Nota rápida: Nessa semana eu assisti a segunda versão de “O que terá acontecido a Baby Jane”, filme de 1991, dirigido por David Greene. Era um filme que me despertava muita curiosidade e ao mesmo tempo repulsa, porque eu simplesmente odiava a maquiagem que fizeram na Lynn Redgrave. Essa versão mantém a trama da primeira e pouquíssimas alterações foram feitas. A história se passa em uma mansão em Hollywood onde vivem Jane Hudson e sua irmã Blanche, interpretada por Vanessa Redgrave. As duas foram estrelas de cinema, mas tiveram a vida despedaçada após um trágico acidente que deixou Blanche em cadeiras de rodas. Para saber mais sobre a versão de 1962, acesse.
Aqui não se repete o que as legendárias Joan Crawford e Bette Davis fizeram anos antes. Não existe aquele clima de tensão nos bastidores, nem a explosão de raiva de duas atrizes que se odeiam há anos. As irmãs Redgrave possuem uma sintonia bem diferente e isso é perceptível já nos primeiros minutos. São igualmente intensas, mas existe algo de “fraternidade” que o outro não tem, diversas vezes vemos as personagens dividindo lembranças da infância e trocando olhares carinhosos.
Li comentários que diziam que esse filme é mais realista e chocante que o outro… pode ser. O fato é que quando lançando, foi duramente criticado. Nesse eu percebi uma Blanche mais impiedosa e caprichosa e a uma Jane menos malvada e mais afetada. Também não sei se pela cor, mas me pareceu mais violento. Acontece que a Lynn, apesar daquela horrível maquiagem, se sobressai muitíssimo, ela está incrível, muito emocional e assombradora (aquela boneca, putz!). O filme me fez encarar a Jane muito mais como vítima, principalmente por causa da cena final, onde todos os policiais prestam socorro à Blanche e deixam Jane sozinha, caminhando em direção ao mar…