Ontem assisti um vídeo no Facebook em que um garoto “saía do armário” para a família e era agredido fisicamente pelos pais, que ainda gritavam palavras de ódio. O garoto, com seus poucos vinte anos, disse que resolveu usar uma câmera escondida para se proteger e mostrar para o mundo que esse tipo de violência é mais comum do que se imagina.
Bem na hora me veio em mente o filme “Orações para Bobby”, que ficou famoso ao propagar uma mensagem de amor, respeito e aceitação. No filme, Sigourney Weaver interpreta Mary Griffith, a mãe religiosa que condena o filho (Bobby) por sua homossexualidade.
Tragicamente, Bobby se suicida e Mary percebe que seu fanatismo religioso foi uma das causas. Em um processo doloroso de arrependimento e descobertas, Mary se torna militante da causa gay e luta contra o preconceito daqueles que, antigamente, foram seus amigos. Seria apenas um lindo roteiro fictício se não fosse baseado em uma história real.
É triste, mas muitos dos casos, diferente do que interpretado por Weaver, os pais não se arrependem. Preferem ter um filho morto a ter um filho “gay”. Pelo termo “pais”, é possível substituir por qualquer figura que deveria/poderia surgir como apoio (avós, tios, filhos, amigos) – mas não o fazem.
Tantas mensagens de ódio aos homossexuais que reverberam pelas redes, que saltam das bocas de figuras públicas, políticos, celebridade, pastores, mães, pais, irmãos e amigos – me fazem pensar. É realmente difícil saber se estamos (não só como sociedade, mas como seres humanos) um passo a frente ou um passo atrás.
Intolerância não é uma palavra que me satisfaz quando o termo é homofobia, racismo, machismo ou outra concepção que faça alguém achar que é melhor do que o outro. Talvez, ‘falta de amor’ ou de ‘compaixão’. É isso, acho que é isso que falta… falta amor.