Agnes Browne – o despertar de uma vida

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Estava lendo uma lista que indicava as dez melhores performances de Anjélica Huston e me deparo com “Agnes Browne –  o despertar de uma vida” na décima posição. O filme é de 1999 e foi dirigido pela própria Anjélica, o que é uma façanha e tanto. O problema, é que mesmo tendo um roteiro cuja história parece favorável para o desempenho dramático do personagem, há uma enorme quebra de expectativa. Resumindo: o filme não é tão bom assim e Anjélica não está em sua melhor forma.

A trama se passa em Dublin, 1967. Agnes possui sete filhos e o seu marido falece repentinamente. Sua ausência causa uma enorme crise financeira na família, o que faz com com que ela comece a trabalhar no mercado local vendendo frutas. Lá faz amizade com Marion (interpretada por Marion O’Dwye), uma mulher sincera e divertida que a ensina a olhar para a vida de um jeito diferente. Sem perceber, Agnes desperta a paixão de Pierre, um padeiro que trabalha no mesmo mercado.

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O filme é uma gracinha, tem toda aquela coisa dramática/romântica que culmina em superação. O  problema é que por tratar tão superficialmente dos assuntos que se propõe, soa um pouco  “forçado demais”. Anjélica, com aquele enorme sorriso e uma pose extremamente elegante, não convence como uma mulher a beira do abismo financeiro, desesperada por uma solução. Não importa quão simples as roupas que vista, o lenço na cabeça ou a pouca maquiagem… na minha percepção, ela não conseguiu captar a aura do personagem.

Tudo acontece muito “rápido”,  a relação de Agnes com os filhos é pouco explorada e a amizade dela com Marion incomoda para caramba, a verdade é que Agnes soa um pouco egoísta demais, quase exploradora. Enfim, todos os elementos te induzem a ter uma identificação com a personagem principal (seja por compaixão ou admiração), mas sinceramente… Agnes é uma heroína clichê e artificial.

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Talvez o que dê mais fôlego à trama seja o sonho da personagem de assistir um show do Tom Jones, o que rende algumas cenas engraçadinhas…

sobre Anjélica Huston

ANJELICA HUSTON

Dentre as inúmeras paixões que tive de atores e atrizes, Anjélica Huston foi a primeira. Tenho lembranças muito fortes da sensação de encanto e admiração que sentia quando assistia seus filmes, uma magia e uma entrega meio lúdica e muito característica de crianças. Eu matei aula duas vezes na minha vida (durante a infância): uma foi por causa de um caderno que ganhei da minha avó e que ela dizia que eu só poderia escrever nele depois da escola – então eu fingi que estava passando mal, só pra ir pra casa.

A segunda foi quando um filme da Anjélica passou na Sessão da Tarde. Fiz um acordo com a minha mãe e mentimos para a diretora dizendo que eu tinha consulta médica. Vocês não imaginam quão incrível foi sair da sala de aula e encontrar minha mãe do lado de fora do portão. Na minha memória ficou vivo o momento em que desci as escadas correndo e como fugitivas, pegamos um taxi para ir pra casa e sentamos no sofá para assistir o filme. Minha mãe tem uma magia que não sei explicar, ela consegue ser  incrível em todos os momentos da minha vida.

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Há poucos dias li comentários muito cruéis sobre a atual aparência da Anjélica, memes bem maldosos e comparações infelizes. Como se envelhecer fosse um crime. O que é meio irônico porque a própria Anjélica dizia que teve muita dificuldade para inciar a carreira porque era considerada feia e desajeitada demais.  A imagem dela como Mortícia Addams e como Eva Ernest (Convenção das Bruxas) serão sempre uma das minhas referências de beleza e elegância, eu adorava os movimentos que ela fazia com as sobrancelhas e as unhas vermelhas, enormes. E a voz, o tom….

Eu assisti muitos (muitos) filmes da Anjélica, em tempos de locadoras eu era aquela louca que ligava para perguntar qual filme dela tinha no catálago. E não importava quão longe fosse, eu dava um jeito de ir buscar (ou minha mãe, na verdade, que pedia um amigo para locar). Me surpreendia muito assistí-la em papéis dramáticos que fugiam da imagem “gótica sensual” a qual estava acostumada.

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Os imorais, por exemplo, foi um filme que ganhei da minha mãe em VHS (e eu tinha lá meus 10 anos) e do qual tive pesadelos! Passaram-se quinze anos e eu nunca mais vi esse filme, mas se me perguntarem, lembro perfeitamente da cena toalha e da cena em que ela beija o John Cusack – que era filho dela no filme. Uma história perturbadora demais para uma criança.

Em tempos de pouca  internet (quase nenhuma, para falar a verdade), o que eu sabia da Anjélica eu descobria através de revistas.Uma delas eu guardava a sete chaves, o título da matéria era ‘A idade da loba” e contava como era a vida de Anjélica, em sua enorme mansão, rodeada de gatos . Foi através dela que descobri quem era seu pai, John Huston (famoso diretor americano) e quem era seu odioso namorado, que a trocou por uma mulher bem mais jovem… Jack Nicholson – sério, eu odiava ele por causa da Anjélica. HAHA.

Fiquei muito curiosa em relação aos dois livros autobiográficos que a Anjélica lançou, mas aparentemente é difícil encontrar por aqui. Mesmo assim, li algumas reportagens, resenhas e vi muitas entrevistas dela que me apresentaram curiosidades que não imaginava. Segundo ela, por exemplo, o pai vivia ausente porque viajava muito para realizar os filmes, mas ao mesmo tempo quando estavam juntos ela sentia que existia uma proximidade muito grande. Ela conta também que seu pai desacreditou sua carreira de modelo e dizia que ela não era bonita o suficiente para modelar, principalmente porque tinha ombros largos demais. Viveu por muito tempo na Irlanda, teve uma infância tranquila e abastada.

Vi uma entrevista muito emocionada em que Huston conta, visivelmente magoada, sobre sua relação com Jack. Aliás, uma relação de 17 e intensos anos. Na entrevista ela dizia que foi difícil seguir em frente depois de descobrir a postura do ator. Para ela, mais duro ainda foi o fato da traição ser quase como um “evento público”,  ela sofreu um assédio enorme da imprensa e leu coisas muito maldosas. Na sua concepção, ela procurava nos homens a mesma imagem que tinha do pai, estava acostumada em ser abandonada e ter por perto um homem controlador. Tudo mudou quando se casou com Robert Graham Jr, artista plástico… finalmente ela percebeu que era possível ter alguém que a amasse verdadeiramente e que cuidasse dela.

 

Minhas atrizes favoritas (e seus respectivos filmes que são os meus favoritos)

Ta aí, estou com mania de fazer listas… comecei a escrever sobre as minhas atrizes favoritas e sobre os seus filmes e deu nisso. Pra não me estender muito, escolho cinco filmes que mais gosto de cada uma.. dêem uma olhada:

ImagemDianne Wiest

1)      Edward Mãos de Tesoura
2)      A Gaiola das Loucas
3)      Sinédoque, NY
4)      Setembro
5)      O Tiro que não saiu pela Culatra
 

ImagemSusan Sarandon

1)      Thelma e Louise
2)      Fome de Viver
3)      Os últimos passos de um homem
4)      Lado a Lado
5)      O Óleo de Lorenzo
 

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Isabelle Huppert

1)      A Professora de Piano
2)      Oito Mulheres
3)      Madame Bovary
4)      Um Assunto de Mulheres
5)      Má Mere
 

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Bette Davis

1) O que terá acontecido a Baby Jane?
2) Vitória Amarga
3) Vaiosa
4) Pérfida
5) A Malvada
 

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Joan Crawford

1) O quê terá acontecido a Baby Jane?
2) Acordes do Coração
3) Os desgraçados não choram
4) Johnny Guittar
5) Almas Mortas
 

ImagemDeborah Kerr

1) Os Inocentes
2) Narciso Negro
3) Bom dia, tristeza
4) Tarde demais para esquecer
5) A noite do Iguana
 

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Shirley Maclaine
 
1) Muito Além do Jardim
2) Minha doce gueisha
3) Infâmia
4) Irma La Douce
5) Laços de Ternura
 

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Judi Dench

1) Notas Sobre um Escândalo
2) Sua majestade, Mrs Brown
3) O violonista que veio do mar
4) O exótico hotel Marigold
5) 007 Skyfall
 

Helen Mirren

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1) O Cozinheiro, o ladrão, a mulher e seu amante
2) Mães em Luta
3) Tentação Fatal
4) De porta em porta
5) Colapso
 

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Jessica Lange

1) Normal
2) Titus
3) Geração Prozac
4) Terras Perdidas
5) Mais que um crime
(+ O Destino bate à sua porta)
 

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Glenn Close

1) Albert Nobbs
2) Atração Fatal
3) Um Canto de Esperança
4) Marte Ataca
5) A Casa dos Espíritos
 

Anjelica Huston

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1) A Família Addams
2) Acerto Final
3) Tudo por um sonho
4) Para sempre Cinderela
5) Convenção das bruxas

Tudo por um sonho

Existem filmes que são inesquecíveis. Não porque são clássicos ou mundialmente conhecidos, simplesmente porque, em algum momento, fizeram parte da sua vida. Não me canso de dizer que quando eu era pequena eu frequentava algumas locadoras aqui da cidade (e na maioria das vezes) locava as mesmas fitas. Eu amava a Angélica Huston e assistia a seus filmes diversas vezes, sem cessar. O fato é que nem sempre eu os compreendia, mas não me importava em ver e rever a mesma história, as mesmas cenas e os mesmos diálogos.

Imagem“Tudo por um sonho” (The Perez Family/1995) é um deles. Vi inúmeras vezes quando era criança e, ainda que a atmosfera fosse dramática e sensual, havia um aspecto emotivo e cômico que me fazia gostar imensamente do filme. A trama contava a história de Juan Perez (Aldred Molina, totalmente misterioso e sedutor), um cubano que havia sido liberado da prisão e que estava decidido a viajar para os Estados Unidos e encontrar sua mulher Carmela e sua filha Teresa (interpretadas por Anjélica Huston e Trini Alvarado).

Sem um puto no bolso, Juan percebe que a sua única oportunidade de entrar nos EUA é ilegalmente. Enquanto bola um plano, conhece a “caliente” e sonhadora Dottie Perez (Marisa Tomei), uma mulher que deseja ir para a América e se tornar estrela de cinema. A personalidade de Juan e de Dottie são contrastantes: enquanto ele é um homem tímido, ela é uma mulher que não tem papas na língua – e, por esse motivo, os dois não se dão muito bem. 

the perezDottie é uma mulher esperta e propõe um acordo para Juan: já que os dois possuem o mesmo sobrenome, eles podem fingir que são marido e mulher e entrar mais facilmente nos EUA. Juan aceita. Ao longo da trama o “casal” conhece mais dois imigrantes (que também possuem o sobrenome “Perez”) e fazem a mesma proposta, que eles se unam e finjam que são uma família. Enquanto isso, Carmela acredita que Juan está preso e alimenta a esperança de reencontrá-lo. Teresa, por outro lado, insiste na a ideia de que Juan morreu (ou, se está vivo, nunca irá procurá-las).

Ao longo da trama, Dottie e Juan se apaixonam, mas ele não consegue se livrar do passado: precisa reencontrar a ex-mulher e ter certeza de que está bem. Ironicamente, um segundo amor também aparece na vida de Carmela, um policial (interpretado por Chazz Palminteri) insiste em cortejá-la.

tudo por um sonhoMarisa Tomei domina o filme do início ao fim, ela se sobressai tanto nas cenas dramáticas quanto cômicas. Tomei dá o tom ao personagem e está jovem, com um astral que chama a atenção. Anjélica Huston também está linda, com um ar de estrela de cinema, daquelas atrizes clássicas, sabe? Ao rever o filme outro dia, reparei que a Huston parece um pouco exagerada, fora do lugar, meio perdida, mas ainda com um brilho particular. Também gosto da atuação de Molina, que acerta na dose da seriedade exigida pelo personagem.

No entanto Mira Nair (a diretora, que aliás, é indiana) escorrega em alguns momentos, exagera em um humor estranhamente sem graça e cria certo desconforto. O filme se sustenta até o fim, mas tem um encerramento tão desnecessário que até dói de lembrar.

Sobre cinema, bruxas e poções

Engraçado, repararam que eu estou com mania de fazer listas? Pois bem, então vamos a mais uma: Bruxas.  [Ok, eu sei que estamos longe do Halloween ou qualquer data do tipo, mas é que outro dia eu fiquei horas conversando com uma querida amiga sobre a fórmula: bruxas+ cinema e nos lembramos de diversos filmes e personagens relacionados ao tema. Eu também sei que existem inúmeras dessas listas iguais ou parecidas a essa em outros sites, mas me deixem divertir um pouco vai!].

1) A Bruxa Má do Oeste: “Voe, voe, voe!”Não é atoa que ela vem na primeira posição da lista. Em 1939, Margaret Hamilton imortalizava a ideia (muito explorada no cinema e na literatura) de que bruxas são feias e narigudas (é claro, aos poucos esse imagem foi mudando, mas demorou.) Em “O Magico de Oz”, filme mais famoso da Judy Garland, a Bruxa Má do Oeste tenta vingar a morte da irmã, a Bruxa má do Leste (que morreu esmagada por uma casa que apareceu do nada!). De quem era a casa? Isso mesmo, de Dorothy. Só pra constar, Margaret Hamilton leva mais uma vez o mérito, nenhuma atriz queria fazer a bruxa. Hamilton (que sempre era colocada em segundo plano, fazia papéis pequenos e chegou a passar necessidades pela falta de trabalho) aceitou logo de cara e, convenhamos, fez um trabalho inesquecível.

Bruxa do Oeste 2) Winie, Sarah e Mary: Eu já falei aqui (diversas vezes, eu sei!) do quanto adoro o “Abracadabra” e… Fala sério, é uma delícia de filme, não? A trama conta a história de três irmãs (famosas bruxas de Salem) que são ressuscitadas após 300 anos por dois adolescentes que se negavam a acreditar em “lendas do Haloween”. As irmãs enfrentam diversas dificuldades para se adequarem ao mundo contemporâneo e se unem para roubar a juventude de pequenas e indefesas criancinhas. Clássico da Disney!  [Aliás, a Bette Midler está sensacional, não tem como não se apaixonar pela Winie – minha preferida – ou por suas falas e trejeitos engraçados].

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Hocus Pocus3) Elvira (a Rainha das Trevas!): Cara, como eu adoro a Elvira (e como eu fico com raiva dessa nova geração que nem sabe qual é a do personagem – fiquei parecendo muito velha falando assim?). Cassandra Peterson estava linda e aliás, que peitos inesquecíveis. Elvira é sexy e decadente, e recebe uma inusitada herança: uma mansão que fica localizada em Fallwell, uma cidade pequena e repleta de pessoas conservadoras. A bruxa decide reformar a casa e vende-la para depois mudar-se para Los Angeles e realizar o sonho de ser famosa, mas nesse meio tempo, encontra diversos empecilhos: a começar pelo “Tio Vincent” que faz de tudo para roubar o seu livro de receitas. [Cena Memorável: Elvira tentando fazer uma sopa e, de repente, sai um bicho monstruoso da panela!]

eLVIRA4) Eva: “Segurem essa titiquinha!!!” . Se existe um filme de bruxas que me marcou, definitivamente seu nome é “Convenção das Bruxas”. Primeiro porque, desde “A Família Addams” eu nutria um amor lunático por Anjélica Huston e segundo porque toda vez que ele passava na Sessão da Tarde minha mãe me deixava faltar de aula para vê-lo  (eu realmente gostava muito).  O filme conta a história de Luke, um garotinho de dez anos que viaja com a avó para a Inglaterra após a morte de seus pais. Ao chegar no hotel, ele descobre que há uma estranha convenção acontecendo por ali. Diversas bruxas do mundo inteiro estão reunidas para receberem uma poção mágica que transforma crianças em ratos. Luke tenta avisar aos adultos sobre o que se passa, mas ninguém acredita nele até que o pequeno decide resolver a situação sozinho.

EVA5) Sally, Gillian, Frances e Jet. Já li diversas críticas negativas em relação a “Da magia à sedução”, pois eu… acho uma fofura! Sally (Sandra Bullock) e Gillian (Nicole Kidman) fazem parte de uma família de bruxas que foram “amaldiçoadas”: todos os homens com que se envolvem, morrem. Protegidas por suas velhas e excêntricas tias, as duas se vêem envolvidas em uma rede de paixões da qual não conseguem se desevencilhar. Enquanto Sally tenta levar uma vida normal ao lado de suas duas filhas, Gillian se envolve com um homem violento que coloca a segurança de sua família em risco.

da magia a seduçãotumblr_mvjzw8ivcz1slwpnwo1_5006) Minerva McGonagall: Não poderia deixar de citá-la, a professora McGobagall, interpretada por Maggie Smith: é meu personagem preferido na saga de Harry Potter, aliás, adoro os momentos em que ela se transforma em gata. Severa, justiceira e disciplinadora, Minerva acompanhou e ajudou o jovem Harry e seus amigos em diversos momentos, tornando-se um personagem muito querido. Gosto muito do trabalho da Maggie Smith nesse filme, poucos sabem que ela sofreu de câncer durante as filmagens e sentia dores terríveis na coluna. Nessa mesma época ela precisou sofrer uma cirurgia e por causa da doença se afastou definitivamente do teatro, coisa que a deixou muito abalado porque Smith sempre amou os palcos.

maggie smith 7) Sukie, Jane e Alex: O quê dizer de um filme que traz uma mistura de Susan Sarandon, Cher, Michelle Pfeiffer, Jack Nicholson, magia, sexo e humor?

tumblr_mj83o7mkOz1rtg76ko1_250susan sarandonDirigido por George Miller e produzido em 1987, “As Bruxas de Eastwick” conta a história de três amigas  que se reúnem todas as quintas-feiras para assistir filmes e fofocar, normalmente elas discutem sobre homens e sonham em encontrar um perfeito par romântico. Entediadas com a pacata vida que levam na pequena cidade de Eastwick e diferente dos moradores conservadores da redondeza, as amigas chamam atenção de Daryl Van Horne, um homem misterioso e extremamente rico, que acaba se envolvendo com as três (ao mesmo tempo!). É claro que o caso não passa despercebido pela vizinhança que faz de tudo para atrapalhar a vida do grupo. A medida que se envolvem com Daryl (que é, na verdade, o próprio demônio em pessoa), as mulheres passam a desenvolver poderes e fazem de tudo para satisfazer seus desejos.

Os terríveis bonecos de Chad O’Connell

Você conhece Chad O’Connell? Pois  eu não conhecia até minutos atrás, quando resolvi fazer uma rápida pesquisa sobre Bette Midler e acabei me deparando com essas imagens incríveis! De acordo com o site, Chad trabalhou por cerca de dez anos com maquiagens cinematográficas e foi aluno do legendário Dick Smith (responsável pela maquiagem do filme ‘O Exorcista’). Com um realismo fora do normal, Chad explora cada detalhe de seus bonecos de silicone e hoje,  vende máscaras e bonecos não só para o mundo cinematográfico como também atende pedidos ‘particulares’ (o que provavelmente, deve custar uma fortuna!).

Para mais informações, segue o site: http://www.chadoconnellart.com

O que terá acontecido a Baby Jane?
O que terá acontecido a Baby Jane?
Winifred - Abracadabra
Winifred – Abracadabra
Winifred - Abracadabra
Winifred – Abracadabra
Eva Ernst - Convenção das Bruxas
Eva Ernst – Convenção das Bruxas
Eva Ernst (Anjelica Huston) - Convenção das Bruxas
Eva Ernst (Anjelica Huston) – Convenção das Bruxas
Vincent Price - The abominable Dr. Phibes
Vincent Price – The abominable Dr. Phibes
Sharon Needles
Sharon Needles
Norman Bates
Norman Bates

Escada para protagonista

Dianne wiest Ontem encontrei um site americano dedicado ao trabalho teatral da Dianne Wiest. Há inúmeras entrevistas e críticas jornalísticas disponíveis onde ela fala sobre aspectos da carreira e da vida particular. Encontrei também no Google Books um livro escrito por Rosemarie Tichler e Barry Jay Kaplan “Actors at Work’, onde ela fala como decidiu seguir a carreira e quais foram os seus melhores desempenhos. Em um dos artigos do site, bastante descritivo aliás, Wiest comenta sobre Helen Sinclair, personagem que lhe rendeu o Oscar de melhor atriz coadjuvante em 1995. A jornalista descreve o enorme apartamento de Dianne no Upper West Side em NY e conta que a atriz apareceu para a entrevista com o cabelo escuro, estilo anos 30. Com seu marcante tom de voz, Dianne conta para a entrevistadora que pensou em desistir do papel (escrito por Woody Allen, especialmente para ela), por que não conseguia fazer o que ele exigia: falar alto. Ela reuniu-se com Allen e disse que não se importaria se fosse dispensada. Ele então insistiu docemente e disse que nenhuma faria aquele papel se não fosse ela.

A entrevista foi realizada pouco tempo depois que Dianne ganhou o Oscar e pela quantidade de matérias disponíveis  no site (realizadas na época) fica muito claro o assédio que o ator sofre depois que ganha um prêmio desses. Dentre inúmeras coisas, Wiest disse foi bailarina até os 19 anos, quando decidiu se tornar atriz. Ela já havia feito alguns trabalhos no teatro, mas foi exatamente Woody Allen que trouxe visibilidade para sua carreira já que ele a escalou para A Rosa Púrpura do Cairo, seu primeiro trabalho no cinema. Gosto especialmente o que ela revela sobre Tiros da Brodway pois há uma admiração muito grande em suas palavras.

Para ela, Helen Sinclair foi um desafio inigualável: tanto de entonação, quanto corporal. Ela brinca que o beijo de John Cusack é muito bom, apesar de estranhar sua pouca idade.Wiest estava com 47 anos e Cusack com 28. Ela revelou que Allen intencionalmente a fez parecer mais velha na trama, para evidenciar a diferença de idade entre os personagens.  Cusack mais tarde afirmou que sempre achou Dianne Wiest belíssima e atraente, portanto, não teve nenhum problema em beijá-la. Ele chegou a brincar que nada se iguala ao beijo em que deu em Anjélica Huston em Os Imorais (filme em que ela interpretava sua mãe e, depois do beijo, cortava sua garganta). Dianne então conta que a entonação que usava no filme quase estouravam os microfones, era como transpor o teatro para um pequeno cenário.

Dianne Wiest e Woody Allen

A jornalista então pergunta sobre planos futuros e ela diz que não há nada em mente além de ser mãe em tempo integral. Dianne, na época, viva com suas duas filhas (uma de sete e outra de três anos) e dizia que tudo mudara depois de tê-las adotado. A jornalista a chama de mãe solteira e Wiest reforça que essa foi a melhor escolha da sua vida. Na entrevista, a atriz reflete sobre um ponto que me chamou atenção (e que inclusive é ao que se refere o título dessa publicação). Ela dizia que não nutria mais ilusões de receber um trabalho de destaque e que se sentia muito feliz e orgulhosa pelo papel que Hollywood lhe reservara: o de coadjuvante. Para Wiest, na idade em que ela se encontrava, nunca iriam contratá-la para atuar em um filme de ação ou um filme sensual, mas que ela se contentava com isso (e que se sentia grata).

No livro “Actors at Work” há também um belo trabalho descritivo: os autores contam que a aguardavam em um pequeno e chique restaurante de Nova York e que ela chegou perfeitamente na hora marcada. A atriz sentou-se em uma enorme mesa preta e logo foi contando que havia se acidentado no set de filmagens do filme “Dedication”, de 2007, onde ela fazia o papel da mãe da atriz Mandy Moore. Dianne aceitou as uvas que o garçom lhe oferecera e disse que só iria comer depois da entrevista. Ela também se desculpou inúmeras vezes por não ser muito boa em dar entrevistas.

No decorrer da conversa, Dianne conta como começou a trabalhar em Law & Order e porque decidiu sair. Dianne participou de 48 episódios entre 2000 e 2001 onde fazia o papel de Nora Lewin, uma promotora de justiça. Ela dizia que aceitou o convite de Dick Wolf sem saber exatamente onde estava se metendo. O início do trabalho já foi desestimulante pois ninguém lhe explicou direito qual a origem do personagem, suas motivações: tudo era automatizado e repetitivo. Em um episódio a promotora decide sentenciar um menor de idade a pena de morte. Dianne negou filmar essa cena porque sabia do peso de uma narrativa como aquela, sendo transmitida para milhões de pessoas. Ela também afirmou que chegaram a dizer que ela tinha um caso com Samuel Waterston e que dentre vários murmúrios, diziam que ela estava sendo beneficiada por ser amante do ator. Decidiu então, largar o programa.

Os autores voltam a lhe fazer uma pergunta recorrente: o que ela sente quando lhe chamam de atriz coadjuvante. Dianne brinca que nunca foi sexualmente atraente. O autor a corrige e diz: “você não é uma Marilyn Monroe, mas é muito bonita”. Ela então volta a comentar que essa pretensão de ser destaque já saiu de sua mente faz tempo. Hoje Dianne pode escolher onde, como e com quem quer atuar e esse, sem dúvidas, é um beneficio de poucos.

Em suma, o que me levou a escrever essa publicação é que desde que comecei a acompanhar o trabalho de Wiest, fiquei inquieta ao perceber o quanto ela foi deixada de lado. O único filme em que me lembro de vê-la como protagonista foi “Obrigada, Doutor Rey” de 2002, ainda assim dificílimo de achar (e pouco divulgado). O fato de ser coadjuvante não a incomoda o que de alguma forma, é um alívio. Acho que uma atriz com um repertório como o dela, não pode (de jeito nenhum) cair no esquecimento.

Os Filmes da Minha Infância (parte 1)

Sabe aquela fase em que as crianças ficam viciadas em um filme ou vídeo e o assistem repetidamente durante a semana, várias vezes ao dia? Pois é, ontem enquanto arrumava a gaveta dos diários (é, eu escrevo em diários desde os oito anos e guardo todos eles), me deparei com uma lista de filmes preferidos.  Aí me bateu aquele sentimento tão nostálgico (acompanhado daquele pensamento “a TV não é a mesma de antes”) que resolvi fazer uma seqüência de posts semelhantes a famosa corrente de internet “Sinta-se velho em apenas um click” sobre filmes, novelas e desenhos que as crianças dos anos 90 (ou pelo menos, muitas delas) adoravam… – vamos começar pelo cinema (o primeiro post em especial, vai para o meu favorito).

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A FAMÍLIA ADDAMS

Estamos ficando velhos meus amigos, esse filme foi gravado há 21 anos atrás!  A deliciosa história de humor negro que retrata a aventura da família rica e esquisita foi baseada na série televisiva transmitida nos EUA na década de 1960 e originalmente criada por Charles Adams em 1930.  Com manias muito diferentes do comum, a família é chefiada por Gómez e Mortícia (que tinha uma paixão pelo cultivo de plantas venenosas). Também é composta por seus dois filhos sádicos: Vandinha e Feioso, por Tio Chico (especialista em explosivos) e pela vidente Vovó Addams. A mansão tem dois empregados assustadores: Mãozinha e Tropeço.

No primeiro filme (1991) descobrem que o Tio Chico não morreu no Triângulo das Bermudas como imaginavam, ele estava vivo, mas perdera a memória e por isso, vivia cercado de aproveitadores.

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 Já no segundo (de 1993), Mortícia e Gómez trazem mais um membro a família e contratam uma Babá para cuidar do pequeno monstrinho. Feioso e Vandinha sentem ciúmes e fazem de tudo para destruí-lo até serem mandados para uma pavorosa Colônia de Férias.

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O filme de 1998, O Retorno da Família Addams era de longe, o que menos gostava, parece que perderam a fórmula (o mais fraco da série). A Família foi convidada para uma reunião familiar, mas quando chegam, descobrem que era uma reunião da família Adams e não Addams.

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Vocês se lembram do desenho que era transmitido todas as manhãs pelo SBT? Pois é a primeira versão é de 1973, mas fez tanto sucesso que Hanna-Barbera decidiu fazer uma nova versão em 1992.

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Como estão os atores agora?

No dia 16 de outubro de 1994, Raúl Julia sofreu um sério derrame cerebral, caindo em um profundo coma e vindo a falecer no dia 24 de outubro daquele ano, aos 54 anos.

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Anjélica Huston participa do seriado SMASH (exibido no Brasil pela Universal) como a produtora cultura Eileen. Seu último filme foi 50/50, atualmente tem 60 anos.

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Christina Ricci, a Vandinha, hoje tem 32 anos, seu último filme foi Bel Ami (2011), participa também da série Pan Am (exibida no Brasil pela Sony).

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Christopher Lloyd hoje tem 74 anos, sua última participação na TV foi em The Fringe.

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E olha, eu acabei encontrando umas fotos tão legais (algums até dos backstage, confira!)