulo e no Rio de Janeiro…
Lembro que levei um susto quando a vi em Malhação, quando ela apareceu super gata como a mãe do Dado Dolabella… acho que foi a primeira MILF da minha história. Da mesma forma, eu não perdia nenhum capítulo (só para vê-la). Acho que a personagem se chamava Helena (ou Laura), e ela sofria vários abusos do marido até que decidiu largar a casa. Na trama, ela procura o filho e é acolhida pela família do Guilherme (amigo do filho), daí ela começa a ter uma relação meio proibida com o Guilherme, porque ele era super novinho…
Faz muito tempo que assisti, não consigo me lembrar do final da trama.
Ah Caramba! E eu assistia (e gravava) A Pequena Travessa, só por causa dela também. Mas, eu lembro que ficava muito incomodada com a Fernanda, a personagem que ela interpretava. A Fernanda tinha sido traída e passou por humilhações inimagináveis e mesmo assim, aceitou voltar com o marido. Queria que ela tivesse sido mais forte, mais corajosa, que tivesse seguido a vida sozinha ou encontrado um outro homem que a valorizasse mais. Acho que a minha veia feminista sempre falou muito alto, mesmo na infância…
Pensando bem, eu acho que Eliete deve ter se acostumado a interpretar mulheres traídas… A Sílvia, em Laços de Família, por exemplo… impossível não lembrar o que aquela mulher passou. – E eu ficava muito puta, porque mesmo depois de tudo, a Silvia ainda ficava enchendo a bola do marido, cara!! – E no final, ela não fica com ele… droga!
Não tive oportunidade de acompanhar suas novelas mais recentes da Record, falta de tempo… Mas, Louca Paixão. CARA! DE TODOS OS PERSONAGENS QUE ELA INTERPRETOU, ESSE FOI O QUE MAIS ME IDENTIFIQUEI – e eu me lembro muito dessa novela!!
– Caramba, sou tão noveleira assim?
Ela era uma agente penitenciária linha dura, meio masculina… a Aracy!! Lembro que ela colocava o terror nas presidiárias e era culiada com o diretor do presídio, que era um cara super corrupto.
Tá… esse post não saiu da forma que eu queria. Acho que eu poderia ficar até amanhã, escrevendo sobre tudo o que vi com ela, e não é o caso. A verdade é que a admiro muito como atriz, a acompanho sempre e admiro muito o seu trabalho – principalmente no teatro, que infelizmente nunca vi, mas acompanho tudo o que ela lança. Sei das aulas que ministra, do valor que ela dá ao que faz. Ela transparece uma sensibilidade muito grande, e um domínio, uma sabedoria… sabe? Espero, muito mesmo, que ela continue atuando, dirigindo, escrevendo. Que ela não pare, NUNCA.
PUTZ, e eu já ia quase me esquecendo… ela me lembra muito a SUSAN SARANDON