Fanny Ardant merecia um meme da página “Dias de Cinefilia”, daqueles em que os criadores da página brincam que certos atores fazem filmes “cult e para o povão”. Digamos que “Chic!” é para o povão, mesmo tendo como cenário a alta costura francensa. Esse filme me lembrou um pouco “O Diabo Veste Prada”, mas com um toque muito mais romântico, mais bobinho e… pra falar a verdade, bem inverossímil. Dirigido por Jérome Cornuau e lançado em janeiro deste ano, Chic! conta a história de Alícia Ricosi, uma estilista trilhonária e famosa que perdeu a inspiração por sentir falta de um amor.
Alícia tem uma assistente bem próxima, Hélene (interpretada por Marina Hands), que percebendo a crise da chefe, passa a procurar alguém por quem ela possa se apaixonar. Alícia se encontra com vários caras mais jovens e bem apessoados, mas nenhum lhe desperta interesse. Até que, depois de uma festa, ela acidentalmente conhece um paisagista e cai de joelhos por ele. É claro que o paisagista, Julien (Éric Elmosnino) não está nem aí para o mundo da moda, ele desconhece a fama de Alícia e tem certo interesse por Helene.
O filme é até bonitinho, mas não conseguiu me agradar. Na verdade não consegui engolir a ideia de ver Fanny Ardant como uma mulher implorando por amor, e entregando o império que construiu na mão de homem que não dá a mínima por ela. Mas difícil foi acreditar que ela relaciona a ele toda a sua inspiração e paixão pelo trabalho, como se sem um homem, não conseguisse seguir em frente. Chic bebe muito na fonte do conto da Cinderela… Uma pessoa rica se apaixona por uma pessoa pobre e larga tudo para viver um amor verdadeiro…