O evangelho segundo o Filho

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Este é um dos livros que mais gostei de ler nos últimos tempos, fiz um mergulho em cada uma das páginas e me emocionei muitas vezes. Li uma crítica sobre ele na Folha de São Paulo que, resumidamente, dizia que a obra foi escrita de maneira superficial demais. Talvez tenha sido exatamente isso que me conquistou, a leveza do texto, a dinamicidade da história, o fato de ser uma literatura descomplicada e a abordagem sobre o lado humano do personagem principal: Jesus Cristo.

O livro possui passagens conhecidas, mas é escrito em primeira pessoa e apresenta um Jesus muito mais palpável, verdadeiro, com dúvidas, dores e tristeza…e muita bondade. Nos capítulos inciais Jesus ainda é um adolescente, mas percebe que há algo errado (ou melhor, diferente) em sua família: que seu pai e sua mãe escondem algum fato. Sua educação é rígida e ele passa os dias com seu pai, José, um homem honesto e muito sério, que o ensina a ser carpinteiro. Maria é um personagem importante, mas que aparece pouco e em momentos fundamentais, gosto da visão dele sobre as mulheres e o respeito que elas lhes transmitem.

O livro me remeteu à muitas histórias que ouvi quando criança, especialmente na minha escola (muito católica). Mas, foi como ver o outro lado da moeda e perceber em Jesus um ser muito mais caridoso e amoroso do que há anos e forçosamente me foi ensinado.

O batismo, os milagres, as escolhas dos discípulos, o encontro com Maria Madalena….As duas passagens que mais gosto mostram que Jesus, ainda que tenha tido medo, nunca duvidou de Deus ou deu um passo em falso. Por exemplo: sua insegurança em falar para aquela multidão o fez rezar muitas noites, até que pudesse ter coragem de fazê-lo e quando o fez, o fez muito bem. Ou… sua certeza de que um de seus discípulos o trairia e ainda assim, os amou e lhes passou seus conhecimentos.

É um livro lindo, que me encheu de esperança e me fez relembrar a importância do amor, da compaixão. Recomendo muitíssimo!


Sobre Norman Mailer, o autor:

Nascido em 1923 em Long Branch, Mailer foi um dos nomes do Novo Jornalismo (uma vertente da literatura de não-ficção, enraizada na grande reportagem.) Vencedor de dois prêmios Pulitzer e autor de obras polêmicas (como “Os nus e os mortos”, 1948  e “A canção do carrasco”, 1979). Quando jovem, iniciou seus estudos em engenharia aeronáutica em Havard e enveredou-se pelo mundo da comunicação ao ser convidado a participar de um jornal universitário. Um de seus livros mais vendidos foi “Marilyn: uma biografia”, onde o jornalista dizia que a atriz fora assassinada pela CIA e pelo FBI e que teve um caso com o senador Robert Kennedy. Mailer morreu em 2007, aos 84 anos por problemas pulmonares.

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Meus filmes preferidos sobre o Natal

Outro dia comentava aqui no La Amora o quanto listas são excludentes, mas não pude resistir em fazer uma sobre os meus filmes natalinos preferidos. Acho que eu poderia passar o resto do dia falando de produções com essa temática porque hora ou outra um filme me vem a mente. Adoro o clima nostálgico que eles trazem, lembro-me perfeitamente da época em que eu era criança e ainda acreditava em Papai Noel, quem nunca?. O interessante (e obvio até) é que a maioria deles possuem um apelo emotivo e caloroso. Como sou da geração de 90, vocês vão reparar que a maioria desses filmes listados aqui passaram exaustivamente na TV aberta (principalmente na Globo e no Sbt).

P.S: Hoje, escutando um dos programas de rádio que a minha mãe adora, “A hora do coroa”, Acir Antão comentava sobre como essa época perdeu o real sentido. “Papai Noel roubou o Natal”. O radialista falava que a Rede Globo fez uma pesquisa perguntando para as pessoas sobre o que o Natal significava para elas e a resposta foi: presentes. Ninguém citou o nascimento de Jesus Cristo. Por quê eu tô falando isso? Nem sei, na verdade… não tô tentando pagar de moralista, mas é que fui reparar a minha lista e, bem… não há nenhum filme sobre Jesus Cristo nela, sorry.

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O Grinch

(How the Grinch Stole Christmans/ 2000)

Quando eu era pequena eu achava o filme extremamente estranho, mas não conseguia desgrudar os olhos da tela quando ele era transmitido. Esse foi o primeiro filme que me veio a mente quando comecei a fazer a lista (talvez porque tenha assistido milhares de vezes, repetidamente, sem cansar). Dirigido por Ron Howard, o longa se passa na terra dos “Quem”, lugar onde todos amam e se divertem com o Natal. Todos não, porque o Grinch (um estranho ser verde, rabugento, peludo e fedido) faz de tudo para estragar a comemoração de seus conterrâneos (e chega até a invadir suas casas e roubar os presentes). Enquanto o Grinch (interpretado por Jim Carrey) elabora seus planos mirabolantes, a pequena e doce Cindy Lou começa a se questionar sobre o real sentido do Natal já que todos ao seu redor só se preocupam em comprar presentes e em fazer festas.

ImagemUm herói de brinquedo

(Jingle All the Way , 1996)

Outro clássico, que vivia passando na Sessão da Tarde e que também traz à tona todo um sentimento nostálgico. O filme conta a história de Howard Langston (Arnold Scwazenegger) um homem atribulado que, por contas dos negócios, é um pai ausente. Ao perder a premiação de caratê do filho Jamie, Howard promete lhe dar qualquer presente que ele pedir de Natal. Jamie não pestaneja e pede um “Turbo Man”. Howard deixa para comprar o brinquedo na véspera de Natal, mas as lojas já venderam praticamente todo o estoque. Para complicar a situação, o carteiro Myron Larabee tem o mesmo objetivo que Howard, encontrar um Turbo Man. Os dois começam uma grandiosa disputa e garantem situações hilárias.

ImagemO Natal da Família Monstro

(The Munsters’ Scary Little Christmas/ 1996)

Sempre achei “A Família Monstro” uma cópia mal feita da Família Addams (fala sério, é difícil não comparar os dois né? Na verdade, nem sei se é cópia porque não faço ideia de qual veio antes), mas mesmo assim… que trama adorável. O filme, que é um clássico da Record, conta a história de uma estranha família californiana composta por um monstro, dois vampiros, um lobisomem, uma bruxa e por uma linda garota.

Tudo o que Eddie (o pequeno lobisomem) quer é comemorar o Natal normalmente, como as famílias dos garotos do seu colégio. Para tentar alegrar o filho, Herman e Lily Monstro fazem de tudo para parecerem normais. Enquanto Herman enfeita a casa, o Vovô ajuda o Papai Noel a fazer suas entregas e Lily se escreve em um concurso da “casa mais bem enfeitada da rua”.

O estranho mundo de Jack O estranho mundo de Jack

(The Nightmare Before Christmass/ 1993)

Se eu não assistir esse filme no Natal (ou na véspera) eu fico até um pouco deprê, acho que já virou tradição. Muitos se enganam ao achar que Tim Burton o dirigiu (apesar de ter um ligação direta, já que Burton é o produtor).  Na verdade, o filme foi dirigido por Henry Selick (Coraline), roteirizado por Caroline Thompson e é o primeiro longa do mundo  feito completamente em stop-motion. Imperdível!

A trama, que consegue ser doce e obscura ao mesmo tempo, conta a história de Jack, um ser que vive na Terra do Halloween junto a outros monstros, vampiros e cadáveres – e que anualmente organiza uma festa no local. Cansado da mesmice, Jack descobre a existência de outras festividades, entre elas o Natal, a que mais o encanta.  Designado a convencer seus colegas a mudar o “Halloween”, Jack inventa mentiras sobre o Natal e incita todos a lhe ajudarem a roubar o “Papai Cruel”.  – Filme lindo, trilha sonora maravilhosa!!!

macaulay-culkin1Esqueceram de mim

(Home alone/ 1990)

Não há muito o que falar sobre esse filme, talvez por ele ser o pai dos clássicos natalinos e ter passado zilhões de vezes  na TV. Acho que eu sei esse filme de cor e ainda assim, adoro assisti-lo. Macaulay Culkin, na época fofinho e carismático, interpreta Kevin, um garoto de apenas oito anos que é deixado pra trás pela família que viajou para Paris. Ao invés de se preocupar, Kevin se diverte ao ficar sozinho se sai muito bem ao enfrentar dois bandidos tapados que querem roubar a casa.