Me diverti muito com essa leitura, faz tempo que eu não encontrava um livro com esse tom de deboche e bizarrice. Tudo me fez gostar dele, a começar pelo currículo da autora, Eleonora V. Vorsy – a grande dama da literatura popular, escritora do Planeta Diário, uma velha sem vergonha, criadora da famosa personagem Prima Roshana – sempre sedenta por sexo.
Eleonora, na verdade, é o pseudônimo de Alexandre Machado (jornalista e roteirista, trabalhou em Os Normais, Os Aspones…).
O livro traça a trajetória de Levi, um perfeito anti-herói. No primeiro capítulo ele está preso e acaba de receber a visita do tio, da tia e da linda prima Roshana que foram lá na cadeia só pra zombar dele. Daí nasce o desejo sangrento por vingança e suas consequências vão o levar para lugares inimagináveis.
Levi consegue sair da cadeia de uma maneira muito engraçada e inesperada, melhor ainda é como ele “sem querer” se vinga dos tios. Enquanto está no banheiro transando com a prima Roshana, sua paixão de adolescência, dois homens estão assassinando friamente (e brutalmente) os pais dela. Ao longo da trama, vão surgindo personagens que os fazem viajar (involuntariamente) ao redor do mundo e presenciar situações absurdas – em sua maioria das vezes, trágicas.
Dois personagens marcantes que aparecem já na metade da história são Bel, a sereia e Kowalsky, um homem apelidado de “Jeba” por possuir um pênis enorme. Resumindo, é muita loucura num livro só, morri de rir na parte em que Levi e Roshana estão dentro de um avião e conhecem um ditador gay que consegue levar Levi para cama em troca de que ele permaneça vivo. Mais louco ainda são as seringas que eles carregam como arma e que usam para passar HIV para os inimigos.
Literatura de “mau” gosto. Bem – Mal; bom – mau. Mas é literatura de excelente qualidade, sensacional, espetacular!
Eita porr! Até tirei o parágrafo lá, hahah Obrigada pela observação. O livro é demais sim, eu gostei muito!