Não sei dizer o que senti enquanto lia este livro. Uma curiosidade me impedia de abandoná-lo ao mesmo tempo em que certo asco me fazia não querer acabar de lê-lo. Algo me incomodou profundamente na história e com sinceridade, não sei dizer muito bem o que foi. Ao mesmo tempo, a ambientação me provocou um acalento por causa da saudade que sinto de Minas (principalmente por ser ambientada em alguns lugares que sempre gostei de passear). Então, eu realmente não sei dizer se gostei ou não do livro (o que é meio estranho…).
A trama, que tem um assassinato com tema principal, é cheia de jogos de sedução e mistério. Todos os dias pela manhã, um professor universitário caminhava pela Lagoa da Pampulha, até se deparar com um corpo de um homem boiando. Os detalhes do crime chocam, afinal o homem estava com a boca cheia de acarás (peixes) e com a pele do tronco arrancada desde a base do pescoço às axilas. Não bastasse, o professor conhecia o cara assassinado e por um motivo muito especial, poderia facilmente ser incriminado.
A história se mistura em duas narrativas e a construção delas é como um quebra-cabeça. Os capítulos são nomeados por datas e horas diferentes e ainda há um diálogo epistolar de um fato que se passou antigamente (e que também envolve: peixes e taxidermia).