Como diria a minha avó, eu entro no “ano novo” ficando mais velha. Completei 23 anos no último dia 3 de Janeiro, queria ter publicado esse texto na data, mas preferi não ficar em casa. Sei lá, mas algo está diferente, muito diferente. Acho que as coisas estão ficando cada vez mais sérias, talvez até mais sem graça.
Quando eu era criança eu passava a noite sem dormir, esperava a chegada do dia, do “meu” dia. Era a minha data preferida do ano, eu realmente me sentia especial. Não sei o que aconteceu, mas parece que fui pega por um “desencanto”, simplesmente caiu a ficha de que ninguém é tão especial assim. Que pena.
Não que essa nova percepção seja ruim, pelo contrário, acho que um choque de realidade até que faz bem. Foi bom receber o carinho dos amigos, o aconchego da família e melhor ainda, tive um tempo para refletir sobre a vida, sobre meu futuro. Tenho tantos sonhos, tantos desejos, tantos medos. Apesar do desencanto, da “falta de graça” eu terminei meu dia bem, agradecendo a Deus por ter uma mãe maravilhosa, por ter uma avó sã e saudável, por ser amada e ter quem amar – existe melhor presente que esse?
Desculpa, hoje eu to piegas pra caralho... Mas, sei lá, talvez seja o fato de ter ficado sozinha em casa e com uma garrafa de vinho aberta.