Salem

Salém é a típica série que eu nunca assistiria se não estivesse em casa num fim de semana tão congelante e vazio. Não pela série em si, mas por minha preguiça de começar a assistir qualquer programa que demande mais de meia hora e que dependa de capítulos seguintes. Enquanto visitava um site de filmes online me deparei com a imagem de uma mulher que dos olhos e boca saltavam galhos secos de árvores. Daí me lembrei que era um dos posters promocionais de Salem e a relacionei com American Horror Story, já que Coven estreou praticamente no mesmo período.

Salém

Difícil não fazer comparações entre as duas tramas porque o tema e a proposta são muito semelhantes: Horror e Bruxas. Na época optei por acompanhar AHS, como vocês já sabem, adoro a série e a Jéssica Lange (e blá blá blá). Enquanto Coven foi uma decepção, Salem foi uma feliz surpresa. No Filmow, li diversas críticas positivas, outras dizendo que a trama segue o clichê que ronda o tema e que teve seus “altos e baixos”. Cabe a cada um julgar, mas sem dúvidas, é uma ótima opção para quem gosta de assistir séries desse gênero. [P.S] Ainda estou no sexto episódio (e pretendo terminar tudo no próximo fim de semana).

Salem


As Bruxas estão entre nós

Salém se passa no século XVII, e conta a história de Mary Sibley, a bruxa mais poderosa da cidade. Ha sete anos, Sibley era apenas uma inocente e apaixonada garota que se viu grávida e solteira (já que seu amado, John Alden, teve que abandoná-la para ir para a Guerra). Com medo de ser perseguida, torturada ou assassinada, Sibley resolveu fazer um aborto e entregar seu filho e sua alma ao diabo. Ao longo dos anos construiu uma reputação e uma riqueza invejável, tornando-se a figura mais influente da comunidade. Depois de anos, Alden retorna e reacende o amor que, até então, estava adormecido no coração de Mary, fazendo-a contestar sua vocação para a maldade.

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Ainda que a sinopse que eu escrevi tenha ganhado uma conotação romântica, garanto que a série não é. Salém, criada por Adam Simon e Brannon Saga (e produzida pela WGN), apareceu timidamente, mas aos poucos conquistou seu espaço entre fãs do gênero e já tem uma segunda temporada confirmada. A maioria dos personagens possuem uma dosagem de bondade e maldade que nos deixa divididos entre ‘o bem’ e o ‘mal’. Isso porque é muito claro que as bruxas são malvadas e matam inocentes sem nenhum pingo de dó – no entanto, existem diversos fatores que as levaram, especialmente Mary, a escolherem esse caminho.

Os primeiros episódios são repletos de cenas fantásticas e assustadoras, principalmente as que envolvem Mercy, uma menina que teve o corpo tomado por uma bruxa (tipo ‘O Exorcista mesmo). Em uma cena horripilante, por exemplo, Mercy insiste para que o padre a salve de tamanho tormento e indica, entre as sombras, a “bruxa velha” que tem a perseguido e torturado. É claro, ninguém vê a bruxa e logo a abandonam sozinha no quarto – adivinha quem aparece? 

Falando no padre, Cotton Mather é um daqueles personagens que nos causa ódio e amor. Ele prega os ensinamentos da bíblia, julga e mata pessoas que acredita estarem envolvidas com bruxaria (a maioria, inocente) e não pensa duas vezes em procurar uma prostituta com o intuito de aliviar seus desejos carnais. Ao mesmo tempo, mostra-se  um homem bem intencionado e que realmente quer acabar com as bruxas, só que sempre cai nas armadilhas criadas por Mary. salem04-660x330Caramba, olha o tamanha desse texto… juro que era a ideia era fazer só uma notinha.  No mais, quem curte produções de época também podem gostar dessa série, muito bem produzida – e a maquiagem, uau! O meu personagem favorito é o Isaac, o Fornicador. O pobre coitado, logo no primeiro capítulo, foi marcado com um F na testa por se apaixonar por uma garota e ser pego masturbando-se. Acabou marginalizado e obrigado a fazer os trabalhos mais detestáveis da comunidade, entre eles, despejar o corpo dos mortos ‘indesejados’ em uma vala perto da floresta.