Só um comentário sobre o meu fim de semana:
Nem todo mundo gosta de conversar de cinema comigo, sou bem chata na maioria das vezes. Ou me empolgo demais por alguma coisa ou faço o inferno por outra que não gosto. Num desses dias, conversei com uma amiga do emprego sobre uma das funções do cinema: ENTRETENIMENTO. De qualquer forma, eu não consegui discordar do que ela dizia por que tinha toda a razão quando falava que o cinema não serve só para provocar reflexões sobre algum tema complexo. Tive que concordar que é muito bom ir ao cinema descompromissado, sentar e ver um filme qualquer que te faça esquecer por alguns minutos os problemas da vida.
No final das contas, a conversa chegou exatamente ao ponto em que ela queria: Amanhecer (aquele de vampiros com Kristen Stewart e Edward Cullen). Fã incondicional da série, falava com a boca cheia da beleza e do romantismo entre dois vampiros. Minha língua coçava para dizer que a percepção que eu tenho de vampiro é bem diferente. Algo próximo a Nosferatu ou Lestat… Na verdade não tive nem tempo de indicar um dos meus favoritos sobre o tema: “Fome de Viver” (com Susan Sarandon e Catherine Deneuve).
Naquele dia fiquei sabendo de toda a história, do começo ao fim. Não vou esconder: já li o primeiro livro por indicação de um ex-namorado. Mas não era o que eu gostava, não mesmo. Saí do emprego, resmungando comigo: Como é que essa mulher perde esse tempo com essas bobeiras? Pensei em voltar inúmeras vezes para falar que existe filmes melhores do que aquele (e todas aquelas coisas que a gente faz, quando tem certeza que esta certo).

Acontece que no final de semana passado, saí com algumas amigas e todas elas resolveram que queriam ver o tal filme dos vampiros. Eu não iria e nem poderia ser desagradável num momento tão gostoso daquele. “O que importa é a companhia”, pensei. E fui para a sala de cinema. O que vi, foi uma fila subindo as escadas, as pessoas entupiam o lugar de espera justamente para ver o mesmo filme que eu.
Comecei a ver o filme com as mãos na bochecha mostrando todo o meu tédio de estar ali. Tudo bem que Amanhecer peca em alguns quesitos: um bebê computadorizado, vampiras brasileiras desconectas (e toda aquela coisa). Mas o filme foi segurando a minha atenção: não conseguia nem piscar na hora da luta final e achei um máximo a jogada da autora. Quer dizer, no fim da conta: não saí fã da Saga Crepúsculo, mas imensamente satisfeita em ENTRETER o meu domingo. E saí, me sentindo um pouco culpada, quer dizer: Por quê não? Porque julgar antes de conhecer né?