Não canso de escutar a música “Jolene”, da Dolly Parton. A descobri há pouquíssimo tempo, é um dos ritmos mais gostos que já ouvi. Fora a mensagem da letra, que me passa a ideia de um sofrimento sem igual. Sempre que escuto ou canto, imagino uma mulher humilhada e desesperada, tentando se agarrar àquilo que dá sentido a sua vida. De certa forma é essa a história: uma mulher reconhece a beleza e o poder da outra e implora que ela não roube seu marido.
Quando escreveu a letra, em outubro de 1973, Dolly passava por uma situação semelhante, seu primeiro marido estava encantado por sua bancária, uma mulher que Dolly descreve como sendo uma “ruiva maravilhosa e encantadora”. Para o nome, Dolly se inspirou numa menina que conheceu em seu camarim:
Eu ouvi esse nome quando uma pequena garotinha foi ao meu camarim pedir um autógrafo, era o começo da minha carreira. Ela era a menina mais linda que eu já tinha visto, ela era ruivinha, pele bem clara.. então perguntei:
– Qual é o seu nome¿
– Jolene, ela disse.
– “Jolene”, que nome lindo! Seu pai provavelmente se chama John…
– Não…
– Esse é o nome mais lindo que eu já ouvi, eu vou escrever uma música com o seu nome e se um dia a ouvir, saberá que é sobre você.
Jolene foi o primeiro sucesso de Dolly, foi regravada inúmeras vezes, recentemente pela Miley Cyrus… é considerada pela Rolling Stone uma das 500 melhores músicas de todos os tempos.