VOCÊ SABE O QUE É O TESTE BECHDEL?

Refletir sobre a representação das mulheres no cinema (e na mídia, em geral) é uma forma importante de promover a igualdade de gênero e atuar em estratégias de melhoria social. Um dado importante do Instituto de Pesquisa da Geena Davis, indica que as mulheres representam menos de um terço dos personagens com falas nos filmes. Além disso, quando possuem alguma profissão nessas tramas, normalmente não ocupam lugares de poder.

Já está mais do que constatado,que a mídia é sexista. Mas, existe toda uma atuação de mulheres e homens que atuam para mudar essa perspectiva. E, nesse contexto, está o Teste de Bechdel. O teste surgiu em 1985, quando Alison Bechdel, cartunista, realizou uma tirinha ironizando os filmes hollywoodianos que, em sua maioria, representam as mulheres de uma forma estereotipada.

Nele é feito questionamentos simples, mas extremamente relevantes na análise cinematográfica ou mesmo nas pesquisas de sexualidade e gênero. As questões podem parecer triviais, mas tenha em mente que muitos filmes (inclusive, famosos blockbusters) não passam pelos testes.

Para “passar” no teste, o filme deve cumprir três pequenas regras:

  • ter duas personagens com nome
  • ao menos uma cena em que duas mulheres conversam entre sí
  • o tema não pode ser sobre homem

teste

A AIDS em “Mujer, casos de la vida real”

mujere

Hoje de manhã revi a participação da Helena Rojo no programa “Mujer, casos de la vida real” e mergulhei numa lembrança gostosa sobre a época em que eu era bem novinha, vi este episódio no SBT e fiquei impressionada com a trama. O programa fez um enorme sucesso no México e foi comercializado para vários países, trata-se de rápidos episódios com histórias dramatizadas que abordavam assuntos da vida feminina, alguns bem complexos por sinal (como violência doméstica, aborto…).

A Silvia Pinal era a apresentadora, e o programa ficou no ar entre 1988 e 2007 (contava com a participação de atores e diretores renomados). Lembro que o assistia diariamente, era apresentado pela filha do Sílvio Santos, a Sílvia Abravanel e passava no finalzinho da tarde. De tantos episódios que assisti, o da Helena Rojo foi o único que ficou grudado na memória e vê-lo novamente me surpreendeu muitíssimo, porque certas cenas são extremamente familiares.

Helena interpreta uma estilista cujo casamento caiu na mesmice. O marido vive preocupado com suas ocupações e ela não tem seus desejos correspondidos. Em um diálogo muito interessante, a personagem confronta o marido sobre a vida sexual dos dois e afirma que está há mais de três meses sem fazer sexo. Ainda nesta cena, ela questiona o marido se ele não tem medo da possibilidade de ela transar com seus funcionários (que são modelos e por sinal, mais bonitos e mais jovens).

Quer dizer, ainda que a série tivesse uma pegada mais leve e bem dramatizada, também tinha um tom corajoso e contestador. Falar tão abertamente sobre a sexualidade feminina, ainda mais na década de 1990 e na TV Mexicana, que sempre foi muito conservadora, é um passo e tanto. Realmente acho admirável.

O fato é que depois de ser ignorada pelo marido, ela decide transar com seu funcionário. Logo no início do capítulo nos é confidenciado que o garoto é hemofílico, apontando uma deixa para o que depois, se tornaria o clímax do episódio. Ao longo da trama, a personagem cria uma relação forte com o funcionário a ponto de decidir se separar do marido, é quando o marido adoece e ela acredita que ele está fazendo “cena”, tentando prendê-la no casamento. A verdade vem à tona quando o funcionário confessa que está infectado pelo vírus HIV.

O episódio desmitifica muitos estereótipos da doença e que foram fortemente reproduzidos na década de 1980. Primeiro porque o agente transmissor não é um homem e sim uma mulher, hétero e casada. Lembrando sobre a importância do sexo com preservativo, inclusive no casamento, o episódio também vai contra um estereótipo antigo e ultrapassado: de que a doença está relacionada estritamente aos homossexuais. Quer dizer, se nos foi indicado que o funcionário era hemofílico e heterossexual, nos resta algumas possibilidades que nada estão relacionadas aos gays: ou ele pegou o vírus em uma transfusão, ou usava drogas (seringas contaminadas) ou fez sexo sem camisinha.

No mais, só acho que a série peca ao mostrar o marido moribundo, agonizando antes da morte. Eu realmente não sei como se dava o tratamento à época, mas hoje se sabe que é possível conviver com a doença e levar uma vida normal.

* Muito obrigada ao clube de fãs da Helena Rojo, que sempre compartilham materiais e nos deixam atualizados sobre o que ela anda fazendo. Obrigada mesmo, vocês são demais!

Divã

obj_divaLi esse livro pela primeira vez quando estava no fim do ensino fundamental. Foi na época em que eu descobri que a biblioteca pública da minha cidade (que por sinal, ficava ao lado da minha escola), servia para mais coisas do que apenas fazer pesquisa escolares. É que eu comecei a ter autonomia de sair da escola e ir sozinha para casa, o que me permitiu dar pequenas escapadas. Depois, já na faculdade, o reli duas vezes… e ainda guardo boas recordações desse livro.

Na época eu me sentia como uma confidente da Mercedes, a personagem-narradora. Era como uma voyer, escutando as histórias que ela secretamente contava para o psicanalista. Eu, uma garota de quatorze anos, me sentia quase que como uma adulta que conversava com sua amiga de quarenta anos…

Bom, do muito que lembro do livro, acho que três aspectos foram marcantes:

Primeiro: O livro é beeeem melhor do que o filme (E, sim, eu também amo a Lília Cabral. Mas o filme é meio zuado, não é muito fiel ao livro e tem umas partes bem desnecessárias). Segundo: O estilo da narrativa é uma das coisas que mais me prenderam, já que a personagem principal dialoga com o psicanalista e é através das sessões em que vamos descobrindo o que se passa em sua vida. Terceiro: É um livro bem feminino, sensível, que levanta problemáticas do universo das mulheres e que nos faz pensar muito sobre nossas escolhas, sobre nosso cotidiano. E é claro que nem por isso deixa de ser indicado aos homens.


Perigoso é a gente se aprisionar no que nos ensinaram como certo e nunca mais se libertar, correndo o risco de não saber mais viver sem um manual de instrução.”


Sinopse: Divã conta a história de Mercedes, uma mulher de 40 anos, moderna, inteligente, pragmática, divertida, super-feminina, casada, com dois filhos, com a vida estabilizada – que procura um psicanalista. Para Mercedes, a consulta começa como uma curiosidade e acaba por tornar-se numa experiência envolvente que vai pôr a descoberto as facetas que ela mais reprime. No consultório descobre-se uma mulher ciumenta, insegura, que dramatiza por tudo e por nada. Descobrem-se, também, as memórias que guarda religiosamente: o primeiro namorado, a amiga, as mulheres dos amigos do marido ou a namorada do filho. Nesta aventura, Mercedes conta com o apoio da amiga Mônica e do marido desta, Gustavo.

Milagre na cabana

Realizado especialmente para TV, Milagre na cabana é um filme dramático que conta a história de Wanda (Patricia Heaton) e Sarah (Meredith Baxter), duas irmãs distantes que se reencontram após o falecimento da mãe. Enquanto Wanda ficou na cidade e cuidou da mãe durante sua doença, Sarah mudou-se com o marido e a filha Gina para longe e nunca se deu ao trabalho de visitá-las.

Miracle No funeral, Wanda – extremamente magoada – confessa que a mãe passou anos esperando que Sarah viesse vê-la. No entanto, Sarah tinha um motivo importante que a impedia de voltar para casa e talvez por vergonha (ou orgulho) preferiu não revela-lo.

Após a leitura do testamento, as irmãs descobrem que Lily (Della Reese), uma velha senhora, mora há anos na propriedade pertencente à família. Sarah, decidida a vender o local, precisa enfrentar Wanda e Gina que fizeram amizade com Lily e descobriram sua triste história de lutar e dor: na juventude, Lily casou-se com um homem explorador, foi separada do filho e obrigada a passar por sessões de eletrochoque até conseguir fugir (e com a ajuda de uma amiga), instalar-se naquele local.

Do amor, da família e a dor da distância

Milagre na Cabana não é um grande filme, não mesmo. Alguns aspectos técnicos, como a fotografia, deixam a desejar. Uma coisa que me incomodou bastante foi uma intenção descarada de sensibilizar o espectador, de induzi-lo através dos diálogos carregados e da trilha sonora densa. Apesar disso, a produção conta com uma essência que me agrada neste tipo de gênero: eles tendem a enriquecer a estrutura filmica televisiva.

O que chama atenção na trama é o cuidado em trazer protagonistas mulheres e ilustrar as dificuldades que rondam o universo feminino através dos anos. Aliás, o filme não só ilustra o universo feminino, ele representa em profundidade as dificuldades das relações humanas e familiares. Enquanto Wanda precisa perdoar Sarah como irmã, Lily precisa ficar em paz com o passado e reencontrar o filho perdido.

milagre na cabana1No filme duas vertentes conduzem o argumento: a primeira é a relação entre Wanda, Gina e Sarah. Além de ficar ressentida com a irmã, Wanda insiste que Sarah preste atenção na filha, que não possui amigos e não consegue se abrir com ninguém. A segunda, não menos importante, é a relação entre Gina e Lily, que relembra o passado traumatizante através da semelhança de Gina com a avó.

Quando nos referimos a Lily, temos que lembrar que quem a interpreta é ninguém mais, ninguém menos que Della Reese. Impossível não se emocionar com uma atuação tão forte e cativante, Resse sabe o seu lugar na trama e o conquista sem esforço.

Ficha Técnica
Título Original: Miracle in the Woods
Ano: 1997
Gênero: Drama
Diretor: Arthur Allan Seidelman
Duração: 90 minutos
 

milagre na cabana2P.S: Patrícia Heaton

Comentei outro dia aqui no La Amora sobre “The Middle”. Amei a série e asisti os episódios em menos de duas semanas. Estou apaixonada pela Patrícia Heaton, incrível como ela se sai bem em filmes e seriados cômicos. Tenho lido bastante sobre ela, sobre a carreira dela (que, basicamente, é dedicada a TV).

Heaton, aliás, participou durante anos de Everybody Loves Raymond e só a pouco me dei conta de que ‘ela, a Debra’ é ‘ela, a Frankie’… Dãã, deu pra entender? Deu né. Em Milagre na cabana, Patricia Heaton está grávida, gravidíssima aliás e é engraçado como ela tenta esconder a barriga, exatamente como também o faz em duas temporadas de Everybody Loves Raymond.

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História de Mulheres

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Frida Kahlo por Aleya Moreno

Durante algumas semanas uma querida amiga da faculdade, insistiu para que eu procurasse um livro da jornalista espanhola Rosa Montero. Ela passava os dias falando sobre “A louca da casa”, obra que Motero escreveu em 2003. Eu, atolada com os trabalhos do fim do semestre, acabei me esquecendo da autora.

Há um mês fui convidada a participar de um grupo de trocas. Ofereci um DVD da Elis Regina e pedi um livro. Por ironia do destino, recebi “Historia de Mulheres”, publicado em 1995 – uma coletânea de 16 pequenas biografias de personalidades femininas. Comecei a lê-lo sem interesse, sem nem me dar conta de que a autora  era a “tal” jornalista que a minha amiga tanto falava. Devorei as páginas em uma semana e fui pega por um êxtase de admiração e curiosidade. É duro admitir, mas fiquei com inveja da capacidade textual da Rosa Montero, que escreve maravilhosamente bem e tem um trabalho jornalístico impecável.

Logo na introdução, Montero reconhece que listas são excludentes e que a escolha de dezesseis biografias fatalmente deixam de fora outras mulheres com histórias tão admiráveis quanto as que foram narradas. Com um trabalho extenso, quase visceral, Montero passou dias e noites analisando documentos, lendo bibliografias e fazendo entrevistas. O livro é, na verdade, a reunião da série de textos – um pouco mais extensos, que Montero publicou no jornal El País.

Simone de Beauvoir
Simone de Beauvoir

Montero questiona o papel secundário que foi dado a mulher na sociedade e perpassa pelas diferenciações hierárquicas entre os sexos. Através de uma dimensão histórica (desde o início dos tempos, com a criação de Adão e Eva) a autora relembra mulheres surpreendentes que, de uma forma ou de outra, acabaram esquecidas pela história:

“Mais fascinante ainda é a história de Lilith. A tradição judaica conta que Eva não foi a primeira mulher de Adão, pois antes existiu Lilith. E essa Lilith quis ser igual ao homem: indignava-se, por exemplo, de ser forçada a fazer amor embaixo de Adão, uma postura que lhe parecia humilhante, e reclamava os mesmo direitos do varão. Adão, aproveitando-se de sua maior força física, tentou obrigá-la a obedecer, mas então Lilith o abandonou.  Foi a primeira feminista da Criaçao, mas suas moderadas reivindicações eram certamente inadmissíveis para o deus patriarcal da época, o qual transformou Lilith numa diaba matadora de crianças e condenou-a a padecer a morte de cem de seus filhos a cada dia, horrendo castigo que emblemiza à perfeição o poder do macho sobre a fêmea.”

Camille Claudel
Camille Claudel

As biografias são romantizadas, coisa que Montero faz muito bem. Em “A eterna fugitiva”, Montero narra a história de Agatha Christie e conta detalhes curiosos sobre a escritora. Christie não gostava de tirar fotografias, principalmente depois que fez quarenta anos e engordou muitíssimo. Preocupada com a aparência, a escritora não gostava de aparecer sorrindo nas fotos: tinha os dentes podres. Em 3 de dezembro de 1926, Agatha desapareceu. Traumatizada com a morte da mãe e com a traição do marido, simplesmente sumiu sem deixar pistas. Foi encontrada onze dias depois em um hotel, tinha perdido completamente a memória (“escapado de sí”). Nos fins dos dias, foi perdendo completamente o juízo, falava coisas sem nexo e cortava mechas do próprio cabelo – e que tanto se orgulhava.

Outra figura interessante é a Lady Ottoline Morrell uma britânica milionária que era “alta, tinha cara de cavalo e cabelo de fogo”. Durante grande parte da vida, Ottoline dedicou-se a um salão artístico por onde passaram figuras conhecidas como Virginia Woolf, Lytton Stratchey, Henry James, T.S. Elliot, Charles Chaplin e Bernard Shaw. Apesar de ser mecenas, apoiar e financiar artistas, Ottoline Morrell era quase sempre ridicularizada por eles. Aos 55 anos teve um câncer na mandíbula que a deixou desfigurada. Não bastasse, perdeu todo o dinheiro com as festas que oferecia aos artistas e descobriu as zombarias que faziam dela.

Montero afirma que apesar de sua fama de ‘aristocrata horrorosa e extravagante’, Ottoline – quando jovem – não era feia coisa nenhuma: “ É inquietante que essa mulher que foi uma das mais famosas beldades de sua época, acabe transformada, na velhice, no próprio simbolo da feiura e patetice” Mesmo depois do câncer (e das terríveis dores que sofria), Ottoline aguentou as humilhações e sofrimentos e continuou recebendo artistas em sua residência – só que de uma forma mais modesta. Morreu aos 64 anos, vitima dos estragos da doença e do tempo.

Agatha Christie
Agatha Christie

De todas as histórias, a que mais me chamou atenção foi a da Aurora Rodríguez, que nasceu em El Ferrol por volta de 1880. Uma de suas irmãs solteiras teve um filho, o abandonou e foi para Paris. Aurora o criou e incentivou seus estudos de música. O garoto, chamado Pepito Arriola tornou-se um menino prodígio e aos oito anos já era um sucesso internacional. Sua mãe, voltou de Paris e o levou embora, “coisa que Aurora não pôde perdoar”.

Aurora, que era uma mulher lunática e paranoica, planejou uma gravidez. Com astúcia procurou um progenitor: um padre aventureiro chamado Alberto Pallás. Em 1914 deu a luz a Hildegart (nome que significa “Jardim de Sabedoria”) e logo tratou de incitar-lhe aos estudos. “Quando Hildegart nasceu, Aurora começou a treiná-la desde o primeiro dia, como quem destra um animal. Antes de completar três anos, Hilde falava e escrevia corretamente, aos oito dominava quatro idiomas e era versada em filosofia e temas de educação sexual. Aos quatorze escrevia artigos para El Socialista e nessa época já se tornara famosa”.

Hilde concluiu a faculdade de direito aos 17 anos e aos 18 cursava medicina. Recebeu um convite de Havellock Ellis para ir a Inglaterra e aceitou. Sua mãe, possessiva e enciumada, a torturava psicologicamente e implorava para que ela ficasse. “Aurora sentia que a criatura lhe escapara, paranoica, considerava que Havellock Ellis fosse um espião que queria perverter sua filha”.  Três dias antes da data de partida, Aurora passou a noite velando ao pé da cama da filha vendo-a dormir e quando já estava clareando disparou-lhe quatro tiros a queima roupa, um na cabeça e três no peito que a mataram na hora. No julgamento Aurora afirmou que essa tinha sido a sua mais bela obra: “É muito mais penoso matar uma filha do que pari-la, de parir, todas as mulheres são capazes, mas de matar seus filhos não”.

Aurora e Hildegart Rodríguez
Aurora e Hildegart Rodríguez

Eu acho que eu poderia passar o resto do dia, da semana ou do mês falando desse livro. Mas, reconheço que esse texto já está maior do que devia. Só pra constar, a Rosa Montero também fala sobre: Mary Wollstonecraft, Zenobia Camprubí, Almaa Mahler, María Lejárraga, Laura Riding, George Sand, Isabelle Eberhardt, Margareth Mead, Camille Claudel, Irmãs Bronté e Irene de Constantinopla.

E pra terminar, separei umas frases do livro que eu mais gostei:

– “Todos carregamos dentro de nós nossa própria morte, toda vida é ir desvivendo”.

– sobre a Frida Kahlo: “Frida era muito bonita. Ou mais do que bonita, era tremenda. Tinha olhos ferozes e maravilhosos, boca perfeita sobrecenho hersuto, bigode apreciável. Certa vez ela o raspou e Diego ficou furioso: de algum modo os atributos sexuais dos dois eram trocados, porque ele tinha grandes peitos de mulher que a encantavam”

– sobre Margaret Mead: ” Seria cabível perguntar-se o porquê de uma mudança tão notável: as causas ocultas, o que aconteceu com ela por dentro. Há pessoas que, com o transcorrer da vida simplesmente envelhecem, outras, mais sábias ou afortunadas, vão amadurecendo. Outras, ao contrário apodrecem e outras ainda, enfim, se desbaratam, e todos esses processos têm frequentemente um claro reflexo no aspecto físico”

BIBLIOGRAFIA: Montero, Rosa, 1951 – História de Mulheres/ Rosa Montero / tradução Joana Angélica d’Avila Melo – Rio de Janeiro: PocketOuro, 2009.