Apple Tree Yard foi uma das melhores séries que assisti no ano passado, muito pelo roteiro, mas especialmente pela atuação monstruosa da Emily Watson. Com uma perspectiva bem sensual e madura, a série (produzida pela BBC) conta a história de Yvonne, uma professora universitária que se envolve em uma relação extraconjugal – que culmina em um assassinato. O bom é que é uma série curtinha e com resolução rápida (são apenas quatro episódios, mas com reviravoltas impactantes).
A perspectiva feminina prevalece em toda a narrativa e é difícil não sentir empatia pela personagem principal, que é muito humana e traz dores bem comuns > como a questão da auto estima ou do avanço da idade. A sexualidade dos personagens é tratada de uma forma complexa e inteligente, gostei demais da abordagem sem julgamentos. A gente até torce para que ela e o amante se saiam bem (ao mesmo tempo em que entende a perspectiva do marido e dos filhos). Sem falar do clímax, que é bem no finalzinho, mas deixa qualquer um de queixo caído.
Discordo um pouco da colunista Patricia Kogut que afirma que a série retrata a fragilidade feminina. Vejo na personagem um reflexo da coragem e força de diversas mulheres que sofrem um tipo de violência, mas não perdem a firmeza (e que ainda buscam por justiça).
No mais, a série é bem legal e propões umas reflexões bem profundas. Se você animar a assistir, não deixe de me contar o que achou! Você pode comentar por aqui, ou se preferir, enviar um email para: thais.dos.reis@hotmail.com.