Oi gente!! Como vão as coisas?
Então man… tô fazendo um trabalho acadêmico sobre o papel das mulheres na Revolução Mexicana. Achei muito interessante essa parte do trabalho e adoraria compartilhar com vocês.
Uma das imagens representativas da história mexicana é a da mulher com um enorme chapéu, com rifle na mão e com balas presas ao peito. “Adelitas” foi o nome dado àquelas que lutaram e morreram junto aos homens em campos de batalha, as mesmas que acompanharam seus esposos, que faziam a comida, atuavam como enfermeiras, conselheiras e mães.
O nome é uma referência à Adela Velarde Peláez, enfermeira e soldado da Cidade de Juárez, que atendeu os homens feridos do exército de Pancho Villa entre os quais se encontrava Antonio del Rio Armenta, que em sua homenagem compôs a canção: “si Adelita se fuera con otro, la seguiría por tierra y por mar, si es por mar en un buque de guerra, si es por tierra en un tren militar”. Adela esteve presente em vários combates como o de Torreón e o de Parral, em 1914 passou a atuar na División del Norte e no Exército do Noroeste. Por sua atenção aos feridos e destreza no trabalho, foi reconhecida como veterana de guerra.
Elas não só mantinham a infraestrutura do movimento, como também atuavam como ativistas. Um exemplo forte de ativismo foi a criação da organização que lutava pelo direito trabalhistas de funcionárias de uma fábrica em Anáhuac. “Las Hijas de Anáhuac”, chefiada pelas irmãs Maria del Carmen e Catalina Frías se simpatizava com o Partido Liberal Mexicano.
Outro exemplo interessante é o do “Club Femenino Lealtad”, fundando em 1913 logo após o golpe de estado de Victoriano Huerta. Liderado por María Arias Bernal, Inés Malvaez e Eulalia Guzman, o clube promovia encontros semanais para ajudar a circular informações políticas censuradas pelos jornais.