Refletir sobre a representação das mulheres no cinema (e na mídia, em geral) é uma forma importante de promover a igualdade de gênero e atuar em estratégias de melhoria social. Um dado importante do Instituto de Pesquisa da Geena Davis, indica que as mulheres representam menos de um terço dos personagens com falas nos filmes. Além disso, quando possuem alguma profissão nessas tramas, normalmente não ocupam lugares de poder.
Já está mais do que constatado,que a mídia é sexista. Mas, existe toda uma atuação de mulheres e homens que atuam para mudar essa perspectiva. E, nesse contexto, está o Teste de Bechdel. O teste surgiu em 1985, quando Alison Bechdel, cartunista, realizou uma tirinha ironizando os filmes hollywoodianos que, em sua maioria, representam as mulheres de uma forma estereotipada.
Nele é feito questionamentos simples, mas extremamente relevantes na análise cinematográfica ou mesmo nas pesquisas de sexualidade e gênero. As questões podem parecer triviais, mas tenha em mente que muitos filmes (inclusive, famosos blockbusters) não passam pelos testes.
Para “passar” no teste, o filme deve cumprir três pequenas regras:
- ter duas personagens com nome
- ao menos uma cena em que duas mulheres conversam entre sí
- o tema não pode ser sobre homem