Há muito tempo um livro não me emocionava tanto como este. Mesmo com uma montanha de textos para ler para a faculdade e com a correria do dia-a-dia, me dediquei a essa leitura com um prazer indescritível e me sensibilizei tanto, que chorei no ônibus, a caminho do trabalho… “Dez mulheres” conta a história da reunião das pacientes da terapeuta Natasha, mulheres de diferentes classes sociais, idades e vivências. Todas tão humanas e universais, que poderiam existir em qualquer lugar do mundo. Neste caso, o cenário é o Chile, aliás, muitos Chiles… cada um em conformidade com a perspectiva de determinado personagem. O livro aborda tantos temas, que é difícil definir: amor, sexualidade, doenças, relações familiares, maternidade, solidão, dinheiro… Tantas questões não resolvidas, tantos traumas, alegrias e tristezas. Eu realmente me senti participante da história, apaixonada com a narrativa. Depois deste livro, me interessei muito pelo trabalho da autora, Marcela Serrano, a quem desconhecia. Do pouco que li sobre sua biografia, já admiro.Dentre as diversas entrevistas que vi e li dela, destaco uma de suas frases:“Definirse feminista es definirse ser humano”.