Gratidão: sobre 2018

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Todo fim de ano gosto escrever um post, fazendo um “breve” levantamento das coisas que me ocorreram. Desde pequena tenho o hábito de escrever e, particularmente, é uma atividade que me faz muito bem.

2018 foi um ano muito estranho pra mim, que passou rapidamente, mas que deixou muitas marcas. Talvez, tenha sido o ano em que eu menos li livros e assisti filmes, algo que me era muito familiar. Entrei de cabeça num novo cenário profissional, que tem me ensinado muito e apresentado inúmeras possibilidades. O que e um ganho inestimável = conhecimento. Também conheci novas pessoas, fiz novos amigos e conversei com muita gente com uma vibe bem bacana.

Termino o ano muito grata por todos os pequenos privilégios diários que a vida oferece e, especialmente, a possibilidade de RECOMEÇO. Todo esse acolhimento e amor que recebo dos amigos/familiares mais próximos, são como um motor que me ajudam a viver em movimento constante.

Estou tranquila, me sentindo bem e segura do que eu quero. Estou me aproximando cada vez mais de pessoas e lugares que me fazem bem, que me deixam segura e que proporcionam felicidade. Nesse ano revi o meu valor como mulher e ser humano e consegui perceber o quanto essa juventude efêmera, é valiosa. Tenho planos de viajar, conhecer novos lugares e pessoas, estudar e ampliar horizontes. Cansei daquilo que me distrai das coisas boas…

Finalmente, cheguei no ápice de desapego, e num caminho sem volta. Quero cuidar de mim e levar comigo os que me respeitam, os que realmente me querem bem.

Não há nada melhor para o nosso coração e para a alma do que o tempo!

Thanks 2018! 

A forma da água: o amor e a comunicação não verbal

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Como muitas pessoas, não sou fã de filmes românticos, mas gosto bastante de filmes inteligentes. Assisti “A forma da água” no cinema, num momento em que estava bem sensível emocionalmente. Confesso que este não é um filme que assistiria de novo, ainda que tenha me causando um impacto pelo detalhamento técnico e cenas bem elaboradas.

Num brevíssimo resumo, o filme conta a história de Elisa (interpretada pela incrível Sally Hawkins), uma mulher muda, que trabalha como zeladora num laboratório experimental secreto do governo. Ela acaba se envolvendo/apaixonando por uma criatura fantástica, que encontra-se presa no laboratório e sofre diversas torturas.

A criatura é uma espécie de peixe, digamos… Elisa embarca, então, num projeto de resgatá-lo e devolvê-lo para o seu habitat.

A forma da água
Com 14 indicações ao Oscar, o filme foi dirigido por Guilherme del Toro e liderou o Oscar de 2018.

P.S. A primeira cena do filme é tão foda (eu não consegui achar outro termo), que é difícil não ficar de queixo caído com essa produção. Imagino o trabalhão que deve ter dado, colocar a atriz deitada no sofá, submergindo aos poucos e junto dela, todo o cenário.

[Enfim… ainda que o filme me cause certo estranhamento, existem dois pontos que me agradam muito na história e me fazem notá-lo com bastante admiração.]

  • A reinterpretação do amor romântico

O filme possui tantas alegorias, que provavelmente seria um bom tema para um artigo científico. Mas não é preciso ir muito longe para identificar o que mais me agrada na trama: a referência aos estranhos, que se reconhecem e que não se encaixam socialmente. A beleza do amor das duas figuras é que elas sabem das imperfeições um do outro e, mesmo assim, se aceitam e se amam. 

Elisa é uma mulher pouco atraente, de classe baixa e muda. A criatura… bom, não é preciso dizer muito. E mesmo diante das diferenças, estão juntos por um amor extremamente puro. As duas figuras são metáforas claras às pessoas que não estão dentro do padrão social, tão conhecido por aí. E, o mais importante: ainda que não sejam perfeitas, possuem um encantamento único: Elisa é extremamente inteligente e sensível e a criatura possui o poder de cura.

Há ainda a naturalização desse sentimento, a perspectiva de que o amor, quando realmente correspondido, não precisa ser sofrido. Existe uma confiança entre eles que resiste à inúmeras barreiras: aos militares, às condições físicas, etc…

  • A comunicação não verbal

A comunicação não verbal é talvez um dos pontos altos do filme, que quebra a narrativa fílmica convencional. Mas, além da questão técnica, existe a subjetiva. Nós estamos tão acostumados a viver em um bolha repleta de informações rápidas e cada vez mais sem profundidade, que acabamos nos esquecendo do básico.

O filme fala bastante sobre solidão, que acomete a contemporaneidade sem nenhuma dó. Estamos cercados de redes sociais, de jornais digitalizados, de imagens. Mas, o quanto estamos realmente nos comunicando e nos conectando com as outras pessoas? Nesse sentido, a ausência da voz dos personagens é exatamente o clímax da sintonia que existe entre eles. Algo bem bonito e poético de se observar…

Bom, espero que tenha gostado desse texto rápido.

E, se não assistiu ao filme, não deixe de vê-lo.

[Leitura] Presos que menstruam

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Saber a hora de parar determinada leitura é um atitude de ouro. Se a obra não lhe é agradável ou não acrescenta grandes coisas, é importante que você saiba canalizar a sua atenção. Bom, é assim que tenho feito esses dias (e, confesso, tem funcionado). “Presos que menstruam” é um livro com uma proposta muito interessante e com um título maravilhoso, diga-se de passagem.  

Comecei a leitura muito entusiasmada, mas fui me desinteressando pela narrativa aos poucos, por não me apresentar nada muito destoante do que Drauzio Varella fez em Prisioneiras (de uma forma brilhante). Não quero aqui, parecer arrogante. É apenas uma questão pessoal mesmo.

Afinal, o livro é muito bem escrito e faz com que a gente “caia em si”, entende? Mesclando uma narrativa jornalística com um tom romantizado, Nana Queiroz apresenta uma contextualização do universo subumano à que essas mulheres se submetem (ou são submetidas). Não só dentro da cadeia, mas fora dela também.

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Talvez o auge do livro, muito comentado em diversos sites e reportagens, é o fato de algumas dessas mulheres precisarem usar miolo de pão como absorvente (o.b), por não terem o material disponibilizado pelo sistema prisional.

É claro que essa é, praticamente, a ponta do iceberg e as situações degradantes são tantas, que é difícil citar uma a uma. Mas a questão da sexualidade e da maternidade são latentes e igualmente desconcertantes. É complicado imaginar, por exemplo, o contexto das mulheres grávidas na cadeia e a incerteza diante do futuro dos filhos.

Sem dúvidas, é uma boa pedida para quem deseja entender mais desse universo, sobre a vida dessas mulheres antes de serem presas, do motivo da prisão e as condições às que são submetidas na cadeia.

Os vinte e poucos anos, quase trinta.

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Tô numa vibe de autoconhecimento, daqueles momentos em que a gente para e se questiona sobre os objetivos da vida,  valores e descobertas. Tava conversando com uns amigos e constatamos que estamos na crise dos vinte e poucos anos, quase trinta. Naqueles dias em que a gente analisa o que foi feito, o que não foi feito (e o tempo necessário para que certas conquistas se realizem).

Meio estressante tudo isso, na verdade. (E desnecessário, também). 

Meu amigo dizia, “Thaís, você precisa entender que cada um tem seu tempo e seu contexto e etc, etc…” E, no fundo eu só pensava: mano, no momento eu só quero ser feliz! Clichê, né? Mas, nem tanto. Tô numa vibração de redescobrir as coisas que gosto: escrever, tirar fotos, ver filmes.

E, principalmente, me cercar de pessoas que me fazem bem.

Lembra daquele texto sobre o foda-se? Pois é, cheguei num nível mais alto ainda, onde comecei a deletar, realmente, tudo o que me faz mal. Não sei se deletar é palavra certa, mas estou me afastando, o máximo possível. Na terapia a gente descobre muita coisa e uma delas, é controlar o nível de atenção que a gente dá para os problemas. Mas eu acho que depois de um looongo tempo, tô me sentindo super bem, com as energias renovadas (e curtindo a minha vida, cada vez mais, dentro do possível).

Ontem tava vagueando pelo Instagram, e vi uma frase bem legal (que não me lembro exatamente agora, mas era algo como): “quem nunca provou do amargo, não sabe o gosto do doce.” ou “só quem já provou do amargo, sabe o gosto do doce”. Ah, vocês entenderam, né?  Eu adorei, e meio que resume um pouco o que tô sentindo no momento.  Não que minha vida seja plenamente feliz, mas estou me educando a olhar as coisas com outros olhos e, principalmente, me redescobrindo…

E, você? Já passou por isso? Se quiser trocar uma ideia, deixe um comentário por aqui (ou, se preferir, me envie um e-mail). Gosto muito desses temas e conversar com outras pessoas sobre o assunto seria bem legal! 🙂

 

Happy!

Oi, como vocês estão? Tinha um tempão que não aparecia por aqui, mas o meu dia-a-dia anda muito corrido. É engraçado quando paro para ler os posts antigos e vejo o quanto eu era assídua neste blog, escrevendo um texto por dia. A rotina anda pesando, tô trabalhando bastante com produção de conteúdo, o que dificulta um pouco ter tempo para passar por aqui. (Meio irônico, né?)

Happy-Chris-Meloni

Há um tempinho tô para escrever sobre Happy, uma série original da Syfy, que estreou no Brasil em abril de 2018 e está disponível na Netflix.  “Happy” (Feliz!) é uma loucura, apresenta uma narrativa cheia de adrenalina, bizarrices e humor negro. São 8 episódios de puro caos, onde acompanhamos a trajetória de Nick (Christopher Meloni) um ex-policial depressivo, que se tornou matador de aluguel. Depois de um acidente, Nick passa a enxergar um unicórnio dentuço e azul (cujo nome dá título à série), que implora por sua ajuda na procura de uma menina desaparecida.

Happy NetflixCom inúmeras subtramas (que envolvem um vilão sádico e um mistério na família de Nick), a série prende a atenção pelo trabalho fantástico com os protagonistas.

A dualidade do caráter dos dois é hilária e complementar, enquanto o policial é durão (mas com boas intenções), o amigo imaginário é uma fofura (mas com instintos bem violentos). Além de tudo, a série se passa no Natal, portanto há um climinha muito gostoso (mesmo que cercado de violência, rs).

Se tiverem um tempinho, não deixem de assistir. É uma série boa para distrair, rápida e engraçada. Ah! Querem uma crítica boa? Dêem uma olhadinha no Metafictions!

[NOTA] Um gay suicida em Shangri-la

UmgaysuicidaOs temas são complexos: homossexualidade, depressão, suicídio. Mas, a narrativa é leve, repleta de referências à ícones do mundo pop e rápidos fluxos de consciência.

Um gay suicida em Shangri-la conta a história de Eduardo, um jovem que decide abandonar a vida parada e sem emoções, cheia de relacionamentos tóxicos e vazios, para ir em busca de uma nova realidade na cidade das Estrelas, interior de Rio de Janeiro.

Ainda que eu não tenha conseguido ter muita empatia pelo personagem, a narrativa sobre a redescoberta do “eu” e sobre a reinterpretação sobre o conceito de família me pareceu muito pontual. Durante a sua viagem, ele vai repensando suas relações e o impacto que cada uma delas traz em sua vida.  A história apresenta diversas facetas de alguns questionamentos humanos, como o medo de se posicionar “fora da curva”, e a necessidade de aprovação social.

Este é o terceiro livro de Enrique Coimbra, o jovem autor também escreveu “Sobre garotos que beija garotos” e “Os hereges de Santa Cruz” e possui um canal no Youtybe chamado Enrique sem H.

[Série] A casa das flores

A casa das flores
O estilo das novelas mexicanas foi deixado para trás e a irreverência dos personagens é um dos diferenciais mais gostosos de A casa das flores, série produzida pela Netflix, estrelada pela queridíssima Verônica Castro e dirigida por Monolo Caro.

A frase de Tolstoi não poderia ser mais conveniente: “Toda as famílias felizes se assemelham, mas cada família infeliz é infeliz a seu modo.” No fundo, sabemos que ele está certo: toda família tem seus problemas e segredos e é normal que um pouco de hipocrisia esteja inserida nos lares que só transparecem amor e união.

Na casa da família La Mora (os Kardashians mexicanos) não poderia ser diferente. Muitos segredos são escondidos debaixo do tapete, até que um acontecimento quebra todo o ciclo vicioso de mentiras. Na festa de casamento organizada pela matriarca, Virgina, se descobre um cadáver na loja de flores da família (a que intitula a produção) e uma série de revelações são desencadeadas.

Repleta de humor negro e com diálogos dinâmicos, A casa das flores traz diversas reflexões sobre temas atuais (inclusive obre gênero e sexualidade).

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Gosto, especialmente, da matriarca: a representação da adaptação do “velho diante do novo”.  Virginia possui uma mentalidade da perfeita família tradicional, ortodoxa. Mas no desenvolvimento da série é forçada a repensar sua postura para que a família permaneça unida. E é realmente engraçado o seu choque diante  às novidades trazidas pelos filhos e netos, como quando descobre que o seu genro é transexual.

Muito do encanto da personagem é reforçado por Veronica Castro, que é uma figura extremamente popular no México e que, inclusive, participou de algumas novelas e apresentou diversos programas da Televisa. Em uma entrevista, ela chegou a comentar que algumas cenas foram feitas de improviso (como a que ela canta a música da Yuri) e que tinha insegurança de aparecer em tela fumando maconha.

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Dentre os filhos, o destaque vai para Paulina (interpretada por Cecília Suárez). Sua fala pausada (em reflexo aos diversos calmantes que toma) e sua constante tentativa de manter tudo em seu lugar faz com que tenhamos a impressão de que a personagem é uma mulher “fria e calculista”. Ao longo dos episódios o seu lado humano e materno é abordado de forma mais aprofundada, e é difícil não torcer para que ele se dê bem.

Com um elenco impecável e gatilhos que realmente prendem a atenção, A Casa das Flores ainda promete muitos momentos divertidos e de emoções. Agora, é esperar pela segunda temporada…

 

Foco, força e foda-se!

One day you’ll leave this world behind
So live a life you will remember.” – Avicci 

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Na Kim, 2016

Saúde mental importa; e é preciso que isso seja dito quantas vezes for necessário. 

Acreditei, por um longo tempo, que o controle emocional fosse algo simples. Até que um turbilhão de acontecimentos trouxeram algumas mudanças na minha vida.  Quase no fundo do poço, me peguei pensando sobre como ter auto estima, como sair de um relacionamento tóxico e como ser mais forte em relação à possibilidade de perder uma pessoa querida.  Foi aí que percebi que eu já não era a mesma de antes, a jovenzinha determinada e confiante, que se abalava por pouco, ou quase nada.

Ainda me pergunto o que aconteceu para que eu ficasse tão sensível à coisas que antes não me preocupavam de jeito algum. E ao mesmo tempo, agradeço por isso ter acontecido, pois de certa forma, me ensinou a ser mais “humana”. [Também me ensinou a tirar forças de onde achava que não tinha, me ensinou a dizer não quando necessário, e a ser ausente àquelas pessoas que só sugavam a minha energia.]

Ou seja: aprendi, também, a ser um pouco mais egocêntrica.  E isso pode fazer toda a diferença, tanto para o dia-a-dia, quanto para a vida como um todo.   É clichê? Eu sei que sim… Mas, às vezes, o que a gente precisa é ligar o foda-se e se permitir ser feliz, mesmo que aos poucos. Se distrair com pessoas que nos fazem bem, visitar novos lugares, experimentar novos sabores e redescobrir nosso valor.  [E, caso você não consiga fazer isso sozinho, uma ajuda profissional pode essencial].

Sabe o que tem me ajudado bastante? Gosto muito do canal da Léia Carvalho, uma coach que tem uma vibe super positiva e que usa metáforas incríveis a serem aplicadas no dia a dia. Tenho conversado muito com os meus amigos, revendo colegas da adolescência, estabelecendo novos objetivos e conhecendo novos lugares.

Tô fazendo o que não fazia antes: cuidando de mim. E, vou te contar, é necessário e vale a pena!

[Nota] Last Tango in Halifax

Last Tango in Halifax

A Jéssica tinha me indicado Last Tango in Halifax há alguns anos, mas só agora tive a oportunidade de assisti-la. Trata-se de uma produção da BBC, transmitida entre 2012 e 2016. A série é uma comédia bem levinha, cuja narrativa principal se concentra na vida de Celia e Alan, um casal que se apaixonou na juventude, mas que por diversos desencontros, acabaram se afastando.

Aos 70 anos eles se reencontram pela internet, esclarecem as lacunas que ficaram em aberto e descobrem que a paixão que sentiam ainda está viva. Mas, como todo bom romance, os dois encontram algumas dificuldades para ficarem juntos, dentre elas estão Caroline (filha de Celia) e Gillian (filha de Alan) que não se gostam e não apoiam o casamento dos pais.

Dos plots principais, gosto bastante da abordagem sobre a sexualidade e a independência na velhice. De uma maneira bem sutil, a narrativa mostra como Celia e Alan enfrentam pequenos problemas da idade como: memória, dependência física e lacunas emocionais. Outro plot sensacional é o relacionamento homossexual entre Caroline e Kate. A primeira acabara de sair de um casamento com um homem que a traía constantemente, mas enfrenta bastante dificuldade em assumir o relacionamento com uma mulher e aceitar sua condição.

[Leitura] Um conto sombrio dos Grimm

Grimm

O Lê Livros é talvez um dos melhores sites para download de livros que existe na web. São muitas opções, gratuitas e em diversos formatos. Eu, que gosto muito de ler, fico quase atordoada, querendo baixar tudo que surge de novidade por lá. Recentemente, terminei o livro “Um conto sombrio dos Grimm”, uma versão um pouco mais sombria e sangrenta da história clássica João e Maria.

Estou descobrindo que histórias de fantasia (para adultos) podem ser bem divertidas. No caso dessa história, há todo um contexto de fábulas das quais desconhecia e gosto, especialmente, da interlocução com o leitor.

A narrativa começa com os pais de João e Maria, um casal amaldiçoado por viverem uma relação proibida. Diante de um desafio, são obrigados a matarem os próprios filhos para comprovarem a lealdade ao reino. Mas, “por mágica”, os meninos voltam à vida e quando se dão conta do ato dos pais, decidem fugir de casa. É aí que começa a aventura, que envolve muitos outros personagens: como uma velha canibalista, três corvos misteriosos, dragões e o próprio diabo.

O livro é bem divertido e oferece diversas surpresas ao longo da narrativa. Mesmo sendo sombrio, há um delicioso toque de humor, que deixa a história também divertida.